quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

A SURPREENDENTE ITÁLIA



UM CASO QUE DÁ QUE PENSAR

A Itália é um bom exemplo para se aferir dos efeitos da corrupção sobre o eleitor.
Um advogado britânico foi ontem condenado em Milão por ter prestado falsos testemunhos em dois julgamentos. Até aqui nada de novo. É frequente. Só que os falsos testemunhos foram prestados, num processo que envolvia Berlusconi (mais correctamente: uma holding, que actua nos media, dominada por Berlusconi), a troco de uma importância em dinheiro.
Berlusconi era acusado de ter subornado o advogado, mas não foi julgado por entretanto ter feito aprovar uma lei que lhe assegura a imunidade enquanto Primeiro-ministro. E então temos um corrupto, sem corruptor!
Se a moda pega no sul da Europa…
O mais interessante é que todas as acusações que pesam sobre o Primeiro-ministro italiano parece nada o afectarem. Continua a ganhar eleições e quem tem de se demitir é líder do principal partido da oposição!

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