segunda-feira, 6 de julho de 2015

UM SIMPLES PALPITE SOBRE O PRÓXIMO FUTURO DA GRÉCIA


A CIMEIRA DE AMANHÃ

Creio que a Frente Nacional de Marine Le Pen pode ter um papel determinante na “salvação” da Grécia.  

Dito assim é estranho ou, no mínimo, parece estranho. Explicando melhor: Merkel vai hoje jantar com Hollande no Eliseu. Em princípio, como tem feito até aqui, imporia as suas soluções cobrindo-as com a capa do consenso franco-alemão. Desta vez não vai ser tão fácil. Os franceses, Hollande, não vão querer deixar cair a Grécia e muito menos empurrá-la para fora do euro. Por solidariedade? Nada disso. Por imposição dos princípios socialistas? Menos ainda. Muito simplesmente, porque, nesse cenário, a FN constituiria uma ameaça real para ambos os partidos do sistema francês.

A Alemanha vai resistir. Com vistas curtas, como sempre, quer lá saber da FN. Na Alemanha não há FN. Ou se há, já esta no poder, disfarçada, sem tão cedo poder mostrar a face. Para fazer frente a este desalinhamento da França vai arregimentar as suas tropas: a Finlândia, Portugal, a Holanda, a Roménia, a Polónia, os Bálticos, a Eslováquia, a Croácia, a desgarrada Áustria e vai tentar impor na cimeira de amanhã uma orientação política que lhe garanta margem de manobra relativamente à Grécia.

Mas a França não vai desistir. Não pode desistir. Talvez a Itália dê uma ajuda. E pode até acontecer que o manhoso galego veja nesta posição da França alguma vantagem e, sem se aliar a ela, a não desautorize, não apoiando abertamente a Alemanha. Quanto à Inglaterra, desde que não tenha de pôr dinheiro, convém-lhe que a Grécia se mantenha no euro.

Conclusão: vai haver novo resgate, com ressalva de algumas linhas vermelhas impostas pelos gregos, o BCE não vai deixar cair os bancos gregos e vai-se vagamente prometer falar lá mais para a frente sobre a dívida grega. Ainda não será desta que a bomba atómica cairá sobre Bruxelas…embora haja cada vez mais radioactividade à solta.

2 comentários:

  1. O palpite vai concretizar-se. O hipócrita Hollande pretende ganhar relevância impondo à Alemanha mais uma prestação das reparações de guerra e, de caminho, ganhar reconhecimento do Imperador no seu afã de competir com a Inglaterra pelo estatuto de "aliado mais seguro". Hilariante assistir ao alinhamento da esquerda , dita radical, com a Nato!!!!

    Quem ansiava pelo desmoronamento do Euro pode pôr o cahmpanhe a esfriar, que não tiver sempre pode recorrer a um qq "frisante" que se compra com um eurito no Pingo Doce.....

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