E DEPOIS?
Enquanto o mundo anda atento ao que se passa no Mediterrâneo e no Golfo, a justiça inglesa entrega o fundador de WikiLeaks aos suecos, numa decisão que deixa margem para todas as suspeitas.
Só por ingenuidade, principalmente conhecendo os antecedentes, se pode deixar de considerar a justiça inglesa como uma das mais políticas do mundo. Nem vale a pena esgrimir grandes argumentos ético-jurídicos de censura do tribunal inglês. Ele actuou como é norma em Inglaterra.
Pinochet não pôde ser extraditado. Assange pode. Os factos por que Assange está acusado são difusos, de prova muito difícil, provavelmente nem sequer preenchem, na maior parte dos países do mundo, um tipo legal de crime. A começar pela própria Inglaterra.
Duas hipóteses, apenas duas, podem explicar a decisão do tribunal inglês: entregar Assange à Suécia, para que a Suécia o entregue aos Estados Unidos…para lá ser julgado pelo “crime” previsto na Primeira Emenda da constituição americana (liberdade de imprensa); ou entregar Assange para não ter que decidir sobre um pedido de extradição americano (hipótese teoricamente possível, mas praticamente pouco provável, já que Assange, se não for extraditado, o mais certo será abandonar logo a Inglaterra).
Ainda há recurso da sentença. Constituiria, todavia, uma grande surpresa qualquer decisão que não confirme a da primeira instância.
Enquanto o mundo anda atento ao que se passa no Mediterrâneo e no Golfo, a justiça inglesa entrega o fundador de WikiLeaks aos suecos, numa decisão que deixa margem para todas as suspeitas.
Só por ingenuidade, principalmente conhecendo os antecedentes, se pode deixar de considerar a justiça inglesa como uma das mais políticas do mundo. Nem vale a pena esgrimir grandes argumentos ético-jurídicos de censura do tribunal inglês. Ele actuou como é norma em Inglaterra.
Pinochet não pôde ser extraditado. Assange pode. Os factos por que Assange está acusado são difusos, de prova muito difícil, provavelmente nem sequer preenchem, na maior parte dos países do mundo, um tipo legal de crime. A começar pela própria Inglaterra.
Duas hipóteses, apenas duas, podem explicar a decisão do tribunal inglês: entregar Assange à Suécia, para que a Suécia o entregue aos Estados Unidos…para lá ser julgado pelo “crime” previsto na Primeira Emenda da constituição americana (liberdade de imprensa); ou entregar Assange para não ter que decidir sobre um pedido de extradição americano (hipótese teoricamente possível, mas praticamente pouco provável, já que Assange, se não for extraditado, o mais certo será abandonar logo a Inglaterra).
Ainda há recurso da sentença. Constituiria, todavia, uma grande surpresa qualquer decisão que não confirme a da primeira instância.
Caro JMCorreia-Pinto,
ResponderEliminarFaço link... ou melhor, dois link's :)
Abraço.
O que eu acho mais incrível é o facto da justiça Britânica extraditar um cidadão Australiano, ou seja, um cidadão de um país da Commonwealth... Usualmente, este tipo de extradições nunca acontecem no Reino Unido. No entanto, como é o mais poderoso aliado estratégico-militar a pedir...
ResponderEliminarFez bem em mencionar o caso Pinochet, que tanto deu que falar (no R.U e no mundo em geral) e, sobretudo, tanto tempo se arrastou, nos tribunais britânicos. Bem vistas s coisas, fica claro que a Justiça inglesa irá utilizar a sua congénere sueca como intermediária para possibilitar a extradição de Assenge para os EUA. Inqualificável e miserável! Mas é assim que os chamados "Estados de Direito" hoje funcionam. ´
ResponderEliminarP.Rufino
O Assange cometeu um erro grave: esqueceu-se de consultar o Vale e Azevedo...
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