quarta-feira, 14 de março de 2012

QUANDO É QUE ISTO VAI MUDAR?


EPISÓDIOS DO QUOTIDIANO POLÍTICO


Enquanto a situação portuguesa se encaminha para a catástrofe, como ainda hoje o anterior Primeiro Ministro grego teve a gentileza de avisar, por cá tudo parece correr no melhor dos mundos.

O que se pode dizer da situação portuguesa? Nada melhor do que descrever alguns dos acontecimentos que marcaram o dia.

Moedas, o inacreditável Moedas, não cabia em si de contente ao anunciar que o ajustamento em Portugal se estava a fazer mais rapidamente do que o previsto. Como se não bastasse o conhecimento que se tem da situação em Portugal, lá veio o sociólogo do Pingo Doce, António Barreto, na SIC, explicar-nos que o estado social está a funcionar, apesar da crise e que há hoje mais subsídios a chegar às mãos dos portugueses do que no passado. Mas como se não chegasse a sua arguta análise de sociólogo, ainda corroborou a judiciosa intervenção de Clara de Sousa, que, inteligentemente, como sempre acontece quando abre a boca por conta própria, concluiu que as dificuldades económicas de muitas famílias estarão provavelmente a favorecer uma alimentação mais saudável dos jovens e das crianças. “Quem sabe?”, rematou eloquentemente Barreto!

Finalmente, motivo de grande satisfação para todas os portugueses foi também a exoneração do Secretário de Estado da Energia, depois de Mexia lhe ter demonstrado que era a EDP que estava a financiar os consumidores e não o contrário como por aí se diz, tendo-o posto de imediato na rua para evitar mal-entenddidos futuros,

Perante isto, que dizer? Que somente a partir do momento em que o sofrimento resignado se transformar em revolta será possível começar a encontrar uma solução para os problemas dos portugueses.


2 comentários:

  1. Excelente post. Começo igualmente a suspeitar que só talvez a implosão social possa de facto mudar estruturalmente as coisas em Portugal.

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  2. O autor pode não concordar mas, para mim, os cortes mais eficazes são os da saúde (ou doença conforme se queira)muito mais ainda que pela via da alteração dos hábitos alimentares, apesar da oportuna observação/conclusão da Clara de Sousa. Quanto a estes não há dúvida vão diminuir os "excessos" de açúcares, gorduras etc. logo, menos colesterol, diabetes etc. Por seu lado a "moderação" na saúde vai reduzir,a breve prazo, o nº de acamados, as situações de Alzeimher, Parkinson e toda essa tralha própria da inconveniente longevidade para que muitos portugueses estavam a caminhar. Isto é como uma tempestade que, ao invés de destruir a floresta, vai vivificá-la levando as árvores infestadas e os ramos carunchosos.

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