quinta-feira, 4 de setembro de 2008

ASSIM VAI A DEMOCRACIA NA UCRÂNIA


AMEAÇA DE NOVAS ELEIÇÕES

Vítor Iuschenko, o presidente pró-americano, ou quase americano, da Ucrânia sofreu novo revés no Parlamento. A sua antiga aliada Iulia Timoshenko aliou-se ao Partido da Regiões e a coligação governamental caiu.
A coligação governamental no poder, composta pelo partido de Timoschenko, pela Nossa Ucrânia e Auto Defesa Popular, gozava de uma maioria de apenas dois votos. Com a aliança de Timoshenko ao Partido das Regiões, o partido do Presidente (Auto-Defesa Popular, o nome fala por si…), que tem apenas 14,9% dos votos, afastou-se da coligação por discordar de umas leis aprovadas por 331 votos num parlamento de 450 deputados !!!
Pois bem, Iuschenko, grande democrata, muito saudado pelos países da NATO, tem uma forma simples de resolver o assunto. Desengane-se quem supõe que ele pediu ao partido mais votado para formar uma nova coligação que lhe permita governar. Nada disso, o que ele fez foi conceder à Primeira-ministra um prazo de 30 dias para refazer a coligação; se o não conseguir, haverá eleições antecipadas, pela segunda vez em ano e meio! E eleições continuará a haver até que obtenha uma maioria…
Logo por coincidência, amanhã, Dick Cheney estará em Kiev. E conta com uma vanguarda de 15% do eleitorado ucraniano para assegurar a aliança com os Estados Unidos. Os americanos andam a brincar com o fogo. Alguém se vai queimar…

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