sexta-feira, 30 de maio de 2008

A SELECÇÃO E O EUROPEU


ENTUSIASMO INFUNDADO?


Vai por esse país fora, e não apenas em Viseu, um grande entusiasmo à volta da selecção. E até os comentadores críticos de Scolari estão desta vez muito calados. Não partilho desse entusiasmo e até admito que o ciclo Scolari, infelizmente, está a chegar ao fim.
Antes de mais, os críticos estão calados, porque, tendo o seleccionador convocado todos os jogadores do Porto e do Sporting seleccionáveis, deixou de haver motivos para críticas por parte dos seus principais detractores. Do lado do Benfica não costuma haver críticas, mas mesmo que esse não fosse o hábito, também não haveria desta vez razão para elas, pelos mesmos motivos.
Não comungo do entusiasmo geral, porque, em meu entender, a selecção é bastante mais fraca que a do Euro 2004. Por três ordens de razão:
Primeira: Alguns dos melhores jogadores de 2004 deixaram a selecção (Figo, Rui Costa, Pauleta, Maniche e Jorge Andrade);
Segunda: Quase todos os que entraram de novo, salvo porventura Pepe e Bosingwa, são mais fracos (João Moutinho, Miguel Veloso, Hugo Almeida e Quaresma, para enumerar apenas os mais dotados);
Terceira: Todos os que se mantiveram na selecção, com excepção de Ronaldo e, porventura, de Quim, jogam agora menos do que há quatro anos (Ricardo, Miguel, R. Carvalho, P. Ferreira, Petit, Deco, Simão, Nuno Gomes e Postiga).
A estas três razões elementares, acresce o facto de em 2004 haver na selecção seis jogadores do Porto, altamente motivados pelas vitórias alcançadas a nível interno e internacional e outros tantos do Benfica, em muito boa forma, depois de terem realizado o melhor campeonato do clube nos últimos doze anos e ganho a Taça de Portugal.

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