LOGO A SEGUIR À APROVAÇÃO DO ORÇAMENTO
Hoje já não há dúvidas. Depois das declarações de Passos Coelho no domingo e de Cavaco, candidato presidencial, na Universidade Católica, ficou claro que a direita quer o FMI em Portugal rapidamente.
É claro que hipocritamente os responsáveis políticos vão dizendo que não. Os apoiantes que diariamente nos fustigam na televisão, esses já nem sequer disfarçam: que o FMI venha depressa.
As palavras de Cavaco também não deixam dúvidas. Contrariamente ao que se poderia supor está quase a dizer o mesmo do que já foi dito pelo governador do Banco de Portugal. Só que o candidato Cavaco Silva, movido pela sua extrema megalomania, continua a afirmar que tal não seria necessário se tivessem seguido os seus conselhos.
O candidato Cavaco Silva, além se expor ao ridículo de quem o ouve com tanto auto-elogio, deixa também perceber pela própria natureza dos conselhos prodigalizados que o seu grau de convencimento sobre as causas da crise é inversamente proporcional à sua aptidão para as perceber.
Bem, mas a direita quer o FMI, porque com o FMI no Terreiro do Paço, ela mata dois coelhos com uma cajadada. Em primeiro lugar, pode reclamar eleições antecipadas sem receio do que vem a seguir…porque o FMI já cá está, trazido por outros, para estes e para o próprio FMI se reorientando grande parte do odioso da situação; e, em segundo lugar, porque com o FMI por cá a direita pode esquecer a revisão constitucional e prosseguir com o beneplácito, ou até com a imposição, da execrável instituição a política de destruição do estado social, que noutras circunstâncias teria muitas mais dificuldades em pôr em prática.
Aprovado que esteja o orçamento (e cumprida, perante o eleitorado, a “patriótica obrigação” da abstenção), a “música” que todos os dias vamos passar a ouvir vai ser esta: sem o FMI a execução orçamental será um desastre. Portanto…
E bem pode Lacão deixar raspanetes a Cavaco…porque os dados já estão lançados e a política da direita definida…
É claro que hipocritamente os responsáveis políticos vão dizendo que não. Os apoiantes que diariamente nos fustigam na televisão, esses já nem sequer disfarçam: que o FMI venha depressa.
As palavras de Cavaco também não deixam dúvidas. Contrariamente ao que se poderia supor está quase a dizer o mesmo do que já foi dito pelo governador do Banco de Portugal. Só que o candidato Cavaco Silva, movido pela sua extrema megalomania, continua a afirmar que tal não seria necessário se tivessem seguido os seus conselhos.
O candidato Cavaco Silva, além se expor ao ridículo de quem o ouve com tanto auto-elogio, deixa também perceber pela própria natureza dos conselhos prodigalizados que o seu grau de convencimento sobre as causas da crise é inversamente proporcional à sua aptidão para as perceber.
Bem, mas a direita quer o FMI, porque com o FMI no Terreiro do Paço, ela mata dois coelhos com uma cajadada. Em primeiro lugar, pode reclamar eleições antecipadas sem receio do que vem a seguir…porque o FMI já cá está, trazido por outros, para estes e para o próprio FMI se reorientando grande parte do odioso da situação; e, em segundo lugar, porque com o FMI por cá a direita pode esquecer a revisão constitucional e prosseguir com o beneplácito, ou até com a imposição, da execrável instituição a política de destruição do estado social, que noutras circunstâncias teria muitas mais dificuldades em pôr em prática.
Aprovado que esteja o orçamento (e cumprida, perante o eleitorado, a “patriótica obrigação” da abstenção), a “música” que todos os dias vamos passar a ouvir vai ser esta: sem o FMI a execução orçamental será um desastre. Portanto…
E bem pode Lacão deixar raspanetes a Cavaco…porque os dados já estão lançados e a política da direita definida…
Este e o "post" anterior, com que concordo, fazem-me lembrar que antevi, de modo mais ou menos difuso, muita coisa há vinte anos. Então, percebi, com grande surpresa, que muita gente, que eu julgava bem informada, também tinha sido surpreendida ou, então, tinham sido uns farsantes. Tive a nítida percepção que o desmoronar simbólico do "muro" e o desmantelamento do exército vermelho, iria ter consequências devastadoras nas conquistas sociais, também do lado de cá,.. aí estão!.
ResponderEliminarLG
O FMI trás mais inconveniente às elites e aos grupos! Não vem tirar nada aqueles que nada têm.
ResponderEliminarO FMI já cá esteve e ninguém "morreu" até porque o FMI não é papão para 90% da população que vive há mais de 30 anos em crise. Já alguma vez saímos da cronica crise? E se saímos alguém beneficiou?
O melhor que poderia acontecer a Portugal era vir cá o FMI, os politicos não os querem cá, porque teriam que mostrar o que é que têm andado a fazer este tempo todo, vejam lá eles nem sabem dos documentos do processo da compra dos submarinos!
O FMI a vir já vem tarde e não acho pior as medidas do FMI do que os PECs sucessivos deste governo.