COM SEMPRE, CONTRA OS MAIS FRACOS
A RTP não tem vergonha nenhuma. Já aqui por várias vezes se fez referência às suas práticas reaccionárias, ao modo distorcido como os factos são apresentados, enfim, ao seu conhecido apego a tudo quanto cheire a rico e a patrão.
Agora, é a campanha contra o subsídio de desemprego. O método é simples, primário, mas resulta, principalmente em tempo de crise.
Apresenta-se um programa com um ou dois “laboriosos homens do norte”, um “empreendedor de sucesso”, mais um gerente de uma pastelaria, todos a dizerem o mesmo. Há emprego e há trabalho, mas não há quem queira trabalhar. Sabendo que têm à sua disposição um razoável “exército industrial de reserva”, aqueles generosos empresários apenas querem pagar o salário mínimo. Obviamente, os desempregados recusam tanto sucesso e tanta exploração.
Pois, mas o que a RTP está a pedir, com Portas, é que se acabe com o subsídio de desemprego ou que se baixe radicalmente o seu montante, para tornar “atractivo” o salário mínimo.
Os jornalistas da RTP que fazem programas como este e o seu director de informação deveriam ter mais pudor e lembrar-se que tanto eles como os seus antecessores têm vivido durante décadas à custa do contribuinte português, recebendo vencimentos muitas vezes superiores ao do salário mínimo nacional. Não faltaria quem os substituísse por muito menos dinheiro, mais competência e imparcialidade.
E já agora uma sugestão: por que não faz a direcção de informação e o seu inefável director um programa sobre as reformas milionárias, muitas vezes em acumulação com outras e quase sempre em acumulação com ordenados, algumas delas decididas e votadas pelos próprios beneficiários, muitas das quais com menos de dez anos de regime contributivo, auferidas por aquela legião de ”sábios” que diariamente vai a televisão dizer-nos como se reduz o défice?
A RTP não tem vergonha nenhuma. Já aqui por várias vezes se fez referência às suas práticas reaccionárias, ao modo distorcido como os factos são apresentados, enfim, ao seu conhecido apego a tudo quanto cheire a rico e a patrão.
Agora, é a campanha contra o subsídio de desemprego. O método é simples, primário, mas resulta, principalmente em tempo de crise.
Apresenta-se um programa com um ou dois “laboriosos homens do norte”, um “empreendedor de sucesso”, mais um gerente de uma pastelaria, todos a dizerem o mesmo. Há emprego e há trabalho, mas não há quem queira trabalhar. Sabendo que têm à sua disposição um razoável “exército industrial de reserva”, aqueles generosos empresários apenas querem pagar o salário mínimo. Obviamente, os desempregados recusam tanto sucesso e tanta exploração.
Pois, mas o que a RTP está a pedir, com Portas, é que se acabe com o subsídio de desemprego ou que se baixe radicalmente o seu montante, para tornar “atractivo” o salário mínimo.
Os jornalistas da RTP que fazem programas como este e o seu director de informação deveriam ter mais pudor e lembrar-se que tanto eles como os seus antecessores têm vivido durante décadas à custa do contribuinte português, recebendo vencimentos muitas vezes superiores ao do salário mínimo nacional. Não faltaria quem os substituísse por muito menos dinheiro, mais competência e imparcialidade.
E já agora uma sugestão: por que não faz a direcção de informação e o seu inefável director um programa sobre as reformas milionárias, muitas vezes em acumulação com outras e quase sempre em acumulação com ordenados, algumas delas decididas e votadas pelos próprios beneficiários, muitas das quais com menos de dez anos de regime contributivo, auferidas por aquela legião de ”sábios” que diariamente vai a televisão dizer-nos como se reduz o défice?
ADITAMENTO
Nem de propósito: ver post de Raimundo Narciso no "Puxa-Palavra"
3 comentários:
Não tenho comentado mas tenho vindo cá sempre para estar a par da linha justa.
Até reparei, logo no dia seguinte, pela remodelação geral da casa. Parabéns. Sei que previlegias, e bem, o conteúdo que aliás,tem tido frequentes elogios, e te importas menos com a fachada. Mas nos dias que correm... com "fachada" até à náusea se não se cuida da imagem as pessoas, já tão desabituadas das letras, não vêem.
Para a remodelação contribuiu, uma visitante que te chamou a atenção para o design, uns dias antes?
Abraço
Absolutamente de acordo. Debaixo da capa da imparcialidade e independência, a direcção de informação da RTP está a preparar-se para o consulado PSD.
Obrigado, mais uma vez, pelas suas análises.
António Marquês
A nossa magnífica comunicação social, sabe o que deve fazer, por isso, não coloca questões dessas aos sábios que convida para que prescrevam as medidas de que o país precisa. Esses sábios muitos, falam quase em uníssono, logo, quem não pensa ou vê as coisas como eles está com certeza errado. As pessoas estão desde há muito a ser massacradas pela propaganda travestida de ciência económica, com o evidente objectivo de que e "compreendam" e aceitem o que lhes é proposto e imposto. Quanto à RTP, não me parece que divirja muito dos outros, apenas está mais sincrronizada com o Governo.
LG
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