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A questão presidencial está ordem do dia, independentemente de o actual Presidente se recandidatar ou não. Em teoria, a esquerda tem maioria para eleger um Presidente. Apenas em teoria. O resultado final, como se já viu, vai depender muito do modo como o eleitor for encarado: com respeito e responsabilidade.
Nenhuma força política de esquerda tem condições para impor um candidato. Quem tentar fazê-lo, colocando as demais perante o facto consumado, perderá, mesmo contra Cavaco Silva.
Em certo sentido, a eleição presidencial é uma eleição que não deve ter na sua génese os partidos, embora o candidato não possa dispensar o apoio e a colaboração dos partidos. Mas deve obedecer mais a um impulso de quem se sente capaz de desempenhar a função do que a um arranjo de bastidores destinado a fabricar um candidato.
O candidato deve surgir aos olhos do eleitorado como o resultado de uma decisão pessoal e ter a arte de se apresentar com um conjunto de princípios ou bases gerais de um programa eleitoral que possa concitar a adesão do eleitorado e o consenso das várias forças cujo apoio pretende.
Uma candidatura oriunda dos aparelhos partidários, designadamente do PS que é o único que pode ter a pretensão de impor um candidato supostamente vitorioso, ou a tentativa de repetição de soluções que já fizeram a sua época terá o mesmo destino de outras experiências passadas. A derrota e a fragmentação do voto de esquerda.
Finalmente, o candidato deveria ser alguém das novas gerações. Alguém que tivesse feito o essencial da sua formação no regime democrático
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