AFINAL, HÁ MAIS NOTÍCIAS
Quando escrevi o post anterior ainda não sabia que a comissão executiva do BCP tinha emitido um comunicado mantendo a confiança em Armando Vara, nem que José Penedos, Presidente da REN, tinha sido constituído arguido.
Não sabia. Mas nenhum dos factos me causa qualquer tipo de admiração. Como não há-de a comissão executiva do BCP manter a confiança em Vara se há todas as razões para supor que foi exactamente por Vara ser quem é que ele foi levado para o BCP? E, quanto a Penedos, eu também não posso deixar de me recordar de uma entrevista sua, de 1996, que o Vítor Dias não se cansa de divulgar, em que ele, muito sinceramente, declarava: “Por cada empresa que privatizo, abro uma garrafa de champanhe!”.
Se o país tem à frente das empresas públicas ou participadas pessoas que defendem tão entusiasticamente a sua privatização e a iniciativa privada nas áreas e objectos empresariais em que elas próprias estão empregadas, algo não vai seguramente bem.
É claro, que neste caso estamos muito para além disso tudo. Estamos no domínio da suspeita da prática de actividades criminosas. O mínimo que se pode dizer é que o Governo do PS começa mal. Muito mal. E antes que sobre o assunto se volte a falar, o PS somente tem uma atitude a tomar: intimar as referidas personalidades a suspender de imediato os respectivos mandatos. Já. Não interessa saber se o PS, isto é, o Governo, tem, ou não, juridicamente poderes para o fazer. Tem os mesmos poderes que teve quando “levou” para o BCP a gente que estava à frente da Caixa Geral de Depósitos.
Estas notícias, ainda por cima apoiadas em gravações, desmoralizam completamente os cidadãos. No BPN aconteceu o que toda a gente sabe. Não há dúvidas sobre o que fizeram, donde vinham e com quem se davam. Relativamente a estes também não há: toda a gente sabe donde vêm e com quem se dão. Por isso, a escolha não é muito difícil de fazer: é mandá-los embora ou deixá-los ficar. Consoante actue ou não actue, assim se avaliará a conduta do Governo!
"...nenhum dos factos me causa qualquer tipo de admiração" escreve o autor. A mim também não, nem à generalidade das pessoas. Depois da "justiça" dos oeirenses ( e outros) que se pode esperar ou o que é que os portugueses esperam, nada! " Andam todos ao mesmo!" é uma frase típica dos "crentes" de alguma Capela face ao desvarios dos "sacerdotes", à falta de melhores argumentos,tentam desculpá-los. Mas parece que, cada vez mais, tem consistência o estribilho.
ResponderEliminarRealmente, já nada é para causar admiração. Apenas algum asco...
ResponderEliminar