segunda-feira, 4 de junho de 2012

PASSOS CONTRADIZ GASPAR?



E QUEM ACREDITA?
Passos contraria Borges e recusa "desvalorização adicional dos salários" (DE)

Depois da chuva de críticas que caiu sobre as palavras de Borges, inclusive de algumas das famosas bases do PSD e do CDS, que tem que tomar as suas precauções relativamente a tudo que não seja estritamente oficial, Passos Coelho, aparentemente, mas só aparentemente, não confirmou as palavras de Gaspar, que havia seguido Borges, embora dizendo o mesmo de outra maneira. Disse Passos Coelho que tal como já tinha afirmado no Parlamento na semana passada o “Governo não está a preparar baixas dos salários em Portugal”. E a seguir exemplificou com aquilo que o Governo já fez aos reformados e aos funcionários públicos para dar a entender que o que lhes fez já chega.

A verdade é que este desmentido não desmente nada: primeiro, porque o facto de Passos dizer que o “Governo não a está a preparar” não significa que não decida o amanhã ou depois de amanhã  fazer o contrário; e em segundo lugar, porque mesmo que a sua afirmação tivesse a amplitude que não tem – abranger todos o salários e não apenas os dos funcionários públicos e as reformas – nada garante que Passos não esteja a mentir como repetidamente tem feito desde que é presidente do PSD e Primeiro Ministro.

Nada do que até hoje foi dito pelo Ministro das Finanças deixou de se fazer. O que acontece é que o sector do Governo com um mínimo de sensibilidade política (Passos e Relvas) já percebeu que se continua a apertar muito lá se vai “o extraordinário povo português”. As coisas têm de ser feitas com uma certa cadência e na hora própria. E esta ainda não era a hora própria de Borges falar – coisa que Borges não percebe por ser um refinadíssimo (ver post anterior) que ganha dezenas de milhares de euros por mês e nem sequer lhe passar pela cabeça que é exactamente no mês de Junho que centenas de milhares de cidadãos portugueses estão a ser vilmente espoliados dos salários e reformas a que têm direito!

1 comentário:

  1. o primeiro-ministro com aquele jeitinho salazarento, de quem não mata moscas (manda matá-las...), lá vai levando este povo à certa...

    realmente mais vale cair em graça que ser engraçado, até na política.

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