...O QUE PENSO DOS PORTUGUESES
Ainda agora, ao acaso, vi na internet uns trechos de entrevistas dados por Manuela Ferreira Leite. Sobre o serviço nacional de saúde, sobre políticas sociais, sobre investimentos, etc. E sempre que a ouço medito sobre os portugueses. Não conheço todos os países do mundo, mas conheço todos os países de nível equivalente ao nosso ou superior. E, claro, muitos outros de nível inferior. Refiro-me a indicadores económicos, educacionais, ambientais, sociais, enfim, o habitual neste género de coisas. Acho muito difícil que em qualquer um desses países uma pessoa como Ferreira Leite tivesse alguma hipótese de desempenhar um cargo importante. Tudo nela é primário a raiar a mediocridade. Pelo modo como se exprime: ela desconhece a língua, dir-se-á. Não, ela desconhece qualquer linguagem e o seu nível de elaboração conceptual é tão baixo que as palavras acabam por lhe faltar. Ela não se sabe exprimir por dificuldades com a língua; pelo contrário, ela tem dificuldades com a língua porque não tem ideias. Diz banalidades do género “sou uma pessoa de convicções”, mas depois não é capaz de exprimir essas convicções ou quando tenta fazê-lo fica pelo mais superficial equivalente ao que poderia ser dito pelo inculto homem da rua. Diz também: “Não faço promessas”. Se não faz promessas é porque não tem programa.
Não há nela uma referência que vá para além do simples linguajar do povo inculto. Nota-se que nunca leu um livro, que nunca se entusiasmou com um quadro, que nunca ouviu uma peça de música. Tudo nela é profundamente terra-a-tera, sem nível. Com ela poderíamos muito bem. Agora, o que não poderíamos é com o povo que porventura a elegesse.
... quase sem palavras ou melhor, sem substantivos, resta-me dizer: Brilhante! Obrigado pelo texto inspirado, incisivo e... reconfortante!...
ResponderEliminarAbraço.
Magistral, Zé Manel...
ResponderEliminarAbraço