ABAIXO A HIPOCRISIA
É uma vergonha o espectáculo a que diariamente se assiste nas nossas televisões exibindo as “generosas criaturas” que dedicam uma parte do seu tempo a esmolar à porta dos supermercados e agora também nas traseiras dos restaurantes e cantinas.
O espectáculo é ainda mais degradante quando se assiste a ele no estrangeiro, pelos canais internacionais das estações de televisão portuguesa, seja em países pobres ou ricos.
É uma vergonha o espectáculo a que diariamente se assiste nas nossas televisões exibindo as “generosas criaturas” que dedicam uma parte do seu tempo a esmolar à porta dos supermercados e agora também nas traseiras dos restaurantes e cantinas.
O espectáculo é ainda mais degradante quando se assiste a ele no estrangeiro, pelos canais internacionais das estações de televisão portuguesa, seja em países pobres ou ricos.
Um país onde dezenas ou mesmo centenas de milhares de pessoas têm diariamente de sofrer a humilhação de estender a mão à caridade, que faz da pobreza o perverso espectáculo do falso altruísmo, é um país indigno!
É esse o nosso país. O país onde políticos profissionais a tempo inteiro há quase trinta anos, com duas reformas de “actividades profissionais” também a tempo inteiro, além de uma terceira por exercício de funções políticas, desempenhando as mais altas funções se apresentam eleitoralmente a “fazer número” neste movimento, enaltecendo o altruísmo dos portugueses, é um país condenado à humilhação e à miséria dos mais fracos.
Se não houver um grito de revolta contra esta hipocrisia dos grandes responsáveis políticos, que tudo concedem aos ricos e tudo justificam, eles continuarão impunemente a remeter para a pobreza e para a exclusão social milhares de concidadãos que apenas querem modestamente viver do seu trabalho, com as garantias a que têm direito!
O Estado não pode nem deve abdicar da sua função social. Se ainda houver uma réstia de dignidade na consciência dos governantes “socialistas”, eles têm de pôr cobro a esta vergonhosa situação, humilhante para as muitas centenas de milhares de trabalhadores que caíram nas malhas criminosas tecidas pelo neoliberalismo económico.
Que o Governo tenha a coragem de combater a hipocrisia de Cavaco. Que o Governo tenha a dignidade mínima de enfrentar a perversidade de Portas. Que o Governo seja capaz de fazer frente à chantagem do PSD. É o mínimo que se pode pedir a um Governo, mesmo “in articulo mortis”. Que conceda direitos às pessoas necessitadas e as liberte da humilhação quotidiana de estender a mão à caridade. Que não deixe ficar como herança dos seus quase quinze anos de governação a caridade salazarista, tão elogiada pelos cavacos, rebelos de sousa e portas deste país. Que tenha um assomo de dignidade no sopro de vida que ainda lhe resta!
É esse o nosso país. O país onde políticos profissionais a tempo inteiro há quase trinta anos, com duas reformas de “actividades profissionais” também a tempo inteiro, além de uma terceira por exercício de funções políticas, desempenhando as mais altas funções se apresentam eleitoralmente a “fazer número” neste movimento, enaltecendo o altruísmo dos portugueses, é um país condenado à humilhação e à miséria dos mais fracos.
Se não houver um grito de revolta contra esta hipocrisia dos grandes responsáveis políticos, que tudo concedem aos ricos e tudo justificam, eles continuarão impunemente a remeter para a pobreza e para a exclusão social milhares de concidadãos que apenas querem modestamente viver do seu trabalho, com as garantias a que têm direito!
O Estado não pode nem deve abdicar da sua função social. Se ainda houver uma réstia de dignidade na consciência dos governantes “socialistas”, eles têm de pôr cobro a esta vergonhosa situação, humilhante para as muitas centenas de milhares de trabalhadores que caíram nas malhas criminosas tecidas pelo neoliberalismo económico.
Que o Governo tenha a coragem de combater a hipocrisia de Cavaco. Que o Governo tenha a dignidade mínima de enfrentar a perversidade de Portas. Que o Governo seja capaz de fazer frente à chantagem do PSD. É o mínimo que se pode pedir a um Governo, mesmo “in articulo mortis”. Que conceda direitos às pessoas necessitadas e as liberte da humilhação quotidiana de estender a mão à caridade. Que não deixe ficar como herança dos seus quase quinze anos de governação a caridade salazarista, tão elogiada pelos cavacos, rebelos de sousa e portas deste país. Que tenha um assomo de dignidade no sopro de vida que ainda lhe resta!
Absolutamente!!!!
ResponderEliminarCaro JMCorreia-Pinto,
ResponderEliminarFaço link... e agradeço :)
Abraço.
Se isto já estava insuportável, agora, com o mais "alto" magistrado da nação a apadrinhar a campanha das sobras das cozinhas para os pobrezinhos, a coisa já passa da náusea.
ResponderEliminarLG
Grande texto!
ResponderEliminarEsta direita tresanda ao que de mais rançoso havia na Igreja de há 50 anos! Estes professores, se querem um regresso à boa tradição, que já nem é defendida por muitos dos eclesiásticos, deveriam, por exemplo, explicar aos deserdados deste mundo os pecados capitais para que são tentados; a preguiça, a gula, a inveja, sobretudo a versão socretina de inveja social etc., e as virtudes que se lhe devem opor como a Caridade.
ResponderEliminarAgora. sendo mais pragmático e actual. uma maneira mais IN de os abastados cumprirem as suas responsabilidades (outra maneira de dizer combater os seus pecados) era a adopção de um necessitado! Cada pessoa de bem e de bens poderia adoptar um desempregado, um ex-beneficiário do RMG etc. Tenho dúvidas é se o Papa estaria disponível para fixar as indulgências a "creditar".
Grande em tudo! Na verdade,na analise e no conteudo
ResponderEliminarAbsolutamente de acordo com esta opinião. Como sempre frontal, verdadeira e corajosa.
ResponderEliminarÉ a nova versão do Movimento Nacional Feminino. E deixem lá que agora o espectáculo vai melhorar com a aparição do Zeinal Bava e do faria de Oliveira, os grandes beneméritos do voluntariado.
Arrepia ver a forma como se lida com este problema em Portugal. Há uma coisa que esta choldra não conseguiu ainda aprender com os alentejanos, que sempre sofreu com as suas fomes, mas com a nobreza de nunca perder o equilibrio da espinha. E volta e meia assistimos a este desfilar de vaidades á custa da miséria alheia. Agora é Cavaco. Mas ele sabe lá, ele ouvia a música: "...vamos brincaaar á carida-dezinha" mas sabia lá ler nas entrelinhas.
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