SERÁ POSSIVEL?
Algum presidente de um Banco Central da Libéria a Washington DC seria capaz de proferir declarações semelhantes às que o Sr. Carlos Costa acaba de proferir sobre a credibilidade do seu país?
Isto vai de mal a pior.
Constâncio, com aquela manha católica de quem se pode confessar amanhã e obter a absolvição dos pecados que cometeu hoje, protegia os bancos, não os vigiava devidamente, pedia sacrifícios aos trabalhadores, mas nunca chegou ao ponto de vir declarar publicamente que o seu país não tinha credibilidade.
Cavaco deu um passo no sentido da defesa dos “mercados”, quando pediu às forças políticas portuguesas para não os atacar por entender que essa “retórica” seria prejudicial aos interesses de Portugal. É uma posição típica de quem se inclina perante as tais forças superiores, bem lá no fundo porque as venera e com cuja lógica concorda. Pode até mesmo ser indirectamente responsável pelas declarações do governador de Banco de Portugal. Mas tem de reconhecer-se que, enquanto Presidente da República, jamais disse em público que o país a que preside não merece credibilidade. Nem tão pouco se pode aceitar que Cavaco tenha intencionalmente potenciado declarações com as de Carlos Costa.
Com o actual governador do Banco de Portugal todas as fronteiras da decência institucional foram ultrapassadas. Pessoalmente devo declarar que as suas declarações não me causam qualquer surpresa, apenas muita indignação. O governador do Banco de Portugal é um daqueles burocratas que fez carreira nas organizações internacionais, nomeadamente na União Europeia, para quem o país a que pertencia e que em larga medida lhe possibilitou o acesso a esses lugares nada representava. O que era importante do seu ponto de vista era manter-se “independente”, quaisquer que fossem as consequências da sua conduta para Portugal.
Ninguém nas organizações internacionais se comporta assim. E muito menos na União Europeia, onde as pessoas são lá colocadas para defender os interesses do país de que são nacionais. Infelizmente, é muito frequente encontrar entre os portugueses comportamentos como os de Carlos Costa.
Só que este burocrata que Sócrates foi desencantar a Bruxelas esqueceu-se que é governador do Banco de Portugal e continuou a actuar nas suas novas funções como se estivesse ao serviço dos tais “mercados”.
Depois do que ele disse hoje, apenas uma solução se impõe: a demissão. Imediata. Quaisquer que sejam as consequências!
Se o Governo nada fizer, que o Parlamento não deixe ficar impune o vergonhoso comportamento de Carlos Costa!
Isto vai de mal a pior.
Constâncio, com aquela manha católica de quem se pode confessar amanhã e obter a absolvição dos pecados que cometeu hoje, protegia os bancos, não os vigiava devidamente, pedia sacrifícios aos trabalhadores, mas nunca chegou ao ponto de vir declarar publicamente que o seu país não tinha credibilidade.
Cavaco deu um passo no sentido da defesa dos “mercados”, quando pediu às forças políticas portuguesas para não os atacar por entender que essa “retórica” seria prejudicial aos interesses de Portugal. É uma posição típica de quem se inclina perante as tais forças superiores, bem lá no fundo porque as venera e com cuja lógica concorda. Pode até mesmo ser indirectamente responsável pelas declarações do governador de Banco de Portugal. Mas tem de reconhecer-se que, enquanto Presidente da República, jamais disse em público que o país a que preside não merece credibilidade. Nem tão pouco se pode aceitar que Cavaco tenha intencionalmente potenciado declarações com as de Carlos Costa.
Com o actual governador do Banco de Portugal todas as fronteiras da decência institucional foram ultrapassadas. Pessoalmente devo declarar que as suas declarações não me causam qualquer surpresa, apenas muita indignação. O governador do Banco de Portugal é um daqueles burocratas que fez carreira nas organizações internacionais, nomeadamente na União Europeia, para quem o país a que pertencia e que em larga medida lhe possibilitou o acesso a esses lugares nada representava. O que era importante do seu ponto de vista era manter-se “independente”, quaisquer que fossem as consequências da sua conduta para Portugal.
Ninguém nas organizações internacionais se comporta assim. E muito menos na União Europeia, onde as pessoas são lá colocadas para defender os interesses do país de que são nacionais. Infelizmente, é muito frequente encontrar entre os portugueses comportamentos como os de Carlos Costa.
Só que este burocrata que Sócrates foi desencantar a Bruxelas esqueceu-se que é governador do Banco de Portugal e continuou a actuar nas suas novas funções como se estivesse ao serviço dos tais “mercados”.
Depois do que ele disse hoje, apenas uma solução se impõe: a demissão. Imediata. Quaisquer que sejam as consequências!
Se o Governo nada fizer, que o Parlamento não deixe ficar impune o vergonhoso comportamento de Carlos Costa!
Subscrevo inteiramente a apreciação que faz sobre as declarações do Governador do Banco de Portugal; de facto é inacreditavel que alguém com a suas responsabilidades se pronuncie nos termos em que o fez sobre a situação do país e logo no dia em que se verificava uma baixa na taxa de juro e eram conhecidos dados animadores sobre a economia.
ResponderEliminarO sr. quis apenas agradar ao coro de economistas que pontificam entre nós, aliás alguns deles pronunciam-se diariamente na mesma onda (ainda ontem o fez, na televisão, o prof. Cantigas). De qualquer forma, penso que o sr Governador não mediu bem as palavras, penso que, mesmo os tais economistas, devem ter ficado surpreendidos com tamanha "objectividade".
ResponderEliminarNormalmente, deveria ter dificuldade em manter-se no cargo, mas, e o Min. das Finanças?
O espírito de missão patriótica que o anima deve ser do mesmo grau dos Varas, Coelhos etc.
LG
Estamos a falar de quê?
ResponderEliminarNão há linque para tais declarações?
Qual a fonte, que incompreensivelmente o poste não cita?
A.M.
O post refere-se ao que viu e ouviu na televisão.Não encontrei registo das declarações do sr. Carlos Costa nos sites das estações de televisão. Vi no jornais algumnas transcrições - umas estavam incompletas outras não reproduziam com fidelidade io que foi dito. Assim, preferi referir-me ao facto tal como ele ocorreu, embora sabendo que apenas poderia ser acompanhado por quem, como eu, viu e ouviu o que foi dito.
ResponderEliminarSe houver registo completo do que foi dito nas TV, obviamente que faço o link.
CP
Acho inacreditável tamanha falta de educação que acabo de ler. Em primeiro lugar, aquilo que está aqui escrito não foi o que o Sr. Governador disse. Em segundo lugar, vê-se que quem escreveu isto não conhece o curriculo do Sr. Governador e em terceiro lugar ele não fez mais do que dizer a verdade, mas claro que o autor deste texto deveria preferir o velho Constâncio sempre a omitir a verdade e a dizer que sim a tudo, e que tudo estava bem?
ResponderEliminarPara informação do sr. Anónimo, devo declarar-lhe quer conheço muito bem o curriculum do sr. Carlos Costa, actual governador do Banco de Portugal.
ResponderEliminarEm segundo lugar, o que o Sr. Carlos Costa disse está gravado pelas televisões. É a essas declarações que me refiro e não às que vem transcritas nos jornais - incompletas ou deficientes.
Em terceiro lugar, o sr. Carlos Costa não merece desempenhar nenhum lugar ao serviço deste país. Aliás, se tivesse vergonha demitia-se, porque uma pessoa decente não aceita desempenhar cargos em representação de um país com os defeitos que ele imputa Portugal.
Mantendo-se, como se mantém, todos somos levados a interrogar-nos por que o faz. Ele conhecerá melhor do que todos nós as suas razões. Mas se eu pertencesse aos tais "mercados", quer ele tanto elogia, ficaria muito satisfeito por ter à frente de um banco central de um país do euro uma pessoa como o Sr. Carlos Costa!
E, por mim, fim de papo!
Bem, em resposta deixe-me só fazer o seguinte comentário. Eu ainda não vi nenhum comentário por parte do Sr. Governador que pudesse ser transcrito como defeitos que ele imputa a Portugal. Ele apenas zela pela transparência do sistema e diz a verdade. Conhece outra verdade?
ResponderEliminarMas já percebi que para si a profissão de Governador do Banco de Portugal serve para trespassar confiança aos mercados, nem que para isso seja usada a mentira!
Acabei de ler outra vez o curriculum do sr. Governador e por mera curiosidade pergunto-me porque este não merece desempenhar nenhum cargo ao serviço deste País? Ou será que retira essa conclusão só porque ele não tem feito mais nada do que dizer a verdade?
Eu também vi e ouvi na TV as declarações do Governador, e o post não as desvirtua. Tais declarações foram de facto infelicíssimas e impróprias de quem desempenha tal cargo.
ResponderEliminar