quinta-feira, 20 de novembro de 2008

QUE É FEITO DE JOE BERARDO?


QUE FAZER QUANDO TUDO ARDE?

Durante a crise do BCP, melhor: durante o tempo em que a crise do BCP esteve nos media, Joe Berardo era figura regular nos jornais e nas televisões. Por essa altura a generalidade dos portugueses ficou a saber que o “emigrante madeirense” era uma espécie de Georges Soros à portuguesa, um homem que jogava na bolsa, um “investidor”, como agora se diz, ou mais prosaicamente um especulador.
Muito acarinhado pelos media, não apenas por ter denunciado graves irregularidades no BCP de Jardim Gonçalves, outro madeirense que Mário Soares restituiu à alta finança, mas também pelo seu pitoresco português, Joe Berardo foi desvendando algumas interessantes facetas da sua actividade profissional e a curiosidade dos jornalistas descobrindo outras tantas.
E foi assim que se ficou a saber que Berardo durante a luta pelo controlo do BCP, para reforçar a sua posição accionista, pediu um importante e vultoso empréstimo à Caixa Geral de Depósitos, donde haveria mais tarde de sair parte da equipa que hoje dirige aquele banco.
Entretanto veio a crise financeira e as acções do BCP que, nunca haviam recuperado da crise em que o banco mergulhou, caíram ainda mais, a ponto de hoje representarem uma ínfima parcela do valor que tinham outrora e um valor muito inferior ao preço por que durante aquela crise foram compradas.
Seria por isso muito interessante que, da mesma forma que Berardo nos transportou para os meandros da crise do BCP, alguém da CGD nos esclarecesse sobre a situação desses empréstimos: se já foram amortizados, ou, no caso de não terem sido, se os juros têm sido regularmente pagos, de que garantia dispõe a Caixa em caso de incumprimento (valores mobiliários: acções, obrigações, outros títulos? ou bens imobiliários (edifícios, terrenos, etc.). Seria interessante. Pena que os bogues em Portugal não tenham direitos de cidadania e não possam,como acontece na América, apresentar-se a fazer perguntas como um qualquer jornalista…

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