POR QUE NÃO RECORREU O PORTO DO CASTIGO DA LIGA?
Os jornais de hoje dão conta das diversas reacções ao castigo aplicado ao FCP pela Comissão de Disciplina da UEFA. A gravidade da situação, não obstante as palavras de Pinto da Costa, fez com que várias personalidades ligadas ao clube fossem exprimindo as suas preocupações e o seu entendimento (ou sentimento) sobre o que se passou.
Do lado do presidente, foi seguida a táctica normalmente usada em situações de aperto. O inimigo externo é o responsável pela situação criada. O Porto foi vítima de uma conspiração e houve quem na FPF tivesse sido o executor final dessa conspiração, comunicando à UEFA um resultado diferente do processualmente existente.
Do lado de outros que já se aperceberam que a situação é mesmo muito grave e que não vai poder ser resolvida nos mesmos termos em que muitas outras a nível interno o foram, exige-se que haja algum “sangue”, para que o essencial possa ser salvo.
Outros ainda, perfilando-se, cada vez mais ostensivamente, para ocupar o lugar de Pinto da Costa, expõem a situação com toda a crueza e deixam antever que a manutenção do castigo pelas instâncias de recurso não poderá deixar de ter graves consequências a todos os níveis.
Das reacções havidas fora do clube, apenas merecem destaque as que continuam a defender a inaplicabilidade da norma com base na qual o castigo foi aplicado e o cinismo um pouco hipócrita dos benfiquistas politicamente correctos que lamentam o sucedido por constituir um momento muito triste para o futebol português.
A verdadeira questão não anda à volta do recurso para o comité de apelo da UEFA, que esse vai seguramente ter lugar, ao que parece com base nos fundamentos que repetidamente têm sido invocados, todos eles de reduzido ou nulo valor jurídico, mas dos motivos que terão levado o FCP a não recorreu do castigo aplicado pela Comissão Disciplinar da Liga. Penso que ninguém de bom senso acreditará que a decisão tenha sido tomada com base num parecer jurídico. A decisão terá sido tomada por quem manda, com base num cálculo formulado por alguém que não está minimamente habituado a respeitar regras e que ostensivamente as desconhece e as despreza por entender que há outros meios muito mais expeditos e eficientes de atingir aquilo que as regras dificultam ou impedem.
Há pessoas que há muito que deixaram de entender internamente o futebol como um jogo de resultado aleatório. Para elas, o futebol da sua equipa não tem áleas, tem certezas antecipadas, qualquer que tenha de ser o caminho a seguir para as alcançar.
É esta mentalidade não habituada a grandes subtilezas, de resto bem expressa no programa Prós e Contras por um dos mais representativos dirigentes do futebol português das últimas décadas, que pretendendo pôr, o mais rapidamente possível, um ponto final no que internamente se estava a passar, desprezou as consequências externas de um assunto internamente já condenado a passar à história sem efectivas consequências práticas.
Os jornais de hoje dão conta das diversas reacções ao castigo aplicado ao FCP pela Comissão de Disciplina da UEFA. A gravidade da situação, não obstante as palavras de Pinto da Costa, fez com que várias personalidades ligadas ao clube fossem exprimindo as suas preocupações e o seu entendimento (ou sentimento) sobre o que se passou.
Do lado do presidente, foi seguida a táctica normalmente usada em situações de aperto. O inimigo externo é o responsável pela situação criada. O Porto foi vítima de uma conspiração e houve quem na FPF tivesse sido o executor final dessa conspiração, comunicando à UEFA um resultado diferente do processualmente existente.
Do lado de outros que já se aperceberam que a situação é mesmo muito grave e que não vai poder ser resolvida nos mesmos termos em que muitas outras a nível interno o foram, exige-se que haja algum “sangue”, para que o essencial possa ser salvo.
Outros ainda, perfilando-se, cada vez mais ostensivamente, para ocupar o lugar de Pinto da Costa, expõem a situação com toda a crueza e deixam antever que a manutenção do castigo pelas instâncias de recurso não poderá deixar de ter graves consequências a todos os níveis.
Das reacções havidas fora do clube, apenas merecem destaque as que continuam a defender a inaplicabilidade da norma com base na qual o castigo foi aplicado e o cinismo um pouco hipócrita dos benfiquistas politicamente correctos que lamentam o sucedido por constituir um momento muito triste para o futebol português.
A verdadeira questão não anda à volta do recurso para o comité de apelo da UEFA, que esse vai seguramente ter lugar, ao que parece com base nos fundamentos que repetidamente têm sido invocados, todos eles de reduzido ou nulo valor jurídico, mas dos motivos que terão levado o FCP a não recorreu do castigo aplicado pela Comissão Disciplinar da Liga. Penso que ninguém de bom senso acreditará que a decisão tenha sido tomada com base num parecer jurídico. A decisão terá sido tomada por quem manda, com base num cálculo formulado por alguém que não está minimamente habituado a respeitar regras e que ostensivamente as desconhece e as despreza por entender que há outros meios muito mais expeditos e eficientes de atingir aquilo que as regras dificultam ou impedem.
Há pessoas que há muito que deixaram de entender internamente o futebol como um jogo de resultado aleatório. Para elas, o futebol da sua equipa não tem áleas, tem certezas antecipadas, qualquer que tenha de ser o caminho a seguir para as alcançar.
É esta mentalidade não habituada a grandes subtilezas, de resto bem expressa no programa Prós e Contras por um dos mais representativos dirigentes do futebol português das últimas décadas, que pretendendo pôr, o mais rapidamente possível, um ponto final no que internamente se estava a passar, desprezou as consequências externas de um assunto internamente já condenado a passar à história sem efectivas consequências práticas.
Pois, mas é preciso denunciar este golpe contra a democracia, em curso:
ResponderEliminarPara além de tudo o resto o País está refém de uns grupelhos de camionistas e de proprietários de camions.
As principais cidades já estão em estado de sítio, os combustíveis já estão a faltar até nos Aeroportos, amanhã os produtores de leite vão ter de o deitar fora.
Os partidos da oposição estão de tocaia, à espera que o PS ceda a uma de duas hipóteses:
Ou entrega os pontos aos grevistas e rebenta o OGE, ou reprime os grevistas com a polícia e rebenta por si próprio!
Digamos que o País também está refém desta oposição com comportamento de hienas
MFerrer
http://homem-ao-mar.blogspot.com