O GRANDE ENSINAMENTO
Henrique Neto, subscritor de um manifesto que combate as energias alternativas, aceitou participar num debate com Carlos Pimenta, no programa "Sinais de Fogo".
Henrique Neto abriu as hostilidades com a facilidade com que costuma dissertar sobre os muitos assuntos em que regularmente intervém. Apontou vários dados de facto para justificar as suas afirmações e neles se baseou para sustentar as conclusões aque ia chegando, sempre contrárias às energias limpas.
Afinal, soube-se logo a seguir, todos os dados de facto que amparavam as suas posições eram completamente falsos. Por outro lado, o seu desconhecimento sobre o que se faz no país em matéria de energias alternativas, desde o saber até ao negócio, era total. Absoluto!
Foi um KO como só nos bons tempos de Cassius Clay se costumava ver.
Mas tem de reconhecer-se que a sua intervenção no programa avivou um grande ensinamento, muitas vezes esquecido: é preciso ser muito prudente quando se fala do que não se sabe!
Completamente de acordo.
ResponderEliminarEu não estou de acordo. Quem ficou KO foram os que, como eu, gostavam de ficar mais esclarecidos sobre este tema. É lamentável que sobre uma questão absolutamente quantificável sobre a maioria dos seus aspectos haja duas pessoas, supostamente informadas e formadas, que publicamente fazem declarações opostas sobre dados, quantidades, valores, fora os aspectos de avaliação política ou subjectiva (desenvolvimento do conhecimento, nomeadamente). É ou não verdade que o kwh nos é vendido pela EDP à volta de 0.12€ e os "produtores" das renováveis recebem da EDP/REN a 60-70 cêntimos? Nem esta simples questão ficou clara quando o Pimenta refere que também a electricidade produzida a partir do carvão/gás/petróleo tinha uma sobretaxa que a tornava ainda mais cara que aquela(?????). Caberia aqui perguntar porque é que nesse caso não se aumenta a capacidade autorizada e se submete a um ratei cujas regras não me parecem claras. Não há duvida de uma coisa; se Portugal por razões de vanguardismo ético/ecológicas adoptar um "mix" que incorpore energia cara em maior percentagem que as economias concorrente, perde inevitavelmente competitividade. Algum deles, ou ambos, está muito mal informado e, nesse caso, deveria remeter-se a conversas cafezianas ou, estão, apenas a terçar armas por interesses que não confessam. Mais um tema em que a nossa "elite" mostra o apreço que tem pela seriedade e pelo rigor.
ResponderEliminarLG
Para quem não viu (e quer ver) e para quem viu (e quer rever), aqui vai o link do programa:
ResponderEliminarhttp://sic.sapo.pt/programasInformacao/scripts/videoplayer.aspx?ch=sinaisdefogo&videoId={CC7E5825-2572-4D10-9391-18714FB29295}
Acabei de ver este debate, e, muito embora tenham ficado questões por esclarecer (tal como a questão que LG pôs, para além da acusação de Neto sobre o hardware empregue na central de Moura já estar ultrapassado), Neto ficou mesmo KO neste combate, pois notou-se a sua falta de preparação face ao nível de preparação de Pimenta.
ResponderEliminarJunte-se a isto a imagem de competência que Pimenta tem desde que foi Secretário de Estado do Ambiente, e temos um vencedor claro deste debate: Carlos Pimenta.
A Pimenta, perante a insistência de Neto na energia nuclear, só faltou perguntar a Neto se este aceitava que a central nuclear ficasse instalada "paredes meias" com a sua casa.
Obrigado por me terem indicado o sítio.
ResponderEliminarVi e estou com o LG.
Não compartilho, de modo algum, a opinião de Jorge Almeida: não foi isso que Neto disse.
Não vi nenhuma insistência no nuclear.
AL