NÃO, HOJE NADA
Depois de amanhã, sim, só depois de amanhã...
Levarei amanhã a pensar em depois de amanhã,
E assim será possível; mas hoje não...
Não, hoje nada; hoje não posso.
A persistência confusa da minha subjectividade objectiva,
O sono da minha vida real, intercalado,
O cansaço antecipado e infinito,
Um cansaço de mundos para apanhar um eléctrico...
Esta espécie de alma...
Só depois de amanhã...
Hoje quero preparar-me,
Quero preparar-me para pensar amanhã no dia seguinte...
Ele é que é decisivo.
Depois de amanhã, sim, só depois de amanhã...
Levarei amanhã a pensar em depois de amanhã,
E assim será possível; mas hoje não...
Não, hoje nada; hoje não posso.
A persistência confusa da minha subjectividade objectiva,
O sono da minha vida real, intercalado,
O cansaço antecipado e infinito,
Um cansaço de mundos para apanhar um eléctrico...
Esta espécie de alma...
Só depois de amanhã...
Hoje quero preparar-me,
Quero preparar-me para pensar amanhã no dia seguinte...
Ele é que é decisivo.
Álvaro de Campos
Depois do Pessoa resta-me dar uma saltada ao E DEUS CRIOU A MULHER e ir para a cama.
ResponderEliminarÉ a vida,CP! O que nos vale é a poesia.
Abraço
SEXAGENÁRIO
Sim, meu Caro Sexagenário, velho camarada de percurso. Noutros tempos talvez um poema de Eluard, quem sabe, Le baiser,se justificasse. Não, hoje nada...Só mesmo o engenheiro metafísico. Mas não se terá o Pessoa enganado? Não ficaria melhor no engenheiro aposentado? Ou talvez a nós nos conviesse mais que fosse...
ResponderEliminarAbraço
CP