quinta-feira, 20 de maio de 2010

A POUCA VERGONHA NÃO TEM LIMITES



A DIREITA AO ATAQUE

Ouve-se de tudo na TV nestes últimos dias. Não gosto de entrar neste tipo de conversa, mas quando os ouço ou vejo despudoradamente ao ataque a pregar austeridade para quem pouco ou nada tem enquanto eles continuam a passar incólumes pela crise que só os outros afecta, dificilmente se pode ficar calado e deixar de chamar os bois pelos nomes.
São os “moderadores” de televisão, verdadeiros “donos” de programas da televisão pública, que recebem milhares, muito mais do que o PR, que pedem “cortes” nos ordenados dos políticos.
É Portas, que nunca fiscalizou os subsídios da “lavoura”, nem nunca explicou os despachos do Telmo (auto-denominado “o Breve”) produzidos em catadupa no último dia do seu mandato como Ministro do Turismo, que nunca esclareceu esse vergonhoso negócio dos submarinos, que não se cansa de lançar o ódio contra quem precisa de ajuda.
É Mira Amaral que exige menos ministérios, menos direcções gerais, enfim, a conversa do costume: menos despesa. Quantas reformas tem Mira Amaral? De que montante? Quem as votou? Quanto acumula de ordenados com reformas milionárias que ele próprio votou? Com quanto contribui para a crise? Com 1,5% do seu rendimento declarado! É preciso não ter vergonha!
Mira Amaral que, quando esteve no Ministério da Indústria, para além seguramente não ter acompanhado a regularidade dos muitos subsídios que concedeu (aliás, nem sequer havia lei específica sobre o assunto), financiava uma revista que, de cada vez que era publicada, trazia mais fotografias suas do que alguma vez na Coreia do Norte, revista com o mesmo número de páginas, teria trazido do Bem Amado Kim il Sung! Só uma vez contei para cima de 30 fotografias em menos de 20 páginas!
Como ninguém os cala, alguém tem de ir à luta!

1 comentário:

  1. Mira Amaral, se quisesse avançar a toda a força com uma barragem destruindo gravuras pré-históricas, se estivesse num país desenvolvido, ninguém lhe estendia mais nenhum microfone, votando-o ao ostracismo.

    No entanto, estamos em Portugal, onde Cultura (assim como o ambiente) só é boa para usar na lapela ... E, no meio disto tudo, temos a população de Foz Côa, que podia estar a tirar os benefícios duma boa exploração turística dum parque arqueológico, e está na miséria, pois o Terreiro do Paço fartou-se de prometer para nunca mais cumprir. Se isto tivesse acontecido 50 kms a oriente, "outro galo cantava". Os espanhóis sabem tirar mais e melhores dividendos destas "prendas" que o pessoal do Terreiro do Paço e de São Bento juntos.

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