quarta-feira, 10 de fevereiro de 2021

TEXTOS PUBLICADOS NO FACEBOOK EM JULHO

 PARA MEMÓRIA FUTURA




COVID19 E A DEMAGOGIA

Há maneira de conter a propagação do vírus na grande Lisboa? Sim, claro que há. É muito simples: testar, retirar imediatamente do seio da comunidade as pessoas infectadas e isolá-las em hospitais de campanha ou em qualquer outro alojamento com condições para as acomodar. Rastrear logo a seguir as pessoas que contactaram com os infectados e juntá-las aos anteriores se estiverem contaminadas. Por último, vigiar policialmente todas as regras (e não as simples recomendações) que não estejam a ser cumpridas – distanciamento social, ajuntamentos, máscaras, higienização, etc.

Há condições para fazer isto em Portugal ou num qualquer outro país ocidental? Não, não há.

Então, se não há por que se insurgem contra quem não o faz? E por que igualmente se insurgem contra quem o fez e continua a fazer…com êxito?

A isto se chama demagogia

20/07/02

A DECADÊNCIA

Durante anos e anos os anglo-saxónicos e, em geral, os ocidentais atacavam a URSS e a República Popular da China, bem como os demais países socialistas, por recusarem o "free market” e terem instituído um sistema económico que não lhes permitia satisfazer as necessidades das suas populações.

Durante anos e anos imiscuíram-se despudoradamente na política interna desses países para os destabilizar politicamente através dos mais variados meios (entre os quais nunca faltaram as sanções e as ameaças) de modo a criar um clima que pudesse levar ao seu colapso.

Hoje, esses mesmos países atacam a República Popular da China por inundar o mundo com os seus produtos e passam o seu tempo a acusá-la, juntamente com a Rússia, de ingerência nas suas políticas internas. Invocam razões de segurança nacional para esconder a sua derrota no "free market", ou seja, no campo em que eles até há bem pouco exigiram que se jogasse.

A isto chama-se perder a hegemonia. E a perda da hegemonia terá como consequência inevitável a decadência do mundo ocidental.

Todavia, perder a hegemonia ideológica mantendo, ou supondo manter, a hegemonia armamentista é um perigo para toda a humanidade. A arrogância e o desespero, unidos, não auguram nada de bom para o futuro do mundo.

20/07/17

 

MARK RUTTE

Alguém acredita que o PM dos Países Baixos esteja a actuar por conta própria? Alguém acredita que a Holanda, um verdadeiro viveiro de lacaios americanos na NATO e de batedores especializados em abrir caminho a fins inconfessáveis dos seus mandantes na União Europeia (primeiro, durante muitos anos, os ingleses e, ultimamente, os alemães), tenha a ousadia de apresentar propostas radicais numa reunião tão importante como a que desde ontem está a ter lugar em Bruxelas?

Eu não acredito. Evidentemente, que as propostas neerlandesas não são para aprovar tal como são apresentadas, mas destinam-se a criar uma barreira intransponível ao primitivo sentido dos financiamentos a fundo perdido, transformando-os em fundos condicionados a um conjunto de exigências que nada tenham a ver com a causa que os determina.

Ou seja, houve quem no quadro trágico causado pela pandemia tivesse sentido a preocupação de apagar a péssima imagem que a UE deixou nos cidadãos europeus pela sua actuação nos primeiros meses da propagação da doença na Europa mediante o anúncio de um programa em que afloravam alguns elementos altruístas inabituais no comportamento corrente da União Europeia. Obtido esse efeito propagandístico, conviria encontrar alguém que pudesse fazer reverter ao seu sentido habitual os fundos destinados ao dito "programa de recuperação económica".

E, para isso, nada mais eficiente do que encarregar dessa tarefa quem não tenha qualquer problema em acusar os países do Sul de gastar o "dinheiro dos outros" em álcool e mulheres, ou, como se diria cá por cima, em "putas e vinho verde".

Creio que foi o que se passou e para tanto nada mais prático do que reclamar os serviços de um país especializado em “off shores”, em deslocalizações fiscais, em drogas e prostituição. A cada um o seu papel!

20/07/18

 

OS COMENTADORES DA RTP

Os comentadores da RTP acham natural que os estrangeiros interfiram directa ou indirectamente em Hong Kong, como também achavam natural que os "exemplos" de Macau e de Hong Kong “contagiassem" toda a China.

Pelo contrário, interpretam como uma grave quebra dos compromissos assumidos o exercício da soberania chinesa em Hong Kong.

Provavelmente, também acharão normal que dois porta-aviões americanos naveguem nos mares da China e que um outro do Reino Unido se prepare para rumar a essas mesmas paragens, mas certamente considerariam como uma gravíssima ameaça à paz internacional a deslocação de dois porta-aviões chineses para os mares da Florida ou das Caraíbas.

Os Estados Unidos podem estar no grau zero da sua capacidade de influenciar o mundo pela persuasão, a que chamam “soft power”, apesar de essa persuasão não dispensar os bombardeamentos cirúrgicos nem os assassinatos com “danos colaterais”, mas do que não se podem queixar é da falta de lacaios.

20/07/18

 AS DECLARAÇÕES DE RUI RIO

 No momento crítico das negociações de Bruxelas, Rui Rio fez questão de tirar o tapete ao Governo e apoiar os "frugais".

É a mania dos pobres quererem parecer ricos. Ou seja, a verdadeira pelintrice dos pobres é quererem comportar-se como os ricos!

20/07/18

 

A TAP E MARCELO

Alguém me explica que necessidade tinha MRS, Presidente da República, de no diploma em que promulgou a aquisição pelo Estado da participação accionista do sócio americano-brasileiro-maltês vir dizer que se o Governo tivesse optado pela nacionalização não o promulgaria?

Isto é formal e substancialmente inaceitável. Primeiro, porque a promulgação não é o instrumento adequado para exprimir esses estados de alma. Que Cavaco, como economista-contabilista, o não saiba, compreende-se, mas que MRS, como professor de Direito Constitucional, o desconheça é que já nos parece inaceitável.

Substancialmente, também é uma posição difícil de sustentar num quadro diferente daquele que acabou por se verificar. Basta pensar na hipótese de o tal sócio americano-brasileiro-maltês dificultar propositadamente as negociações. Iria MRS, nesse caso, arcar com a responsabilidade de deixar falir a TAP?

20/07/18

 

RUSSIA INTERFERIU NOS REFERENDOS BREXIT, ESCÓCIA E NAS ELEIÇÕES AMERICANAS, FRANCESAS, ETC.?

 Introduziu votos nas urnas? Votou pelos mortos, ausentes e abstencionistas?

Parece que não encontraram nada. Então como é que interferiu? Propaganda? Bem, mas como é possível que as mais velhas democracias do mundo, os campeões dos direitos democráticos e os velhos revolucionários da Europa se deixem influenciar pela propaganda?

Isso é o que os Estados Unidos têm feito desde há 70 anos em países atrasados ou nos outros com batotas e ameaças.

Sim, como é que Estados que estão permanentemente a dar lições de democracia ao mundo, que se gabam de ter uma população culta e ancorada nos grandes princípios democráticos, podem admitir que venham uns tipos lá das profundezas das estepes influenciar o seu bem avisado eleitorado?

Isso seria passar aos seus povos um grande atestado de incompetência. Mas se essa incompetência realmente existe que legitimidade têm os governantes que dela emergem para criticar ou acusar quem quer que seja?

20/07/20

 

O "POLÍCIA" POMPEO E A EUROPA

O ex director da CIA, agora Secretário de Estado de Trump, depois de ter conseguido que Londres desse o dito por não dito a propósito da Hauwei na 5 G britânica, quer agora que Downing Street, onde está em visita oficial, alinhe com eles (americanos) na acusação de negligência chinesas na difusão do novo corona vírus

Esta acusação feita pelos dois mais "diligentes" países da comunidade internacional na contenção e combate à COVID 19, a que somente o Brasil se poderá juntar com o mesmo grau de eficiência, dá-nos uma ideia muito precisa do que é hoje Ocidente no mundo. Dir-se-á que nem todo o Ocidente se revê nesta forma de fazer política nem na mais completa desfaçatez que a caracteriza, mas a essa objecção nós responderemos que somente depois de sabermos como vai a Europa da UE responder às pressões americanas se poderá confirmar ou infirmar a validade da objecção.

A experiência até nos ensina que por mais "coices" que recebam de Washington há sempre nas banda de cá - e não apenas na Holanda, na Polónia ou nos Bálticos - quem esteja disposto a compreender e a justificar o tratamento recebido.

20/07/21

 

 

SALAZAR


Há cinquenta anos morreu Salazar. Não foi uma vitória a morte de Salazar. Para todos os que lutaram contra o fascismo salazarista, a morte do ditador, convencido de que continuava sendo o dono do poder ou fazendo de conta que continuava sendo-o (a verdade jamais se saberá), sem que antes dela tenha sido confrontado com o derrube do regime que durante um pouco mais de 40 anos tinha conseguido manter, se não foi uma derrota por não ter sido possível confrontá-lo com as consequência desse derrube, também não passou de uma triste consolação porventura expressa num duplo sentimento que, suponho, a todos perpassou: pelo menos, com ele não continuaremos, aconteça o que acontecer, e pode ser que com o seu ou os seus sucessores as coisas fiquem um pouco mais fáceis.

20707/27

 

SIC

 

Se é verdade o que acabei de ler, tenho de dar os parabéns à SIC, o que me acontece, se não erro, pela primeira vez.

Os programas de adeptos foram eliminados da programação. Até que enfim!

Desde 28 de Fevereiro que não vejo nenhum programa desportivo. Nem depois dessa data voltei a assistir a um jogo de futebol.

Os programas a que a SIC agora pôs termo, e ao que me dizem também a TVI, eram o que há de mais tóxico para o futebol. Pior que o COVID 19. Que alívio!

20/07/27

Sem comentários:

Enviar um comentário