AFINAL OS CANDIDATOS DO PS SEMPRE TEM CANDIDATURA PRÓPRIA
Supunha que o PS concorria às eleições europeias com uma lista partidária, integrada por candidatos escolhidos pelo partido e com uma estratégia unificada.
Afinal, enganei-me. Fico com a ideia, pelo que até agora ouvi, que os candidatos têm programas autónomos que vão apresentando aos eleitores como se cada um deles concorresse em lista unipessoal independente do partido que os propõe.
Um dia é um candidato que apresenta o seu programa de candidatura, embora neste caso sempre muito coincidentemente com a fraseologia partidária. Outro dia é uma candidata que numa intervenção na TVI 24 (pareceu-me de campanha eleitoral) diz que a eleição dos socialistas portugueses tem em vista acabar com a política neoliberal da União Europeia e substituir a Comissão, a começar por Durão Barroso.
Tudo bem. Isto é, tudo mal. Primeiro, porque é pena que somente se lembre de combater o neoliberalismo em campanha eleitoral e depois porque essa de substituir Durão Barroso vai contra o que já foi dito pelo Secretário Geral do Partido.
Em que ficamos? No Tratado de Lisboa, em Durão Barroso, nas políticas comunitárias tal como elas resultam dos textos constitutivos da União ou numa revisão de tudo isto? Decidam-se lá e depois digam.
Se todos os elementos da lista disserem de sua justiça e objectivos particulares... a coisa arrisca-se a ficar bastante confusa.
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