NÃO É POSSÍVEL MAIS
Sócrates, sem tratar do assunto no Governo (o Conselho de Ministros não decidiu nem foi consultado), sem comunicar rigorosamente nada à Assembleia da República, mantendo o Presidente da República à margem, deslocou-se como vassalo a Berlim e depois a Bruxelas para apresentar um novo pacote de austeridade, feito à custa do roubo dos mais frágeis da sociedade portuguesa, representativo da expressão mais vergonhosa da política neoliberal, com total e ostensivo desprezo pelo povo e pelas instituições democráticas.
A forma como tudo se passou. As mentiras sucessivas. O completo descrédito a que o Primeiro Ministro chegou, não permitem esperar mais: Sócrates, fora!
O que virá a seguir neste momento já não importa. A convicção de muita gente é que o problema se não resolve com eleições. Complica-se e agrava-se com eleições. Mas isso é outra conversa, que também se não resolve com voluntarismos. A seu tempo se verá como…
O que de imediato interessa é o restabelecimento de um mínimo de dignidade. Um país quase milenário não pode ter no Governo quem não o saiba representar. Sócrates comportando-se como se comporta é indigno de representar o país. Fora!
Sócrates actua à margem do Estado e do Povo. Ignora as instituições democráticas. Despreza o povo. Só atende a boys. Fora!
Sócrates, sem tratar do assunto no Governo (o Conselho de Ministros não decidiu nem foi consultado), sem comunicar rigorosamente nada à Assembleia da República, mantendo o Presidente da República à margem, deslocou-se como vassalo a Berlim e depois a Bruxelas para apresentar um novo pacote de austeridade, feito à custa do roubo dos mais frágeis da sociedade portuguesa, representativo da expressão mais vergonhosa da política neoliberal, com total e ostensivo desprezo pelo povo e pelas instituições democráticas.
A forma como tudo se passou. As mentiras sucessivas. O completo descrédito a que o Primeiro Ministro chegou, não permitem esperar mais: Sócrates, fora!
O que virá a seguir neste momento já não importa. A convicção de muita gente é que o problema se não resolve com eleições. Complica-se e agrava-se com eleições. Mas isso é outra conversa, que também se não resolve com voluntarismos. A seu tempo se verá como…
O que de imediato interessa é o restabelecimento de um mínimo de dignidade. Um país quase milenário não pode ter no Governo quem não o saiba representar. Sócrates comportando-se como se comporta é indigno de representar o país. Fora!
Sócrates actua à margem do Estado e do Povo. Ignora as instituições democráticas. Despreza o povo. Só atende a boys. Fora!
Vê-se que é um grito de alma. De quem ficou eticamente chocado...apesar do realismo que diz perfilhar.
ResponderEliminarDe facto, Sócrates é um mentiroso compulsivo.
O "sem-vergonhismo" atingiu o paroxismo, mas... a eterna pergunta: que alternativas? O PPD está num dilema : Deixa que o PS acabe de fritar e se torne tóxico enquanto vai fazendo o que o PPD teria dificuldade em fazer mesmo em maioria, o que não agrada às hostes impacientes. Ou, então, um trilema: conciliar a hipótese de derrubar o PS sem desagradar aos "mercados" e ao Directório.
ResponderEliminarCada uma à sua maneira, as nossas esquerdas combatem-se umas às outras suicidando-se globalmente.
ResponderEliminarCada uma se acha com a razão toda. E do ponto de vista de cada uma delas,talvez a tenha.
Cada uma acha que a outra não é uma verdadeira esquerda, ou por que o é demais ou porque o é de menos.
Mas cada uma das esquerdas, sem as outras, apenas pode refilar perante o poder da direita que assim fica assegurado.
Porventura será difícil, mas, sob pena de se deixarem condenar á impotência. o desafio que se coloca a cada uma das esquerdas é o de serem capazes de seduzir as outras, convencendo-as e não agredindo-as, criticando-as sempre se for necessário sem nunca as insultar.
Por ventura será difícil, mas a alternativa é um esmagamento político das esquerdas num país onde somadas são maioritárias. Esmagamento, seguido de um longo período de reflexão forçada, em que, possivelmente, por muito anos, os irmãos inimigos gastarão boa parte do seu tempo a procurarem demosntrar que foram os outros os culpados do desastre.
A corajosa e coerentíssima linha dos comunistas alemães dos anos 30 do século passado: enterrar a nazismo sob o cadáver da social-democracia.
ResponderEliminarResultado conhecido: os nazis tomaram o poder e literalmente enterraram comunistas e sociais- democratas nas mesmas valas comuns.
Mesmo que entre os enterrados uns tivessem toda a razão e outros nenhuma, enquanto enterrados nada os distinguia.
não acredito nas letras e ideias deste escrito...
ResponderEliminarenfim...
abraço
Quer um coelho? Mas olhe que lhe vai sair um cavaco...
ResponderEliminarSe a política fosse a ética ou um livro da Bobone vc teria alguma razão.
ResponderEliminarA política, e em especial, a política internacional é um charco de piranhas e de répteis, onde nadar, requer uns tomates tão negros, tão negros, que não é um discurso de mau economista e pior financeiro, faz tremer.
Deixe-se de lérias vamos é ao trabalho, que sem ele, se caminha para os confrontos e para fome generalizada...
O "orgulhosamente sós" deu no que deu.
Ainda quer mais?
Que pena, que tristeza ver os socialistas identificados com o que há de mais à direita em toda a Europa...a pretexto de que estão a salvar a esquerda. Daqui a muitoo pouco tempo saberão que Sócrates acabou de vez com o partido. O PS se tiver dentro de si força para pôr Sócrtes na rua vai acabar como partido.
ResponderEliminarVem aí a direita? Mas há alguém mais à direita do que Sócrates? À direita, desonesto, mentiroso. Aliás, o problema da direita é esse: como aguentá-lo? Onde consegue a direita alguém que lhe faça o trabalho tão bem bem como Sócrates e com tanto descaramento? E como a direita adora essses fanáticos ingénuos que supõem que Sócrates apenas está a impedir que a direita chegue ao poder.
ResponderEliminarSegundo nota do Governo, neste assunto, não era obrigatório que a Assembleia da República fosse consultada em relação a estas matérias. No entanto, não deixa de ser escandaloso que o Governo não consulte pelo menos a opinião dos outros órgãos de soberania acerca de um conjunto de políticas que vão fazer um novo assalto às carteiras dos Portugueses. Este é o claro sinal de um Sócrates e de um Teixeira dos Santos completamente apertados pela Europa e sem qualquer respeito pelas mais altas figuras do nosso Estado Soberano.
ResponderEliminarNão resisti a glosar este post, até roubando o título, no meu Moleskine. É que achei piada - telepatia?... - a estarmos a pensar o mesmo ao mesmo tempo. Coisa que só vi hoje com a morena a dizer "olha que coincidência, o nosso amigo..."
ResponderEliminarQue o tema é polémico vê-se por estes comentários. Antecipando, expliquei-me mais no meu texto. Fico com curiosidade em ver se também alinhas, embora me pareça que não vais na minha proposta final. Já falámos sobre isto, mas talvez ainda te convença ;-)
Lapidar MFerrer...
ResponderEliminareu sempre tive a ideia que a coerencia é uma invenção da "direita" para uso da "esquerda"...
e mais grave, esta leva-a a serio, e até ao seu limite....
A "direita" alguma vez se preocupou com minudencias, mentirinhas e coisas inhas,
para levar seus boys a dominar aparelho economico e politico, mediatico? será preciso exemplos?
E quando "esquerda" levanta um protestozinho, ainda mais se borrifam neles...
quem domina todos os media do País, incluindo RTP? o mundo finaceiro, economico ?
Abraço e desculpe o calor...
A resposta aos que censuraram este post já foi dada na rua pelo povo que não aguenta mais nenhum Sócrates. Nem este nem os outros. Hão-de cair todos. Na rua. E se não for com manifs há-de ser de outra forma. A escolha é deles.
ResponderEliminarV
Meu Caro: leio-o de volta aos ontens que cantaram, com palavras de ordem ainda a precisarem de afinação semântica e de rodagem verbal, mas já com o seu verbo a readolescer. Sente-se que, para si, a rua é um elexir inspirador. Gostei da evocação do Delgado; por segundos, temi o regresso da Desfolhada! Se leio bem as coisas, voltaremos, você e eu, a encontrar-nos depois da sua "alegria breve" do amanhã. Recordar-lhe-ei então o severo olhar do ciclista de óculos, do cruzamento de Cantão, que nos interpelará de novo sobre os caminhos escolhidos. Já será tarde para alguns (que não para nós, claro), mas que é isso ao lado do sopro aconchegante da História?! Um abraço de sólida amizade
ResponderEliminarMeu Caro Francisco Seixas da Costa
ResponderEliminarQuem escreve um texto tão belo, embora no post errado,vai de certeza estar do lado certo da História...
Que nunca se repete...(18 de Brumário bem entendido...)
Grande abraço
CP
contra a realidade lá fora,
ResponderEliminarparece chegou o tempo das cortesias, quiçá dos realinhamentos...
antes o tsunami da discordia e do combate duro das ideias, que jogos florais em tempo de invernia...
sobressaltos civicos em tempo de crise, encomendados, patrocinados por quem interesse tem na instabilidade total,
louvados, propagandeados pelos medias de modo escandaloso,
com um lider assumido, claramente afectado intelectual e emocionalmente, como se pode ver, detectar, nas suas actuações recentes,
desde as famigeradas escutas até discursos recentes, bem claros no sentido e objectivos...
perdoem-me, decididamente acho não podemos ir por aí ...
abraço aos que resistem ao canto dos diletantismos serodios de uns e à arrogancia da direita cavaquista populista...
este é meu grito de alma...
Este blog não precisa que se subinhe a sua qualidade, a qual aliás não impede que poucas vezes esteja de acordo com ele.De um modo geral, também os sesu comentadores são razoáveis, poucas vezes caindo no trauliteirismo cego.
ResponderEliminarMas se olharmos com atenção para os comentários deste texto, percebemos que as várias posições que se enfrentam neles civilizadamente, dificilmente serão capazes de se juntar no curto prazom para uma qualquer iniciativa colectiva com significado.
Serão talvez capazes de se criticarem com acutilância, uns aos outros, mas incapazes de agirem em conjunto. E estão entre os melhores...
Se formos capazes de alguma frieza, perguntar-nos-emos certamente porque razão a direita não nos esmagou ainda a todos, juntamente com a razãozinha subjectiva que cada um de nós certemente tem.