MAIS DO MESMO...
Dizem os jornais on line que Passos Coelho convocou vários (muito conhecidos) economistas para discutir a crise financeira e encontrar saídas para a situação portuguesa.
Olhando para quem lá vai, ao Hotel da Lapa (estas coisas da falta de dinheiro não devem ser discutidas em lugares de pobres), não será de esperar algo de muito diferente do que aconteceria se um governante de um país em guerra convocasse uma reunião de generais derrotados em sucessivas batalhas para com eles encontrar uma estratégia vitoriosa.
Há umas semanas dizia Medina Carreia na televisão, pela enésima vez, que só haveria medias (acertadas na sua perspectiva) quando um estrangeiro aterrasse na Portela e viesse estabelecer regras. Sempre foi classificado de tremendista, mas, afinal, cá veio o alemão benzer o entendimento PS/PSD e abrir uma uma frestazinha no ambiente de quase sufoco.
ResponderEliminarO que o Medina Carreira deveria ter dito é que isto só melhora quando a comunicação social deixar de dar voz a tipos como ele, que só sabe dizer que "o rei vai nu".
ResponderEliminarQue "o rei vai nu" sabemos nós, e muitos de nós já o sabíamos antes do Medina Carreira.
Agora, avançar com uma alternativa, é que ele, e os tipos como ele, é que não avançam.
Farto de críticas meramente destrutivas estou eu. E da alternativa apontada, o apertar do cinto para os mesmos de sempre, também estou farto disso.
Uma das medidas acertadas era que o alemão levasse o Medina Carreira (e outros como ele) daqui para fora. Mas esperto foi ele (o alemão), para mal dos nossos pecados.
PS: Se o Passos Coelho quer saber o que fazer com esta crise, não precisa de convocar "generais derrotados". Basta ler as análises económicas aqui feitas pelo Dr. Correia Pinto, que vê claro onde muita desta gente vê escuro.
Caro JM Correia Pinto,
ResponderEliminarcaso não se lembre, aquando da mensagem que publicou neste blogue acerca do 11 de Março de 1975 ...
(ver link http://politeiablogspotcom.blogspot.com/2010/03/proposito-do-11-de-marco.html)
... escrevi acerca da reunião tida fora do RAL 1 entre o capitão Dinis de Almeida (comandante do RAL 1) e o comandante dos para-quedistas que cercavam aquele quartel.
Finalmente encontrei o filme dos acontecimentos do 11 de Março de 1975 perto do RAL 1.
Este filme encontra-se integrado num programa realizado à época chamado "1 ano de revolução", programa esse de +/- 1 hora, onde relata-se os acontecimentos entre 25-04-1974 e 25-04-1975 (data das 1ªs eleições livres realizadas em Portugal).
Para quem não viveu esse período da nossa história colectiva e que tenha curiosidade em saber o que se passou (como eu, que nasci em Junho de 1975), bem como para aqueles que viveram tal período (e que gostariam de rever), aqui vai o link do tal programa:
http://www.rtp.pt/guerracolonial/?id=70&t=0#thumb70
Continuo a achar inacreditável que monte-se cerco a um quartel das mesmas forças armadas só por causa dum panfleto, e que nunca se tenha tido curiosidade em saber quais eram as "altas individualidades" invocadas pelo comandante para-quedista.
Para já não falar em ter este tipo de reuniões na presença dum microfone duma estação de TV ...
Por outro lado, acho imensamente comovente os beijos e abraços que os soldados do RAL 1 e os "paras" deram no final de tudo.