O QUE FAZ FALTA
Francisco Lopes dominou por completo a “Grande Entrevista”. Com ele em antena a responder, Judite de Sousa foi reconduzida ao seu papel.
Por muito que custe, tem de reconhecer-se que Álvaro Cunhal tinha razão. O PCP ou mantinha a sua matriz identitária ou, mais tarde ou mais cedo, desapareceria.
E é importante, muito importante, que o PCP exista tal qual é, como importante seria que tivesse mais força.
Todos os nossos males – os males dos que não são especuladores, banqueiros, monopolistas, oligopolistas ou dos que vivem à sua sombra – resultam da implosão dos partidos comunistas que apostam numa distribuição mais igualitária da riqueza.
Não haja ilusões: só o socialismo de quem não abdica dos princípios pode regular o capitalismo; só o socialismo de quem ameaça a concentração da riqueza pode promover o estado social em todas as suas componentes.
Francisco Lopes foi hoje a demonstração dessa firmeza. A firmeza de quem recusa tomar a parte, sob as luzes da ribalta, pelo todo; a firmeza de quem se não deixa enredar nas pequenas disputas de protagonismo, aproveitando antes todas as ocasiões para repisar o que é fundamental.
É uma liturgia que soa repetitiva ou mesmo insuportável a ouvidos burgueses, mas é uma liturgia indispensável…porque sem ela tudo se desmorona…
Francisco Lopes dominou por completo a “Grande Entrevista”. Com ele em antena a responder, Judite de Sousa foi reconduzida ao seu papel.
Por muito que custe, tem de reconhecer-se que Álvaro Cunhal tinha razão. O PCP ou mantinha a sua matriz identitária ou, mais tarde ou mais cedo, desapareceria.
E é importante, muito importante, que o PCP exista tal qual é, como importante seria que tivesse mais força.
Todos os nossos males – os males dos que não são especuladores, banqueiros, monopolistas, oligopolistas ou dos que vivem à sua sombra – resultam da implosão dos partidos comunistas que apostam numa distribuição mais igualitária da riqueza.
Não haja ilusões: só o socialismo de quem não abdica dos princípios pode regular o capitalismo; só o socialismo de quem ameaça a concentração da riqueza pode promover o estado social em todas as suas componentes.
Francisco Lopes foi hoje a demonstração dessa firmeza. A firmeza de quem recusa tomar a parte, sob as luzes da ribalta, pelo todo; a firmeza de quem se não deixa enredar nas pequenas disputas de protagonismo, aproveitando antes todas as ocasiões para repisar o que é fundamental.
É uma liturgia que soa repetitiva ou mesmo insuportável a ouvidos burgueses, mas é uma liturgia indispensável…porque sem ela tudo se desmorona…
Hoje, não se comportou como a "primeira-ministra de Sintra..."
ResponderEliminarZé Manel, vou fazer link para integrar um trabalho...
Abracito
Ana
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
ResponderEliminarGostei deste seu comentário onde apreciei a forma "isenta" e séria na análise da entrevista. Muito dificilmente conseguirei ler na imprensa escrita, excepto no Avante!, tão mordaz análise ao que se passou e ao género tão em voga de manipular opiniões e entrevistados.
ResponderEliminarVou partilhar com os meus conhecidos, e não só, do facebook.
Obrigado!
Por portas travessas acabei por ler uma abordagem diferente, mas mais real.
ResponderEliminarJá agora, isso não se faz à Ana Paula...:))
Óptimo!
ResponderEliminarAlguém com coragem para avançar contra a corrente, isto é, contra este atávico liberalismo que não se cansa de fazer dos ricos ainda mais ricos e de proletarizar muito mais largas camadas da população.
É isto mesmo o capitalismo... É isto mesmo a exploração capitalista.
Meu caro, alinho com o essencial do que dizes, embora com a perspetiva talvez mais objetiva de quem conheceu bem o PCP (ao contrário de ti, ao que sei). De forma alguma concebo o PCP com poder de governo, mesmo que em minoria, mas reconheço-lhe um papel importante como contrapoder, mesmo mantendo a "cassete" (que, afinal, todos têm!).
ResponderEliminarSó não concordo é com a tua apreciação sobre a implosão dos PCs. É inteira verdade que o mundo de influência soviética virou para o piorio (veja-se a máfia KGB com Putin à cabeça, e agora o caso execrável da Hungria).
Mas o que pareces esquecer é a pergunta essencial, a meu ver: PORQUE implodiu o sistema do "socialismo real"? Porque é que ontem Cuba teve de começar com o seu plano de despedimento de centenas de milhares de funcionários públicos? Porque é que a China só vinga economicamente com negação de todos os mais elementares princípios defendidos por Marx?
Caro JMCorreia-Pinto :)
ResponderEliminarObrigado por ter removido a mensagem já que não se referia a este post e não fazia sentido algum neste contexto!
Bem-haja também por isso!
... e já agora, deixe que diga ao comentador Salvo:
Obrigado pela observação mas, não se preocupe porque foi uma iniciativa correcta que subscrevo e agradeço como pode perceber por este comentário!
Abraço a ambos :) ... e em frente por uma segunda volta :))