sexta-feira, 5 de abril de 2013

RELVAS E O CDS


 

O CDS AO ATAQUE

 

O CDS saudou efusivamente a demissão de Relvas nas televisões, nos jornais e nas redes sociais como se de uma conquista partidária se tratasse, embora sempre disfarçada por uma retórica que liga o seu afastamento a uma exigência de credibilidade do Governo imposta pela “grave situação que o país atravessa”.

Mas não foi certamente pelas melhores razões que o CDS tanto se congratulou pela demissão de Relvas.  Relvas constituía dentro do Governo a “barreira laranja ”que impedia um maior protagonismo do CDS na chamada “coordenação política” e que mantinha Portas devidamente afastado do núcleo duro do Governo. Além de que Relvas, pelos meios de que dispunha, tinha acesso a múltiplos “segredos” que incomodam Paulo Portas bem como a possibilidade de os pôr a circular por via das várias agências de comunicação que tinha ao seu serviço.

Com Relvas fora do Governo e o seu alter ego de partido “desterrado” num lugar secundário da Segurança Social, o CDS vai tentar prevalecer-se da situação assim criada para reforçar a sua posição na coligação e, finalmente, aceder à dita “coordenação política” que é o lugar de eleição para a defesa dos interesses partidários no Governo.

O CDS saudou também a honestidade política de Crato que tratou Relvas como um outro qualquer mortal, mas “esqueceu-se” de repartir esses louvores pelo Secretário de Estado do Ensino Superior, João Filipe Queiró, que parece ter tido um papel decisivo no “affaire Relvas”…

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