E O SEU SENTIDO
Não tenho por hábito lavar a alma. E muito menos em público.
Jamais iniciei ou terminei um artigo marcando as minhas distâncias
relativamente àqueles que episódica ou num determinado contexto defendo. Nem
nunca entro em explicações sobre as posições que adopto ou sobre as defesas que
faço para além daquilo que delas se deve ou pode inferir.
Acho de mau gosto que para elogiar certos aspectos de uma
personalidade de direita eu tenha de dizer que sou de esquerda ou que para defender
num determinado contexto um certo político precise de afirmar que não me
identifico com ele.
Acho de mau gosto e pior ainda: tendo a interpretar esses
comportamentos como típicas atitudes de insegurança política ou intelectual.
Vem tudo isto a propósito de quê? Por estranho que pareça vem
a propósito dos submarinos. Do que
esta semana se soube sobre o processo dos “submarinos”, do seu arquivamento, da
prescrição de crimes que eventualmente tenham sido praticados e das gravações
que a TVI revelou sobre o mesmo tema no seio da família Espírito Santo.
Sobre os submarinos não há qualquer espécie de dúvidas de que
houve condenações na Alemanha, por corrupção activa, logo (…) e que em Portugal
a Escom recebeu 30 milhões de euros ou na pior das hipóteses 28 milhões de
euros de comissões para distribuir por personagens misteriosas. Desse montante
apenas se sabe que 5 milhões foram para o Grupo Espírito Santo. Do resto nada
se sabe, embora das palavras de Salgado se depreenda, sem esforço, que esse
dinheiro foi parar a boas mãos…
Sobre isto, sobre esta vergonha nacional e outras que os
mesmos intérpretes estavam a congeminar, apenas parcialmente concretizadas, a
justiça portuguesa disse NADA!
É óbvio que há todas as razões para supor que há entre nós
uma justiça com fotografia…
E é essa razão por que à primeira vista se compreende mal a posição do PS no caso Sócrates. Aparentemente, é de uma covardia política insustentável, tanto mais que
no plano dos princípios e dos objectivos estratégicos de quem se opõe à direita
mais reaccionária há um vasto e largo campo de acção.
Pode, porém, o cálculo político ser de outra natureza. Há males que podem vir por bem...
Tendo acontecido o que aconteceu, não será ousado pensar, ponderados os prós e os contras,
que para a estratégia eleitoral (e até de governo) de Costa não seja desvantajoso
que Sócrates esteja na cadeia. Livra-se de um aliado incómodo e indesejável sem
verdadeiramente ter de o sanear ou marginalizar e se conseguir separar completamente
as águas entre o PS e Sócrates, como até aqui tem tentado, talvez as vantagens
de o ter em "Évora" sejam bem superiores às desvantagens de o ter em Paris com incursões regulares a Lisboa.
É uma hipótese...
CHAPTER XIV.
ResponderEliminarInternational Covenant on Cicil and Political RIGHTS.
Part III - Article 19
1) Everyones shall have the right to hold opinions without interference.
2)Everyone shall have the right to FREEDOM of Expression:this right shall include FREEDOM to
seek,receive impart information and ideas of ALL kings,regardless of frontiers,either ORALLY,
in WRITING or in PRINT,in the form of art, or through any other media of HIS CHOISE.
Quando, aí pelos 16 anos, tive a "revelação" que o Mundo era diferente daquilo que me ensinara a propaganda do Estado Novo, disse para mim que se houvesse um mínimo de liberdade informativa o Povo emtenderia de imediato a colossal mentira em que tinha vivido. Pude ocmprovar como eu me enganava! Mas, ao ver os sucessivos episódios da corrupção desde o caso fax de Macau até esta vergonha nacional dos submarinos, ningu+em ou quase ninguém se incomoda ou indigna! Um aspecto que me intriga especialmente é a sitema´tica posição de appoio de M Soares aos protagonistas, amigos diz ele, ( Melancia, Isaltino, E.Santo etc etc. ) Muito sinceramente, não entendo nada e estou a desistir de entender.
ResponderEliminarlg
ResponderEliminarA mim parece-me fácil de entender...
ResponderEliminarPuro juízo de facto, de realidade: Branco é, galinha o põe...
(Não faço desenho porque não tenho jeito).
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