O TRISTE FIM DOS SOCIALISTAS
A notícia verdadeiramente não tem nada de surpreendente. Tínhamo-la previsto aqui, logo a seguir às eleições. Todavia, mais do que qualquer previsão, o percurso político dos socialistas israelitas há muito tinha esbatido as diferenças que os separavam das demais forças políticas judaicas. À parte um pequeno número de pessoas – não falamos dos árabes com cidadania israelita – politicamente representados em partidos minoritários, a sociedade israelita é hoje uma sociedade fundamentalmente de direita que se revê nas teses belicistas, racistas e segregacionistas dos principais partidos israelitas.
Estamos por isso muito longe do “sonho” que acompanhou a formação do Estado de Israel e do momento épico que a sua criação representava para todos aqueles que acreditavam no surgimento de um Estado diferente dos demais. Estamos, de facto, muito longe do idealismo que perpassa nas páginas de Isaiah Berlin quando, no começo dos anos 50, escreveu as “Origens de Israel”.
Hoje não há mais Ben Gurion, nem mesmo Gola Meir, nem kibbutzim, nem gente que partia dos quatro cantos do mundo para “concretizar” a utopia. Hoje há anexação de territórios, colonização, corrupção económica e moral, racismo e crimes de guerra. Com a colaboração dos socialistas!
Por ser lamentavelmente verdade, é importante não deixar de chamar a atenção para dinâmicas e conjunturas específicas, como é o caso... para, se possível, prevenir e evitar a sua generalização!
ResponderEliminarCertamente. Ponderei e hesitei...Preferi ficar por aqui, deixando aos leitores a leitura implícita...
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