quarta-feira, 14 de abril de 2010

O VATICANO E A PEDOFILIA




A "SUJIDADE" FICA COM QUEM A PRATICA

Está hoje provado que a alta hierarquia da Igreja encobria a pedofilia e outros crimes sexuais por os considerar simples pecados, ou, no máximo, delitos canónicos, fora do alcance da justiça civil
Pablo Flores D’Arcais, filósofo e editor da revista Micromega, revela no texto “O Vaticano e a Pedofilia” que havia instruções muito claras e muito vinculativas para que as situações que viessem a ser do conhecimento da Igreja fossem exclusivamente tratadas no seu seio, sempre dentro do maior segredo.
O Vaticano, através da sua imprensa, deu recentemente a conhecer que há novos procedimentos operativos desde 2003. Há, porém, todas as razões para supor que o Vaticano está a mentir, sem escrúpulos, como frequentemente faz.
ADITAMENTO
Tem-se atacado muito ultimamente o Papa Ratzinger por estas e outras práticas. Ratzinger é um homem de direita, reaccionário, incapaz de dialogar por ser dono da verdade absoluta. Esse seu convencimento de que apenas há uma verdade e de que o relativismo deve ser combatido sem tréguas como um dos grandes males do mundo moderno tem acarretado dissabores sem conta à Igreja tanto face ao mundo laico, como relativamente às demais confissões religiosas. Mas as responsabilidades da Igreja nos casos de que agora tanto se fala são anteriores a Ratzinger, muitas delas imputáveis seu antecessor, João Paulo II, que, como Papa exclusivamente político que era, fazia uma gestão puramente política do Vaticano, sendo a Curia que hoje existe, em grande medida ainda a sua Cúria, um bom exemplo disso mesmo.
Uma das muitas protecções escandalosas de Woityla é a de Marcial Maciel, fundador dos Legionários de Cristo, falecido em 2008 e suspenso a divinis por Ratzinger em 2006, acusado de centenas de agressões sexuais contra seminaristas menores, pai de muitos filhos e até acusado de incesto. Enfim, um verdadeiro exemplo da hipócrita moral sexual que Woityla pregava em grandes comícios.

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