Carlos Zorrinho deputado europeu do PS acha que um bom
especulador pode ser um bom regulador. Daí que Juncker possa, não obstante o seu
passado, ser útil. Esta tese de um ladrão reunir as condições ideais para ser
polícia deixa-nos muito tranquilos quanto ao futuro político que nos espera…
Para o General Loureiro dos Santos é motivo de grande preocupação uma potência
procurar recuperar o poder perdido, embora já seja absolutamente normal outra guardar
o poder conquistado.
O mais grave é que as coisas nem sequer são bem assim. A
Rússia não tem condições para recuperar, qualquer que seja o domínio (político,
militar, territorial, etc.), o poder da União Soviética. O que a Rússia
obviamente pretende é, primeiro, não ser cercada por potências hostis,
agressivas e expansionistas; em segundo lugar, ser respeitada de acordo com o
seu poder e a sua história milenar; e, em terceiro lugar, obstar a uma visão
unipolar do mundo.
A NATO, pelo contrário, é expansionista, tem uma política
agressiva e funciona hoje como aliança militar do neoliberalismo económico de dominante
financeira.
A NATO e o neoliberalismo são hoje as duas faces da mesma
moeda. E onde a NATO não chega, chega o PENTÁGONO, embora politicamente seja
mais aprazível fazer actuar a NATO como nos últimos anos tem acontecido.
Cavaco, como homem de partido, faccioso e sectário, recusa
eleições legislativas antecipadas, mesmo no caso de essa antecipação se limitar
a fazer coincidir o termo da legislatura com o seu período normal de duração -
quatro anos. Recusa, porque o partido a que pertence, e em nome do qual sempre
actuou nestas trinta e tal anos que leva de vida pública, precisa desses meses
a mais para campanha eleitoral facilitada pelo exercício do poder.
Mas Cavaco não está apenas preocupado com as legislativas.
Ele quer também escolher o seu sucessor. Ter sobre esse evento a última
palavra. Inclusive contra o Governo, porque, em última instância, quem
interpreta o que interessa ou não interessa ao partido é ele e não Passos
Coelho.
Descartada pelo aparelho a hipótese Marcelo, Cavaco quer
lançar Durão Barroso para impedir que Santana tenha a veleidade de se
apresentar. E Barroso, agindo concertadamente com Cavaco, está obviamente de
acordo.
É com esse sentido que deve ser entendida a
recente encenação da condecoração de Durão Barroso com a Grande Cruz do Infante
Dom Henrique. Encenação em que a oposição não participou, nem tinha que
participar, como espectáculo partidário que era.
Muitíssimo bem visto. Um, dois, e sobretudo 3...
ResponderEliminarEmbora não comente os seus textos, venho muitas vezes visitá-lo. Ora sobre estas notas soltas, estou tão de acordo com elas, que desta vez quero deixar um entusiástico "CONCORDO"! Sobretudo com o ponto 2, pois a actualidade internacional parece estar a ser vista com olhos muito vesgos e provocantes para com a Rússia. Enfim, tempos muito conturbados os que ainda iremos ver/viver...É que já não temos politicos dignos desse adjectivo - e passámos a não ter também jornalistas com código deontológico!
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