OS ARGUMENTOS DO BISPO
A entrevista concedida pelo bispo lefebvrista R. Williamson, em 1 de Novembro do passado, na Baviera, à cadeia de televisão pública sueca (SVT) foi transmitida por este canal, no programa “A cruzada sueca”, em 21 de Janeiro deste ano.
Logo a seguir, em 23 de Janeiro, o Ministério Público de Ratisbona (Baviera) abriu uma investigação. Na Alemanha, a negação do Holocausto constitui crime punível com pena de prisão.
Em 24 de Janeiro, o Papa reabilitou publicamente os bispos lefebvristas levantando a excomunhão que sobre eles impendia.
Em fins de Janeiro há protestos na Alemanha e em Israel, o Papa declara que não pode negar-se o Holocausto e o bispo pede desculpa ao Papa pelos incómodos que lhe está a causar, mas não se retracta.
Em 3 de Fevereiro Angela Merkel dirige-se vigorosamente ao Papa, instando-o a deixar absolutamente claro que não se pode negar o Holocausto.
No dia seguinte, o Papa exige que o bispo se retracte, o que, até hoje, ainda não aconteceu.
As linhas fundamentais da argumentação do bispo sobre a negação de câmaras de gás na Alemanha Nazi podem ler-se aqui na entrevista que concedeu à televisão sueca. O bispo não nega a exigência de campos de concentração na Alemanha Nazi, nem que neles tenham morrido centenas de milhares de judeus. Nega o extermínio em câmaras de gás de 5 a 6 milhões de judeus.
Hoje, um pouco por todo o lado, mas principalmente na Europa e na América, o holocausto é tido como um facto inquestionável, tanto na sua existência, como no número de judeus exterminados. Historicamente, as tentativas de questionar o facto, sem incorrer em responsabilidade criminal, têm andado mais à volta do número de judeus exterminados do que propriamente da existência das câmaras de gás em campos como Auschwitz-Birkenau, Sobibór ou Trbelinka para falar apenas nos que se situavam no exterior da ex-União Soviética.
É, por outro lado, frequentemente esquecido que nesses campos foram igualmente exterminados ciganos, homossexuais, comunistas, democratas opositores do regime nazi e um número indeterminável de cidadãos da ex-União Soviética.
Interessante, principalmente nos tempos que correm, é reler o livro de Norman Finkelstein, historiador judeu nova-iorquino, filho de sobreviventes do Gueto de Varsóvia, publicado em Portugal pela Antígona, em 2001.
Hoje, um pouco por todo o lado, mas principalmente na Europa e na América, o holocausto é tido como um facto inquestionável, tanto na sua existência, como no número de judeus exterminados. Historicamente, as tentativas de questionar o facto, sem incorrer em responsabilidade criminal, têm andado mais à volta do número de judeus exterminados do que propriamente da existência das câmaras de gás em campos como Auschwitz-Birkenau, Sobibór ou Trbelinka para falar apenas nos que se situavam no exterior da ex-União Soviética.
É, por outro lado, frequentemente esquecido que nesses campos foram igualmente exterminados ciganos, homossexuais, comunistas, democratas opositores do regime nazi e um número indeterminável de cidadãos da ex-União Soviética.
Interessante, principalmente nos tempos que correm, é reler o livro de Norman Finkelstein, historiador judeu nova-iorquino, filho de sobreviventes do Gueto de Varsóvia, publicado em Portugal pela Antígona, em 2001.
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