O TRISTE PAPEL DOS DEPUTADOS
Como é possível que um fora
de lei, um caloteiro se comporte perante os deputados eleitos pelo povo
português com a mais completa falta de respeito? Como é possível? Como é
possível que o Parlamento não tenha agido drasticamente?
Já tínhamos assistido a algo semelhante
há uns anos com Belmiro de Azevedo, também sem consequências.
É bom que se explique aos senhores
deputados que o que ELES, pessoalmente, estão na disposição de suportar durante
as inquirições é absolutamente irrelevante para os portugueses. O que importa,
o que é relevante e inquestionável é o respeito que as instituições do Estado,
a começar pelas que fundam a sua legitimidade na vontade directa dos
portugueses, tem de merecer de todos aqueles que a elas se dirigem. E se os senhores
deputados não estão em condições de exigir esse respeito, então devem ser eles
os primeiros a ser despedidos.
O que se passou (e passa)
ResponderEliminaré a cinica assunção cínica
de quem sabe ter
bem controlado o hemiciclo
com leis adequadas
este mentecapto
estaria "dentro"
Porque é que ninguém ligou ao que disse Eduardo Paz Ferreira, na mesma comissão, sobre o tratamento de favor de que beneficiava este senhor?
ResponderEliminarDe onde vieram as ordens para lhe ser dado esse "tratamento de favor"? Como a Caixa é um banco público penso que a resposta é fácil.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarPretende passar sem o Parlamento? Ou simplesmente substituir os deputados? Todos? Quem é que se saiu bem e quem não se saiu?
ResponderEliminarPortugal é um Estado de Direito. Uma comissão parlamentar não é um tribunal e mesmo nesse fórum um inquirido não está obrigado a responder se considerar que se pode estar a incriminar.
E Berardo, contrariamente a Belmiro, não enxovalhou a AR obrigando a comissão a reunir-se fora da hora do expediente, que eu saiba.
Mais, como bem notou alguém, Berardo disse o óbvio, que a CGD só não executou as ações do BCP porque não quis.
São os capitalistas capazes de comportamentos imorais? Claro, só que uma conduta eticamente reprovável e a falta de vergonha associada (pelo menos no caso de Berardo), não chegam para mandar quem quer que seja para a cadeia.
Aliás, se assim fosse, os capitalistas iriam acompanhados por muitos revolucionários, para quem o abuso dos direitos individuais é perfeitamente justificável em face do bem-comum maior... Veja-se só o que dizem em relação ao que acontece na Venezuela...
Se Jaime Santos se revê numa instituição que se deixa ridicularizar pelos inquiridos de uma CPI ou se acha que os membros dessa instituição têm de suportar as alarvidades trocistas dos inquiridos, então o que deve fazer é candidatar se a deputado e deixar de ser comentador.
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