E O RESULTADO ESTÁ À
VISTA
Os noticiários de ontem e os jornais de hoje não pouparam nas
palavras para nos dar a conhecer a mega operação contra bancos suspeitos de cartelização
numa investigação comandada pela Autoridade da Concorrência, ainda dirigida por
Manuel Sebastião.
Sobre esta matéria apenas sabemos o que dizem os jornais e o
que disse Ulrich. Ah, mas ainda sabemos outra coisa. Sabemos que Sebastião é o tal
responsável pela concorrência que durante cerca de um ano andou com a lâmpada
de Aladino à procura de um documento que provasse que as grandes distribuidoras
de combustível combinavam preços. Mas não encontrou nada. Ele não encontrou
nada, mas os portugueses que aos milhões andavam nas estradas de Portugal viam
todos os dias que os preços eram iguais em todas gasolineiras das grandes
marcas. Claro, coincidências. E nada se pode fazer contra as coincidências.
Ah, sabemos ainda outra coisa. Sabemos que os bancos estão
debaixo de fogo por todas as malfeitorias que têm praticado no mundo e também em
Portugal. E sabemos que têm ficado impunes por essas malfeitorias e, como se
isso não bastasse, sabemos também que somos nós que as estamos a pagar, não apenas com dinheiro, com os nossos salários e as nossas pensões, mas também com o nosso
futuro, com o futuro dos nossos filhos e dos nossos netos.
Ulrich, o "sem abrigo" do aguenta, aguenta, com o seu reconhecido
talento político, já veio dizer que apoiava a operação, mais umas tretas de
concorrência para aqui e para ali. Tudo muito óbvio…
Nada, portanto, melhor do que uma mega operação para baixar a
tensão. Em Portugal substituíram-se as famosas “comissões de inquérito” e os “grupos
de trabalho”, de que a malta toda já se ria, pelos mega processos ou pelas mega
operações quando se pretende chegar a um resultado absolutamente idêntico ao
daqueles grupos de trabalho ou comissões, com a vantagem de se animar a
comunicação social durante um ou dois dias que deixa nesse entretempo de trazer
a crise para a primeira página.
Mas o que não deixa de ser interessante, qualquer que seja o
objectivo desta operação, é tudo isto se ter passado à margem do Banco de
Portugal. Ou seja, fica mais uma vez provado que o BdP não regula coisa nenhuma
e só lá está para proteger e apoiar o capital financeiro.
Show e mais Show para entreter a tugada.
ResponderEliminarCá na minha ignorância acho este tipo de investidas uma coisa delirante. Estão à espera de encontar documentos que estabeleçam as regras do conluio? Com o combustíveis ainda é mais fácil por até serem menos os "players". Estas "operações" não passam de manobras de diversão, cortinas de fumo para o pessoal pensar nisso e. se possível, convencer-se de que afinal os grandes não estão acima da lei..
lg