RESCALDO DA MANIF DE SÁBADO
Soares, quase centenário, doente, e, por isso,
intermitente, faz mais pelo derrube do governo do que Costa e Seguro juntos,
muito mais interessados em “jogos malabares” com Paulo Portas do que na
resolução dos problemas dos portugueses.
Que não tenham dúvidas: as manifestações
de sábado não foram apenas contra os que lá estão. Foram também contra os que, lá
não estando, são iguais aos que lá estão. Os portugueses, como os espanhóis, os
gregos, os italianos e tantos outros têm aprendido muito com o que se está
a passar na Europa nestes últimos quatro anos.
Se Assis, Costa, Seguro, Santos
Silva e tutti quanti ainda não
perceberam, o problema será deles. Se continuam a supor que a política é uma
coutada do “círculo de S. Bento”, não passando o povo de um espectador passivo,
chamado a participar regularmente em actos rotineiros cada vez mais despidos de
significado pela institucionalização da mentira entre o antes e o depois, é
porque estão a viver num tempo que já nada tem a ver com o presente.
A velha política tem os dias contados.
Passou o tempo das delegações de poder e das representações incondicionadas. O
povo quer decidir sobre tudo o que lhe diz directamente respeito. Não mais
confia em mandatários que o vigarizaram, enganaram, roubaram. Ou aparece gente
que percebe isto, ou os governos, o poder institucionalizado em geral, passarão
a ser uma espécie corpo estranho, sitiado, que usa a força para se manter até
ser completamente varrido da polis. E
uma nova época surgirá, pautada por uma verdadeira democracia em que “O Povo é
quem mais ordena!”.
Concordo mas o povo tem que aprender que no circulo de S. Bento há quem esteja do seu lado e seria muito bom que aprendesse de uma vez a separar o trigo do joio.
ResponderEliminarSim, o problema é esse, mas não só esse. É o paradigma democrático que tem de mudar. Assim não dá, seja com quem for...
ResponderEliminarA intenção é boa mas andam a atirar pedras à malta errada, numa plutocracia como a nossa devemo-nos dirigir não ao executivo ou ao legislativo mas sim ao poder financeiro. As manifestações deveriam então culminar não em S.Bento ou no terreiro do paço mas sim em frente às sedes dos bancos.
ResponderEliminarO POVO É QUEM MAIS ORDENA»
ResponderEliminarQuem mais ordena são os lobbys!
-> Anda por aí muita conversa que... visa perpetuar/eternizar a parolização de contribuinte... isto é, ou seja, lançar uma cortina de fumo para que o contribuinte não veja o óbvio: os contribuintes não podem passar um 'cheque em branco' aos políticos!... Leia-se: votar em políticos... sim mas... votar não é passar um 'cheque em branco'!
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-> Não seja/sejam cúmplices da música para otários: «vira o disco e toca o mesmo».
-> De facto, mesmo realizando eleições em todos os "semestres"... seria o «vira o disco e toca o mesmo»: os lobbys manteriam a sua influência... e quando passassem a «ex-», os governantes, teriam belos 'tachos' à sua espera.
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-> Os políticos não deverão ter o número de mandatos limitado... mas, em contrapartida, esses mandatos deverão estar sujeitos a uma muito maior vigilância/controlo por parte dos cidadãos. [nota: e os políticos deverão ter uma idade de reforma igual à do regime geral!]
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-> Pelo 'Direito ao Veto de quem paga': blog «fim-da-cidadania-infantil».
Um dia os cravos falarão mais alto
ResponderEliminarEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarO que dizer???
ResponderEliminarLê-lo e constatar a verdade... E, essa "do paradigma democrático", tem que me explicar.
Abraço
ANA