COMO CONTINUAR LULA
Com 96% votos apurados, Dilma Rousseff tem 55,7% dos votos e José Serra 44,3%. Dilma Rousseff vencerá e será a primeira mulher Presidente do Brasil.
De acordo com os votos contados, Dilma ganhou no Sudeste (S. Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo); no Norte (Pará, Amazónia, Randónia, Roraima, Acre, Amapá e Tocantins); no Nordeste (Bahia, Alagoas, Sergipe, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí, e Maranhão); perdeu no Sul (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul); e, provavelmente, perderá no Centro-Oeste (Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal).
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Por estados, Dilma perdeu no Acre, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio Grande do Sul, Rondónia, Roraima, Santa Catarina e São Paulo, tendo ganho nos restantes quinze, bem como no Distrito Federal.
A região Norte representa 45,2% do território brasileiro, porém a sua população anda apenas pelos 14 milhões de habitantes; o Centro-Oeste, com cerca de 19% do território, tem à volta de 12 milhões de habitantes; o Sudeste, representando pouco mais de 10% do território, é a região mais povoado do país: 77 milhões de habitantes; segue-se o Nordeste, com 50 milhões de habitantes e 18,2 % do território nacional; finalmente, o Sul, com 26 milhões de habitante e 6,8% do território nacional.
Com os votos quase todos contados, salvo no Nordeste e no Norte (cerca de 90% dos votos apurados), pode dizer-se que, do primeiro para o segundo turno, Dilma progrediu em número de votos e em percentagem, portanto, em termos absolutos e relativos, em todas as regiões, apesar de ter perdido no Sul e no Centro-Oeste, aqui por escassa mrgem, pouco mais de 100 mil votos..
À primeira vista, parece que os votos de Marina Silva se dividiram pelos dois candidatos, apesar de a abstenção ter aumentado em todas as regiões.
A candidata escolhida pelo actual presidente para representar o PT na eleição presidencial tem a seu cargo a difícil missão de continuar Lula. Continuar Lula significa, não apenas erradicar definitivamente a pobreza de um dos mais prósperos Estados do mundo, mas acabar de vez com o país dual herdado por Lula, depois de quase duzentos anos de domínio oligárquico e mais três séculos de colonização.
Para que isso aconteça, a riqueza vai ter que ser redistribuída, ou, pelo menos, distribuída, a partir de agora, segundo critérios muito diferentes daqueles que secularmente têm vigorado no Brasil.
Não vai ser fácil. Aquilo a que chamam as elites possidentes do Brasil associadas aos seus aliados ideológicos - e são muitos, como a presente campanha demonstrou – tudo farão para inverter o rumo iniciado por Lula.
Saber se Dilma vai estar à altura deste combate, apesar de tudo mais difícil de vencer do que a consolidação do Brasil na cena internacional como grande potência, com interesses próprios e política autónoma, não subordinada aos grandes interesses norte-americanos e europeus, é o grande desafio que Dilma tem pela frente nos próximos quatro anos.
A única coisa certa que a História nos ensina é a de que todas as conquistas que nestes domínios se fizeram ou venham a fazer são sempre muito difíceis de manter e extremamente fáceis de perder.
Com os votos quase todos contados, salvo no Nordeste e no Norte (cerca de 90% dos votos apurados), pode dizer-se que, do primeiro para o segundo turno, Dilma progrediu em número de votos e em percentagem, portanto, em termos absolutos e relativos, em todas as regiões, apesar de ter perdido no Sul e no Centro-Oeste, aqui por escassa mrgem, pouco mais de 100 mil votos..
À primeira vista, parece que os votos de Marina Silva se dividiram pelos dois candidatos, apesar de a abstenção ter aumentado em todas as regiões.
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