UMA GLÓRIA DO BENFICA E
DA SELECÇÃO NACIONAL
Mário Coluna é um nome incontornável da história do Benfica.
Vindo de Moçambique, do Desportivo de Lourenço Marques, na longínqua época de
1954/55, com dezanove anos, Mário Coluna iniciou a sua carreira no Benfica no mesmo
ano em que o célebre treinador Otto Glória chegava ao clube e com ele a
primeira grande modernização do futebol português.
Logo no primeiro ano, Coluna foi campeão nacional e venceu a
Taça de Portugal. Foi na sua primeira época no Benfica que, em 1 de Dezembro de
1954, se inaugurou o Estádio da Luz, obra para sempre associada ao nome desse
grande benfiquista, símbolo da matriz popular e democrática do clube – Joaquim Bogalho.
Foi também na primeira época de Coluna no Benfica que teve lugar
a primeira grande digressão de um clube português ao Brasil – Rio de Janeiro e
S. Paulo – tendo as exibições de Coluna e Costa Pereira, no Maracanã e no
Pacaembu, impressionado fortemente a exigente crítica desportiva brasileira.
Durante a sua longa carreira de dezasseis épocas no SLB, Coluna
ganhou 10 campeonatos nacionais, 7 Taças de Portugal, 2 Taças dos Campeões
Europeus, tendo participado em mais três finais. Numa delas, em 1963, contra o
Milan, em Wembley, quando o Benfica ganhava por 1-0, Coluna foi
propositadamente lesionado por um adversário, tendo estado fora do campo a
receber assistência durante vinte minutos numa época em que não havia
substituições. A inferioridade física de Coluna - um jogador que nunca se queixava
e que nunca se deixava ficar por terra depois de um choque com um adversário,
salvo quando algo de muito grave se passava – acabou por ditar a derrota do
Benfica por 2-1. Muito provavelmente, sem essa lesão, o Benfica teria somado a
terceira vitória consecutiva na Taça dos Campeões Europeus.
Na selecção nacional envergou a camisola das quinas por 57
vezes e fez parte da equipa que obteve a melhor classificação de sempre do
futebol português em provas de selecção - terceiro lugar, no Campeonato de Mundo
de 1966, em Inglaterra.
Mário Coluna o grande capitão do Benfica e da selecção é uma
das maiores glórias da história do Benfica e da selecção nacional. O Benfica
deve-lhe parte da sua grandeza e Coluna merece que o seu nome seja para sempre
lembrado como um dos grandes obreiros da história do Sport Lisboa e Benfica.
Na verdade
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