A GRADUAL MUDANÇA DA OPINIÃO PÚBLICA EUROPEIA
Dick Cheney está hoje na Ucrânia, depois de ter visitado o Azerbaijão e a Geórgia. Simultaneamente, em Moscovo os líderes da Organização do Tratado de Segurança Colectiva (OTSC), composta pela Bielorrússia, Cazaquistão, Quirguistão, Tajiquistão, Uzbequistão e Rússia davam o seu apoio “ao papel activo da Federação Russa para contribuir para a paz e a cooperação e garantir uma sólida segurança na Ossétia do Sul e na Abekázia”.
A Ucrânia, a braços com uma grave crise política e com o Presidente pró-americano em crescente perda de popularidade (as sondagens não lhe atribuem mais de 10%), é a chave da crise no Cáucaso. Tudo se joga lá. Se houver mudança na Administração americana – hipótese que a muitos parece cada vez mais remota – as forças ucranianas que se opõe a uma relação conflituosa com a Rússia (forças francamente maioritárias) vão ter oportunidade de reverter a actual situação.
Se na América tudo continuar na mesma – e com McCain tudo ficará na mesma ou até pior –, a Ucrânia será palco de um grave conflito.
Curiosamente, na Europa Ocidental (ocidental geograficamente falando) são cada vez mais as vozes, pertencentes a todos os quadrantes políticos, que defendem a inexistência de interesses comuns com a América na relação com a Rússia.
De facto, de nada vale aos novos arautos da guerra-fria continuarem diariamente a esgrimir nos jornais com argumentos ideológicos, quando toda a gente já percebeu que o que os americanos pretendem é assegurar, em exclusivo proveito próprio, a supremacia no Cáucaso e na Ásia Central.
A Europa nada tem a ganhar com esta política americana. Os interesses da Europa vão noutro sentido: no estabelecimento de uma relação dinâmica e segura com a Rússia, dada a grande interdependência já existente entre estas duas partes da mesma Europa.
Se os governantes políticos europeus não compreenderem isto, acabarão por ser responsáveis por um trágico hara kiri. A política prudente que o governo português tem até ao presente seguido nesta matéria deve ser saudada como um gesto de sabedoria política.
Dick Cheney está hoje na Ucrânia, depois de ter visitado o Azerbaijão e a Geórgia. Simultaneamente, em Moscovo os líderes da Organização do Tratado de Segurança Colectiva (OTSC), composta pela Bielorrússia, Cazaquistão, Quirguistão, Tajiquistão, Uzbequistão e Rússia davam o seu apoio “ao papel activo da Federação Russa para contribuir para a paz e a cooperação e garantir uma sólida segurança na Ossétia do Sul e na Abekázia”.
A Ucrânia, a braços com uma grave crise política e com o Presidente pró-americano em crescente perda de popularidade (as sondagens não lhe atribuem mais de 10%), é a chave da crise no Cáucaso. Tudo se joga lá. Se houver mudança na Administração americana – hipótese que a muitos parece cada vez mais remota – as forças ucranianas que se opõe a uma relação conflituosa com a Rússia (forças francamente maioritárias) vão ter oportunidade de reverter a actual situação.
Se na América tudo continuar na mesma – e com McCain tudo ficará na mesma ou até pior –, a Ucrânia será palco de um grave conflito.
Curiosamente, na Europa Ocidental (ocidental geograficamente falando) são cada vez mais as vozes, pertencentes a todos os quadrantes políticos, que defendem a inexistência de interesses comuns com a América na relação com a Rússia.
De facto, de nada vale aos novos arautos da guerra-fria continuarem diariamente a esgrimir nos jornais com argumentos ideológicos, quando toda a gente já percebeu que o que os americanos pretendem é assegurar, em exclusivo proveito próprio, a supremacia no Cáucaso e na Ásia Central.
A Europa nada tem a ganhar com esta política americana. Os interesses da Europa vão noutro sentido: no estabelecimento de uma relação dinâmica e segura com a Rússia, dada a grande interdependência já existente entre estas duas partes da mesma Europa.
Se os governantes políticos europeus não compreenderem isto, acabarão por ser responsáveis por um trágico hara kiri. A política prudente que o governo português tem até ao presente seguido nesta matéria deve ser saudada como um gesto de sabedoria política.
Penso da mesma forma.
ResponderEliminarreceio é que o grande destabilizador das relações EU-Rússia, Israel se lance numa aventura militar que em última análise destruiria a UE, como pretendem os neocons americanos. A última coisa que eles querem aceitar é uma relação de cooperação e de defesa dos interesses da Europa em conjunto com a Rússia.
MFerrer