segunda-feira, 17 de novembro de 2008

AMADO E LOUÇÃ COINCIDEM SOBRE OBAMA



“A ELEIÇÃO DE OBAMA PODE ACABAR NUMA DECEPÇÃO”

Partindo de premissas diferentes e visando objectos diversos, Amado e Louçã coincidem, no essencial, a respeito da eleição de Obama.
Amado disse nos jornais e na televisão que a eleição de Obama pode acabar numa decepção para quem espera uma mudança abrupta na política externa americana. E depois explica que a política externa de um país é sempre condicionada em primeira mão pelos seus próprios interesses e esses interesses não mudaram de ontem para hoje.
Louçã foi mais conciso, mas igualmente assertivo: “A política externa de Obama é mais de direita do que a de Bush”.
Louça lá sabe no que se fundamenta. A gente espera que ele se explique.
Voltando a Amado. Antes de mais gostava de saber pensar assim. Tirava-me muitas canseiras! A política externa de um país, seja ele governado por quem for, defende sempre os mesmos interesses, pelos vistos imutáveis, independentemente dos interesses que quem governa defenda ou se proponha defender! Mais: Obama ainda nem sequer praticou um acto de política externa e Amado já tem pressentimentos…
O Ministro faz-me lembrar um “camarada de armas” na Guiné-Bissau, como eu oficial da Reserva Naval, que na noite do 25 de Abril me dizia: “Não sei porque estás tão contente. Estes que aí vêm podem ser muito piores do que os que cá estavam”. Saudades, nostalgia…do 24 de Abril neste caso, de Bush, no outro…

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