O QUE PODE ACONTECER
É ainda muito cedo para começar a tirar conclusões das sondagens quanto a resultados eleitorais, mas configura-se com alguma probabilidade o facto de o CDS não fazer maioria no parlamento nem com o PS, nem com o PSD. E, assim sendo, só restam duas hipóteses: ou a formação de um governo minoritário PS ou PSD, consoante o que tiver mais votos, ou um governo de bloco central.
Esta segunda hipótese é que mais penaliza os dois partidos, que, na medida do possível, tentarão evitá-la, mas pode haver uma pressão social e institucional muito forte para que seja posta em prática. O que, a ocorrer, implicaria o sacrifício do dirigente máximo do partido que ficar em segundo lugar.
De momento, o que parece haver é uma pressão muito forte sobre um sector do eleitorado, nomeadamente sobre o previsível eleitorado do Bloco de Esquerda, para que transfira o seu voto para o PS, já que a margem de elasticidade do PSD parece quase esgotada, quer à sua esquerda, quer á sua direita, em ambos os casos por razões que directamente se prendem com a personalidade política da sua presidente. Ela não tem condições para captar votos no centro-esquerda, porque é, marcadamente, uma pessoa de direita, nem capacidade para entrar no eleitorado do CDS, porque Portas é muito melhor do que ela e não há eleitor do CDS que, perante tão grande diferença, tenha alguma hesitação na hora do voto.
O governo de maioria simples, bem simples, a avaliar pelo que se conhece agora, teria poucas condições para governar e muito dificilmente duraria mais de um ano. O cálculo político que o dito partido vai fazer para decidir se aceita ou não ser governo naquelas condições vai depender da antevisão que ele próprio fizer de eleições antecipadas. Cálculo difícil de realizar, tanto mais que ele se põe de forma diferente para o PS e para o PSD. Dito de forma mais clara: o derrube de um governo minoritário PS não o favorecerá eleitoralmente, enquanto o derrube de um governo PSD, com as consequentes eleições antecipadas, pode trazer-lhe vantagens.
Outra incógnita é saber se Cavaco terá condições políticas e pessoais para se recandidatar caso o partido mais votado seja o PS…
É ainda muito cedo para começar a tirar conclusões das sondagens quanto a resultados eleitorais, mas configura-se com alguma probabilidade o facto de o CDS não fazer maioria no parlamento nem com o PS, nem com o PSD. E, assim sendo, só restam duas hipóteses: ou a formação de um governo minoritário PS ou PSD, consoante o que tiver mais votos, ou um governo de bloco central.
Esta segunda hipótese é que mais penaliza os dois partidos, que, na medida do possível, tentarão evitá-la, mas pode haver uma pressão social e institucional muito forte para que seja posta em prática. O que, a ocorrer, implicaria o sacrifício do dirigente máximo do partido que ficar em segundo lugar.
De momento, o que parece haver é uma pressão muito forte sobre um sector do eleitorado, nomeadamente sobre o previsível eleitorado do Bloco de Esquerda, para que transfira o seu voto para o PS, já que a margem de elasticidade do PSD parece quase esgotada, quer à sua esquerda, quer á sua direita, em ambos os casos por razões que directamente se prendem com a personalidade política da sua presidente. Ela não tem condições para captar votos no centro-esquerda, porque é, marcadamente, uma pessoa de direita, nem capacidade para entrar no eleitorado do CDS, porque Portas é muito melhor do que ela e não há eleitor do CDS que, perante tão grande diferença, tenha alguma hesitação na hora do voto.
O governo de maioria simples, bem simples, a avaliar pelo que se conhece agora, teria poucas condições para governar e muito dificilmente duraria mais de um ano. O cálculo político que o dito partido vai fazer para decidir se aceita ou não ser governo naquelas condições vai depender da antevisão que ele próprio fizer de eleições antecipadas. Cálculo difícil de realizar, tanto mais que ele se põe de forma diferente para o PS e para o PSD. Dito de forma mais clara: o derrube de um governo minoritário PS não o favorecerá eleitoralmente, enquanto o derrube de um governo PSD, com as consequentes eleições antecipadas, pode trazer-lhe vantagens.
Outra incógnita é saber se Cavaco terá condições políticas e pessoais para se recandidatar caso o partido mais votado seja o PS…
Se a transferência de votos do centro para os extremos for acentuada, um eventual governo de bloco central terá graves problemas de legitimidade - o que se reflecte inevitavelmente na governabilidade. A atitude de muitos portugueses perante um tal governo será de resistência surda.
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