SOBRE O TEMPO QUE PASSA
Ainda os acontecimentos de Madrid – Os polícias que se excederam contra os manifestantes laicos na manifestação de protesto pela visita do Papa a Madrid já foram suspensos e vão ser castigados, mas à madame Rosa Veloso que mentiu, deturpou e fez uma vergonhosa reportagem não lhe acontece nada. E toda a gente acha normal!
Os jornalistas na Líbia – Ninguém podem exigir que os jornalistas se desloquem ao teatro de guerra, salvo nos casos em que eles próprios estão mobilizados por uma das partes em confronto. Mas há muita gente corajosa, verdadeiros correspondentes de guerra, que se voluntaria para in loco dar a conhecer ao mundo o que se passa. Entre os muitos exemplos que se poderiam citar em todo o mundo, vale a pena recordar a coragem de Carlos Fino durante a guerra do Iraque como um dos poucos jornalistas que ficou em Bagdad depois da iniciada a invasão americana, tendo em reportagens memoráveis dado a conhecer ao mundo a guerra vista “do outro lado”. Correu riscos, esteve em vias de ser eliminado num daqueles danos que de colaterais só tinha o nome por vários mísseis inteligentemente dirigidos para a janela do seu quarto de hotel. Só que ele na altura não estava lá e o esperado “dano colateral” não se verificou.
São também conhecidas, como aqui já foi referido, as vigarices de Albarrã na primeira guerra do Iraque e de tantos outros.
A questão que se põe no plano ético e deontológico, salvo quando se trata do cumprimento de um dever imposto por terceiro, é a de qualificar o comportamento daqueles jornalistas que, depois de resolvida a situação, correm como abutres para palco dos acontecimentos para nos dar conta dos destroços. Não deixa de ser uma forma de covardia, muita parecida com a daqueles que depois de vitoriosa a Revolução mudam de “casaca” ou se “passam” para o próximo vencedor das eleições logo que as sondagens se tornam irreversíveis.
A evolução económica da União Europeia – As previsões de crescimento da União Europeia que por todo lado se fazem são óbvias e estão ao alcance de qualquer leigo. Os múltiplos programas de austeridade impostos pela ortodoxia monetarista que governa a Europa vão originar recessão em alguns países, estagnação noutros e diminuição de crescimento nos restantes. Portanto, o problema da dívida, que é como quem diz a crise do euro, não vai acalmar, mas antes agravar-se.
Os conflitos com Portas – Reais ou inventados (tese de Pulido Valente) a verdade é que nos últimos tempos se têm multiplicado os atritos entre Portas e o PSD. Isto mais a brandura do PS-Seguro, o que quer dizer? Quererá dizer que Portas pressente que estão a preparar o Bloco Central e estrebucha dando a entender que não podem contar com ele como simples apêndice?
Parece, a ultima nota, um tanto ousada
ResponderEliminarMas...pensando bem, não digo nada.
(No resto não comento quando o mesmo vejo e penso...)