AINDA A PROPÓSITO DOS PRÓS E CONTRAS
Um dia destes, estava eu a fazer uma busca na internet sobre o processo administrativo do “caso Freeport”, encontrei um texto que descrevia com algum rigor factual e cronológico os diversos passos do processo e o seu enquadramento legal. Percebi depois que esse texto havia sido escrito no “blogue cinco dias”, que, sinceramente, eu não conhecia.
Dias depois, encontrei nesse mesmo blogue um texto do mesmo autor sobre o programa “Prós e Contras”. Como o referido texto me pareceu desproporcionado e nem sequer tomava em consideração alguns dos factos enumerados naquele artigo, ficando-se até com a impressão de que o seu autor não os havia compreendido, entendi, não obstante alguns comentários críticos que eu mesmo havia feito ao dito programa, escrever um comentário sobre esse texto, contrariando factualmente algumas das afirmações nele feitas. Estranhamente, o dito comentário não foi publicado. Escaldado como estou pelo “fervor democrático de certos neófitos”, enviei um breve protesto ao autor do texto pela mesma via.
Desta vez o protesto foi publicado, acompanhado da seguinte resposta: o comentário não foi publicado, porque o esquema do blog o considerou spam (!!!). Mas, além desta resposta, o autor do dito post confessava (lá está a rainha das provas, de que a PJ e o MP tanto gostam) que o texto sobre o qual o meu comentário incidiu havia sido escrito antes de o programa ir para o ar! Isso não teria nada de mal, se do próprio texto se depreendesse que o que lá era dito não passava de uma previsão. Há tanta gente a fazer previsões (antigamente eram somente as bruxas), que, mais uma menos uma, não perturbaria ninguém. Só que não é disso que se trata. No dito texto escreve-se expressamente:
“Foi um Prós e Prós sobre o caso Freeport e, mais uma vez, foi a RTP da vergonha em todo o seu esplendor.A vergonha de um Governo que escolheu o tema e aqueles que se sentaram no painel. A vergonha de uma «jornalista» que dirigiu todo o programa com o objectivo de o tornar numa sessão de propaganda eleitoral, com todo o tempo do mundo para os defensores do Governo e interrupções sistemáticas - até cortes de microfone - para aqueles que criticavam o Governo. A vergonha de uma estação pública que é paga por todos nós, mas que fez, mais uma vez, o papel descarado de defensor do Primeiro-Ministro”. (sublinhados meus)
Pode haver prova de maior manipulação? Não sei quem é o autor do texto: isto é, não o conheço, não sei o que faz. Imagine-se que ele era um jornalista…
Caro José M. C. Pinto,
ResponderEliminarDesde o início que não percebeu o que se passou. Eu escrevi realmente o texto antes do programa acontecer e PUBLIQUEI-O antes do programa ser transmitido. Mais concretamente, às 18.38 de segunda-feira.
Foi desde o início uma brincadeira. Assumir, desde o início, que já sabia qual ia ser o resultado do programa. Por isso é que o escrevi no passado, como se já tivesse visto o programa. Se vir com atenção, eu nunca entro em pormenor porque, realmente, ainda não tinha visto o programa. Quando escrevo do convidado «aquele que vocês sabem», por exemplo. Sabem tanto como eu sabia naquele momento!
Pode ver pela minha primeira frase (Já vi este «filme» muitas vezes, por isso posso pronunciar-me desde já).
E pode ver pelos comentários. Um pergunta-me quais vão ser os números do próximo totoloto, outro diz que gosta muito de bolas de cristal, outro mostra-se confuso e pergunta: "então o programa não é em directo? não percebo nada".
E isto porque publiquei o texto antes do programa e como se já o tivesse visto. Foi só uma brincadeira com os leitores.
Mais tarde, escrevi um outro post, esse sim já depois de ter visto o programa e com um balanço do mesmo. Daí o antes e o depois.
Poderei não ter sido totalmente correcto na minha resposta, mas tem de conceder que, depois de eu esclarecer que o sistema do blogue tinha enviado o seu comentário automaticamente para spam, o que acontece muitas vezes, o senhor veio logo com duas pedras na mão, dando a entender que censurávamos opiniões menos favoráveis.
As minhas desculpas pela resposta.
Cumprimentos,
Ricardo Santos Pinto
P.S. - Vou publicar este comentário também no seu blogue.