sexta-feira, 5 de março de 2010

A ESCANDALOSA PROTECÇÃO DO CAPITAL FINANCEIRO



“ANTES PELO CONTRÁRIO”

No programa de hoje (05/03/10), “Antes pelo Contrário”, da RTP 1, ficou claro a vergonhosa protecção do governo ao capital financeiro. Se não bastavam as baixas taxas de imposto com que é tributado, os off shores, a inexistência de outras tributações que em grande medida sobre ele recairiam, o modo como o Estado se endivida e a discriminação com que remunera as pequenas poupanças são exemplos seguros daquela protecção.
No programa acima referido apenas se apresentaram os factos, sem imputações das consequências, mas é óbvio, como seguramente concluirá quem o ouvir, que as opções tomadas pelo governo relativamente à remuneração dos certificados de aforro e às modalidades de endividamento só podem ter como consequência aquele favorecimento.
ADITAMENTO
É provável que só mais logo o programa esteja disponível na net

1 comentário:

  1. Já várias vezes tenho dado comigo a pensar como a comunicação social (políticos e em geral quem tem meios de chegar aos meios), se quisesse, poderia ajudar o público a compreender alguns dos temas de que tanto se serve mas pouco esclarece.
    Exemplo: O PCP( e outros) quando questionado sobre como financiar uma qualquer medida que preconize, aponta, invariavelmente, tributar a Banca como a generalidade dos contribuintes, isto é fazer pagar 25% (?) de IRC, mas, nunca vi em lado nenhum uma demonstração dos mecanismos através dos quais conseguem pagar metade ou menos. Era simples, mas não está ao alcance da maioria.
    Também poderiam (quem pode) explicar o mecanismo das isenções das Mais Valias e o que por aí passa que não tem nada a ver com investimento de risco nem de Bolsa etc.(Sobre isto alguém poderia explicar explicar porque é que, na prática, o ar. 39 da LGT é letra morta). Quem sabe, também poderia explicar como é que, através dos offshores, os lucros chegam ao património individual sem tributação ( Eu, sinceramente, não sei!) etc. etc. etc.. Quanto ao favorecimento do grande capital basta atentar que o Estado tem vindo, segundo julgo, a financiar-se a taxas na ordem do 5% e paga nos C.Aforro 0,81%(brutos).
    LG

    ResponderEliminar