ONDE COMEÇAM E ONDE ACABAM OS ASSUNTOS DE ESTADO?
Como toda a gente se lembra, Cavaco Silva, no auge das notícias Impresa/Media Capital sobre o caso Freeport, interrogado sobre a posição do Primeiro-ministro, respondeu que esse assunto não era para tratar ali (inauguração de um torneio ou de um campo de golfe). E acrescentou: É um assunto de Estado.
Tempos antes, também no auge de uma campanha que insinuava a ligação de Dias Loureiro ao caso BNP, (quando já havia um arguido preso e vários crimes confirmados), Cavaco Silva, interrogado sobre a posição daquele Conselheiro de Estado, reiterou-lhe a confiança política depois de o ter ouvido em Belém.
Hoje, os jornais, com base em elementos documentais de prova, insistem que Dias Loureiro mentiu ao Parlamento quando afiançou o seu desconhecimento relativamente a certos negócios em que, afinal, terá participado.
Interrogado de novo sobre o assunto, Cavaco Silva respondeu: Não vou comentar esse assunto. Já falei uma vez e é suficiente.
Ficamos, assim, a saber que este não é um assunto de Estado…É um assunto que tem agora para o Presidente a mesma qualificação que tinha há umas semanas atrás.
Há uma questão a montante: o que é que Dias Loureiro fez, pensou, escreveu, propôs, como pensamento e acção política que tenha justificado a sua nomeação como conselheiro de Estado?
ResponderEliminarJá agora, e Anacoreta Correia ou, no plano político, João Lobo Antunes?
Se calhar é razão para dizer "diz-me quem te aconselha, dir-te-ei quem és".