35.º ANIVERSÁRIO DO 25 DE NOVEMBRO DE 1975
Hoje é um dia triste. Há precisamente 35 anos terminava o sonho de uma geração que acreditava num mundo melhor.
Há 35 anos a democracia sofreu em Portugal uma derrota histórica cujos efeitos nunca deixaram de ser evidenciados pelas governações subsequentes, mas de que somente agora nos apercebemos em toda sua dimensão.
Nesta derrota, como em qualquer outra, seja ela de que natureza for, nunca se pode acusar o inimigo de ser o responsável pela nossa derrota. A responsabilidade é nossa. De quem na euforia de vitórias pouco estáveis actuou sectariamente, com triunfalismo despropositado e sem capacidade para consolidar alianças que, num espírito de compromisso, garantissem a vitória.
A História, sem deturpações, é conhecida. A partir do momento em que o genuíno MFA se fraccionou, depois de já terem sido politicamente eliminados os elementos espúrios que por oportunismo político tinham alinhado no 25 de Abril, ficou selada a derrota. Tudo começa e acaba ai.
Importa também dizer que nem todos, embora fossem poucos, os que estavam com o 25 de Novembro concordaram posteriormente com os seus desenvolvimentos ou sequer suspeitavam da amplitude das mudanças de que estavam sendo protagonistas. Não assim com a maioria, que actuou então, como actua hoje: integrada na lógica da direita, ao serviço das suas estratégias consoante a exigência histórica do momento.
Outros há também, e são muitíssimos, que tendo estado do lado das forças derrotadas, hoje as renegam, fazendo crer aos vindouros que sempre estiveram do “lado certo” da História. Só que estes contam pouco, porque se tivéssemos saído vitoriosos, eles teriam ficado onde estavam pela mesma razão que os leva agora a estar do outro lado.
Hoje é um dia triste. Há precisamente 35 anos terminava o sonho de uma geração que acreditava num mundo melhor.
Há 35 anos a democracia sofreu em Portugal uma derrota histórica cujos efeitos nunca deixaram de ser evidenciados pelas governações subsequentes, mas de que somente agora nos apercebemos em toda sua dimensão.
Nesta derrota, como em qualquer outra, seja ela de que natureza for, nunca se pode acusar o inimigo de ser o responsável pela nossa derrota. A responsabilidade é nossa. De quem na euforia de vitórias pouco estáveis actuou sectariamente, com triunfalismo despropositado e sem capacidade para consolidar alianças que, num espírito de compromisso, garantissem a vitória.
A História, sem deturpações, é conhecida. A partir do momento em que o genuíno MFA se fraccionou, depois de já terem sido politicamente eliminados os elementos espúrios que por oportunismo político tinham alinhado no 25 de Abril, ficou selada a derrota. Tudo começa e acaba ai.
Importa também dizer que nem todos, embora fossem poucos, os que estavam com o 25 de Novembro concordaram posteriormente com os seus desenvolvimentos ou sequer suspeitavam da amplitude das mudanças de que estavam sendo protagonistas. Não assim com a maioria, que actuou então, como actua hoje: integrada na lógica da direita, ao serviço das suas estratégias consoante a exigência histórica do momento.
Outros há também, e são muitíssimos, que tendo estado do lado das forças derrotadas, hoje as renegam, fazendo crer aos vindouros que sempre estiveram do “lado certo” da História. Só que estes contam pouco, porque se tivéssemos saído vitoriosos, eles teriam ficado onde estavam pela mesma razão que os leva agora a estar do outro lado.
O que retenho de mais singular desse período, Maio de 74 até Novembro de 75, foi a crença das pessoas que acreditaram que contavam e podiam influenciar e participar do Poder.
ResponderEliminarQuanto ao "post" concordo, sobretudo com o último parágrafo.
Ng