quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

DEBATE PARLAMENTAR QUINZENAL


NADA DE MUITO NOVO

Não pude ver todo o debate, mas apercebi-me quando o comecei a ver que o PSD tinha atirado a pedra e escondido a mão. Desesperados com o resultado das sondagens e com as dilacerantes críticas internas, é natural que tentem ganhar na secretaria o que perdem no campo.
Portas, o mesmo demagogo de sempre! Só pode falar assim politicamente quem conta uma elevada dose de iliteracia no eleitorado. Então, aquela do polícia na Gare do Oriente ultrapassa todos os limites!
Creio que Louçã, inebriado com as sondagens, se esquece de nos explicar como se podem pôr em prática algumas das medidas que preconiza.
O PC, como partido de oposição, é o mais consistente e coerente. Julgo ter pressentido uma certa aproximação de Sócrates. Estarei enganado? Tratar-se-á apenas do natural reflexo de alguém, pessoalmente muito acossado, se sentir confortado pelo simples facto de “ser recebido” para debater apenas assuntos da governação?
Sócrates esteve ao seu nível. Ele é forte no debate parlamentar. Acho que fez reverter a seu favor as insinuações do PSD.
Quanto ao resto, apenas mais duas coisas:
Primeira: é muito provável que o BPP vá para a falência e não está excluído que o BPN siga o mesmo caminho, apesar da nacionalização.
Segunda: o ponto fraco de Sócrates é o de não se vislumbrar no seu discurso o mínimo indício de uma política alternativa ao actual sistema; tudo parece estar a ser feito para restaurar o sistema tal como ele existia antes da crise. E poder-se-á pedir isto a um partido como o PS?

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