terça-feira, 11 de novembro de 2008

A REUNIÃO DO G20 EM WASHINGTON



QUE DECISÕES?


No próximo sábado reúne-se em Washington o G20 para tratar da crise financeira internacional. Participam na reunião os países do G8 mais um grupo de países emergentes, a Comissão Europeia e as principais organizações económicas internacionais (FMI, BM, BCE, etc).
E Espanha, depois de uma intensa batalha diplomáticas, estará também presente na reunião, embora ocupando um lugar que, por direito próprio, pertenceria à França, já representada enquanto presidente de turno da União Europeia.
Marcada por insistência de Sarkozy ainda durante o ano em curso para se poder realizar sob a presidência francesa na União Europeia, esta reunião corre o risco de não trazer grandes conclusões, por se realizar no período de transição da presidência americana. Bush, em fim de mandato, não assumirá grandes compromissos, e Obama, que nem sequer é seguro que nela participe, não se quererá comprometer enquanto não assumir o poder.
Sabe-se pouco sobre o que vai ser discutido na capital americana. A Europa parece ter chegado a um relativo consenso, não obstante as muitas críticas à iniciativa de Sarkozy. A imprensa noticiou que a proposta apresentada pela França foi recusada pelo Reino Unido, República Checa e Portugal, por a terem considerado demasiado reguladora e intervencionista.
Mais uma vez estas questões, que são de particular relevância para o futuro dos países, independentemente do êxito que esta reunião possa ter, passaram completamente à margem da opinião pública, dos partidos e das próprias instituições representativas.
Na Espanha, Zapatero, antes de partir para Washington, está a ouvir os bancos, a indústria, os sindicatos, os partidos, enfim, a concertar a posição espanhola. Em Portugal, como de costume, tudo se passa no segredo dos gabinetes.
José Sócrates clama no Parlamento e em intervenções dispersas por uma maior regulação e transparência do sistema financeiro. Em Bruxelas, o seu Ministro dos Negócios Estrangeiros considera a proposta francesa demasiado reguladora…

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