ENTREVISTA É COMO QUEM DIZ
Começando pelo princípio: não houve qualquer entrevista. Houve um daqueles chatos tempo de antena que a “Dama de Sintra” quis ter a gentileza de proporcionar ao actual presidente do PSD.
E ele pouco nos disse, além daquilo que sempre tem dito. Tirando a questão do “pote”, que ele teve a coragem de explicitar (não há nada como a gente saber com o que conta), fica a do BCE – a tal grande “ajuda” que o BCE está prestando a Portugal, comprando aos especuladores títulos da dívida pública portuguesa, não sem que antes tenha emprestado a esses mesmos especuladores, à taxa de juro de 1%, o dinheiro que eles logo a seguir emprestam ao Tesouro português a quase 8%! O que dirão os vindouros daqui a 100 anos quando estiverem a fazer a história da “construção europeia” no dealbar do século XXI e da moeda única? Certamente acharão tudo isto muito mais surpreendente do que o engano de Passos Coelho no montante da “ajuda”, que sempre poderá ser imputado ao Nogueira, responsável pelo pelouro dos números.
Mas vamos ao que interessa: racionalmente ele vai ter de optar entre avançar logo que as sondagens inequivocamente o favoreçam (e esperar que, além do Portas, alguém se junte a ele na censura) ou deixar o "odioso da questão" para Cavaco Silva, muito provavelmente a propósito da aprovação do próximo orçamento.
Todavia, há uma tão grande avidez de poder entre a sua gente, a ansiedade das “bases” pelo “pote” é tanta que ele vai ter de ajustar permanentemente a sua estratégia…para não ser mais um “decapitado” presidente do PSD. E como normalmente a ansiedade é má conselheira, ninguém ficaria surpreendido se lhe viesse a acontecer o mesmo que já sucedeu aos outros.
Se não acontecer e chegar ao poder, iremos certamente ter em Portugal a mais lídima experiência neoliberal da Europa, uma daquelas de fazer inveja a Václav Klaus!
Começando pelo princípio: não houve qualquer entrevista. Houve um daqueles chatos tempo de antena que a “Dama de Sintra” quis ter a gentileza de proporcionar ao actual presidente do PSD.
E ele pouco nos disse, além daquilo que sempre tem dito. Tirando a questão do “pote”, que ele teve a coragem de explicitar (não há nada como a gente saber com o que conta), fica a do BCE – a tal grande “ajuda” que o BCE está prestando a Portugal, comprando aos especuladores títulos da dívida pública portuguesa, não sem que antes tenha emprestado a esses mesmos especuladores, à taxa de juro de 1%, o dinheiro que eles logo a seguir emprestam ao Tesouro português a quase 8%! O que dirão os vindouros daqui a 100 anos quando estiverem a fazer a história da “construção europeia” no dealbar do século XXI e da moeda única? Certamente acharão tudo isto muito mais surpreendente do que o engano de Passos Coelho no montante da “ajuda”, que sempre poderá ser imputado ao Nogueira, responsável pelo pelouro dos números.
Mas vamos ao que interessa: racionalmente ele vai ter de optar entre avançar logo que as sondagens inequivocamente o favoreçam (e esperar que, além do Portas, alguém se junte a ele na censura) ou deixar o "odioso da questão" para Cavaco Silva, muito provavelmente a propósito da aprovação do próximo orçamento.
Todavia, há uma tão grande avidez de poder entre a sua gente, a ansiedade das “bases” pelo “pote” é tanta que ele vai ter de ajustar permanentemente a sua estratégia…para não ser mais um “decapitado” presidente do PSD. E como normalmente a ansiedade é má conselheira, ninguém ficaria surpreendido se lhe viesse a acontecer o mesmo que já sucedeu aos outros.
Se não acontecer e chegar ao poder, iremos certamente ter em Portugal a mais lídima experiência neoliberal da Europa, uma daquelas de fazer inveja a Václav Klaus!
Sem comentários:
Enviar um comentário