quinta-feira, 27 de março de 2008

NOTAS SOLTAS SOBRE AS PRIMÁRIAS DOS DEMOCRATAS


OS DESENVOLVIMENTOS MAIS RECENTES

Não haverá repetição das eleições na Florida e em Michigan. Em princípio, estes dois estados não terão representantes na Convenção.
A visita de H. Clinton à Bósnia, enquanto primeira-dama, decorreu com inteira normalidade. O relato romanceado que a candidata fez desta visita (debaixo de fogo, com atiradores furtivos por todo o lado, etc.) foi completamente desmentido pelas imagens televisivas da época, agora retomadas por várias cadeias de televisão. Hillary já pediu desculpa por se ter equivocado, mas ficou claro que estava a mentir.
Obama já tornou pública a sua declaração de rendimentos, na qual avulta uma cifra de cerca de um milhão e meio de dólares referente a dois livros autobiográficos. Hillary, que afirmou já ter financiado a sua campanha com cinco milhões de dólares, continua a recusar-se a apresentar a sua.
A propósito da crise do imobiliário, Obama atacou McCain por este ter dito que a melhor forma de reagir, ao facto de milhões de americanos estarem em risco de perder a sua casa, é esperar para ver o que se vai passar. Obama criticou o governo por não ajudar os trabalhadores e as suas famílias a fazer face às dificuldades resultantes da crise do alojamento, do encerramento de fábricas, do crescente aumento das despesas com saúde e com a escolaridade, da degradação das escolas, e de apenas se preocupar com a redução dos impostos a um punhado de ricos. Hillary Clinton tem estado em dificuldades sobre esta matéria, porque um dos pais da crise, o ex-presidente da reserva federal, Allan Greenspan, não só foi mantido no cargo pelo marido, como foi sempre muito acarinhado por ele, que nutria por Greenspan uma grande admiração.
Hillary dirigiu ontem uma forte reprimenda a Nancy Pelosi, prestigiada Speaker da Câmara dos Representantes, por esta ter sugerido que os superdelegados devem seguir o voto dos delegados eleitos (“pledged”, i.e., comprometidos com o voto popular).
Hillary Clinton está nervosa. Faltam dez eleições. Ela vai à frente nas sondagens na Pensilvânia, no Kentucky, na Virgínia Ocidental e em Porto Rico. Em Indiana não se sabe quem ganhará, enquanto nos restantes cinco a vitória de Obama é dada como certa. Só uma catástrofe eleitoral deste lhe permitiria superar os 150 delegados que ela tem a menos. Matematicamente é quase impossível que este panorama se altere. Mas como ela não é mulher para desistir, tudo pode ainda acontecer a Obama daqui até 4 de Junho…

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