terça-feira, 7 de outubro de 2008

AINDA A CRISE FINANCEIRA NA EUROPA



DEPOIS DA MINI-CIMEIRA DE PARIS


Em Paris toda a gente protestou contra a decisão da Irlanda de garantir na íntegra os depósitos bancários. Merkel, mal chegou a Berlim, tomou idêntica medida. Entretanto, outros países a seguiram: Grécia, Suécia, Dinamarca, Áustria e Portugal.
Hoje, os ministros das finanças da zona euro, subiram para 40 mil euros a cobertura dos depósitos em caso de falência e esperam que a medida possa ser sancionada amanhã, a 27, pelo Ecofin.
Ao que se depreende haverá um limite mínimo de protecção - máximo que Bruxelas consegue (ou conseguirá, se tudo correr bem amanhã) - que não prejudica as medidas adicionais e complementares que cada um achar dever tomar.
Quem compare o que se está a passar aqui na Europa (tanto no plano nacional, como no comunitário) com o que se passou nos Estados Unidos notará certamente uma grande diferença.
Nos Estados Unidos, bem tentou Bush fazer aprovar à pressa pelo Congresso um plano de três páginas, preparado pelo Departamento do Tesouro e pela Reserva Federal. Tentou, mas não conseguiu. A opinião pública e, principalmente, os congressistas, cujo lugar não depende do partido, nem de quem governa, exigiram que o assunto fosse renegociado, depois de muito discutido.
Na Europa, na maior parte dos países, os deputados dependem do partido e de quem governa. Por isso, eles fazem o que as cúpulas partidárias lhes exigem sem pestanejar. Neste caso, o dever de obediência consiste em nem sequer terem a veleidade de dizer que querem discutir o assunto e participar na decisão. E a opinião pública nem sequer estranha, tão habituada está a que o Executivo mande na maioria parlamentar que o apoia ou que os deputados obedeçam aos partidos

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