PARA MEMÓRIA FUTURA
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RTP E COVID 19
O tipo do telejornal continua eufórico sempre que as percentagens sobem e deprimido quando baixam.
O tipo do telejornal continua eufórico sempre que as percentagens sobem e deprimido quando baixam.
COVID19 E
A CRISE ECONÓMICA
A crise
económica decorrente da actual pandemia será inevitável. Uma inevitabilidade
que nenhum Estado poderá impedir ou sequer contornar. Se um Estado fosse
autónomo, ou seja, se fosse plenamente soberano ele teria de resolver a
situação de acordo com as medidas tradicionais em situações parecidas.
Parecidas já que iguais nunca houve. E o princípio orientador não seria muito
diferente do que já foi encetado pelos Estados Unidos e certamente também será pelo Reino Unido.
Para os países da zona euro não adianta estar com meias palavras ou fazer proclamações relativamente abstractas como algumas que já vieram a público. Os Estados mais afectados como a Itália, a Espanha, a França, Portugal e outros devem dizer claramente o que pretendem.
E o que pretendem não pode andar muito longe disto: o BCE tem de financiar os Estados emitindo a moeda necessária para o efeito. E esse “efeito” não poderá andar muito longe de um montante correspondente à quebra do PIB.
E a EU que chame a essa operação o que quiser. Chamem-lhe tecnicamente o que entenderem para os tratados se não sentirem ofendidos. Até lhe podem dar um nome que nada tenha ver com a realidade. E a realidade é esta: esse dinheiro nunca vai ser pago com dinheiro quer em juros quer em amortizações. Esse dinheiro vai ser pago com a "economia", com o desenvolvimento económico. Impensável, portanto, que figure na dívida para efeitos relevantes.
A União Europeia terá de fazer as contas e ver o que lhe fica mais barato...ou mais caro: acabar com a UE ou financiar os Estados. E não venham com a conversa da inflação porque não haverá inflação nenhuma como se viu com a compra da dívida pública por Draghi. Não haverá nunca um excesso de procura, se a oferta for mantida. Se os economistas "europeus" não perceberem isto, para que servem?
Para os países da zona euro não adianta estar com meias palavras ou fazer proclamações relativamente abstractas como algumas que já vieram a público. Os Estados mais afectados como a Itália, a Espanha, a França, Portugal e outros devem dizer claramente o que pretendem.
E o que pretendem não pode andar muito longe disto: o BCE tem de financiar os Estados emitindo a moeda necessária para o efeito. E esse “efeito” não poderá andar muito longe de um montante correspondente à quebra do PIB.
E a EU que chame a essa operação o que quiser. Chamem-lhe tecnicamente o que entenderem para os tratados se não sentirem ofendidos. Até lhe podem dar um nome que nada tenha ver com a realidade. E a realidade é esta: esse dinheiro nunca vai ser pago com dinheiro quer em juros quer em amortizações. Esse dinheiro vai ser pago com a "economia", com o desenvolvimento económico. Impensável, portanto, que figure na dívida para efeitos relevantes.
A União Europeia terá de fazer as contas e ver o que lhe fica mais barato...ou mais caro: acabar com a UE ou financiar os Estados. E não venham com a conversa da inflação porque não haverá inflação nenhuma como se viu com a compra da dívida pública por Draghi. Não haverá nunca um excesso de procura, se a oferta for mantida. Se os economistas "europeus" não perceberem isto, para que servem?
20/04/06
MARCELO
Porta-voz dos bancos?
O que é que os bancos estão a fazer de excepcional?
Além de que está a falsear a realidade quando afirma que os bancos pagaram tudo o que lhes foi emprestado. Pagaram? Não pagaram o que tivemos de pagar por eles nem pagaram o que lhes competia pagar. Dizem que vão pagar em décadas.
Mas ainda bem que o Presidente elogiou os bancos. Ficamos todos mais esclarecidos. Mais do que, quando, como comentador, não conseguiu esclarecer o que se passava no BES!
O que é que os bancos estão a fazer de excepcional?
Além de que está a falsear a realidade quando afirma que os bancos pagaram tudo o que lhes foi emprestado. Pagaram? Não pagaram o que tivemos de pagar por eles nem pagaram o que lhes competia pagar. Dizem que vão pagar em décadas.
Mas ainda bem que o Presidente elogiou os bancos. Ficamos todos mais esclarecidos. Mais do que, quando, como comentador, não conseguiu esclarecer o que se passava no BES!
20/04/06
BORIS
JOHNSON
PM
britânico em dificuldades.
Pertence a uma nova geração de políticos que embora esteja longe ideologicamente de muitos de nós tem virtualidades que os anteriores do mesmo quadrante ideológico não tinham.
Não são tão hipócritas ou não o são de todo, são menos agressivos no sentido bélico do conceito, detestam o politicamente correcto e alguns são humanamente simpáticos, como é o caso de Boris Johnson.
Que regresse depressa e restabelecido são os nossos votos.
Pertence a uma nova geração de políticos que embora esteja longe ideologicamente de muitos de nós tem virtualidades que os anteriores do mesmo quadrante ideológico não tinham.
Não são tão hipócritas ou não o são de todo, são menos agressivos no sentido bélico do conceito, detestam o politicamente correcto e alguns são humanamente simpáticos, como é o caso de Boris Johnson.
Que regresse depressa e restabelecido são os nossos votos.
20/04/06
ESTADOS
UNIDOS EM GUERRA
Se estar
em guerra significa prestar melhores cuidados de saúde aos seus cidadãos, nada
a opor. Tanto mais que muitos deles, sem essa ajuda excepcional, não teriam
quem os tratasse, bem ou mal.
Todavia, quando nos Estados Unidos se ouve falar a guerra, o mundo fica preocupado.
Que o establishement americano e os falcões não identifiquem por detrás do VIRUS um inimigo em que possam descarregar as suas frustrações pelo inêxito que estão tendo no combate ao "inimigo invisível".
É o que se exige.
Todavia, quando nos Estados Unidos se ouve falar a guerra, o mundo fica preocupado.
Que o establishement americano e os falcões não identifiquem por detrás do VIRUS um inimigo em que possam descarregar as suas frustrações pelo inêxito que estão tendo no combate ao "inimigo invisível".
É o que se exige.
20/04/06
ESTADOS UNIDOS E COVID19
Os Estados Unidos parece que vão, finalmente, pôr
a sua extraordinária capacidade industrial a trabalhar para combater a pandemia.
O material de protecção será fabricado às dezenas de milhões e a investigação científica parece também começar a estar mobilizada a cem por cento tanto para combater a doença como para a produção de uma vacina que a possa erradicar.
Esta é mais uma lição dada a essa pútrida instituição que se dá pelo nome de União Europeia.
Mesmo num dos momentos mais críticos da história da humanidade a União Europeia continua a receber ordens do grande capital, ao serviço do qual sempre esteve, e revela se absolutamente incapaz, nem que seja por um curto período de tempo, de o pôr a trabalhar em prol de um projecto de interesse comum.
O material de protecção será fabricado às dezenas de milhões e a investigação científica parece também começar a estar mobilizada a cem por cento tanto para combater a doença como para a produção de uma vacina que a possa erradicar.
Esta é mais uma lição dada a essa pútrida instituição que se dá pelo nome de União Europeia.
Mesmo num dos momentos mais críticos da história da humanidade a União Europeia continua a receber ordens do grande capital, ao serviço do qual sempre esteve, e revela se absolutamente incapaz, nem que seja por um curto período de tempo, de o pôr a trabalhar em prol de um projecto de interesse comum.
20/04/06
O COVID19
NA UNIÃO EUROPEIA
Infelizmente
não tenho lido tanto quanto gostaria sobre como combater as devastadoras
consequências económicas causadas pela pandemia do COVID19. Todavia, pelo que
se vai vendo nas televisões e pelo que se vai ouvindo dispersamente parece não
haver dúvidas de que esta é uma crise completamente diferente de todas as que
ocorreram nos últimos 100 anos. Ela não tem a sua origem em nenhuma das causas
que ciclicamente assolam, com maior ou menor intensidade, o sistema
capitalista.
Desta vez a causa é externa ao sistema embora se repercuta nele com consequências devastadoras. Perante a situação que todos conhecemos, os Estados são chamados a desempenhar um papel muito activo e interventivo para defender a saúde das suas populações e para defender a actividade económica se não querem ver soçobrar as suas economias, com danos tanto maiores quanto maiores forem as suas hesitações ou não intervenções, sejam elas ditadas pela mais pura ortodoxia ideológica, sejam por outro qualquer motivo.
Um Estado soberano afrontará a crise económica resultante do COVID 19, de acordo com as suas capacidades, em dois planos, correspondentes a dois distintos momentos de intervenção: um primeiro plano, caracterizado por uma intervenção de emergência, destinado a fazer face às situações mais dramáticas, quer as relacionadas directamente com a doença, quer aquelas que indirectamente dela decorrem; e um segundo plano, de natureza estrutural, visando o relançamento da economia mediante a reconstrução do tecido económico entretanto destruído ou fortemente danificado.
Em princípio, nenhum Estado tem suficientes recursos acumulados que lhe permitam fazer face a estas necessidades, tendo de resolver a situação mediante a emissão de moeda (pelos respectivos bancos centrais) e pela contracção de dívida em tudo o que não possa ser pago pelos seus próprios meios.
Desta vez a causa é externa ao sistema embora se repercuta nele com consequências devastadoras. Perante a situação que todos conhecemos, os Estados são chamados a desempenhar um papel muito activo e interventivo para defender a saúde das suas populações e para defender a actividade económica se não querem ver soçobrar as suas economias, com danos tanto maiores quanto maiores forem as suas hesitações ou não intervenções, sejam elas ditadas pela mais pura ortodoxia ideológica, sejam por outro qualquer motivo.
Um Estado soberano afrontará a crise económica resultante do COVID 19, de acordo com as suas capacidades, em dois planos, correspondentes a dois distintos momentos de intervenção: um primeiro plano, caracterizado por uma intervenção de emergência, destinado a fazer face às situações mais dramáticas, quer as relacionadas directamente com a doença, quer aquelas que indirectamente dela decorrem; e um segundo plano, de natureza estrutural, visando o relançamento da economia mediante a reconstrução do tecido económico entretanto destruído ou fortemente danificado.
Em princípio, nenhum Estado tem suficientes recursos acumulados que lhe permitam fazer face a estas necessidades, tendo de resolver a situação mediante a emissão de moeda (pelos respectivos bancos centrais) e pela contracção de dívida em tudo o que não possa ser pago pelos seus próprios meios.
Esta
ideia não parece sofrer nenhum tipo de contestação nos Estados Unidos, na
China, no Canadá, na Rússia, no Reino Unido e em qualquer outro país plenamente
soberano. A discussão que tem havido - e essa muito importante – não é sobre a
origem do dinheiro, mas sobre o destino do dinheiro.
Infelizmente, nos países que vivem em total
vassalagem monetária, como acontece com a maior parte dos Estados da zona euro,
se não mesmo da União Europeia, a ideia que parece estar a fazer o seu caminho
no “Eurogrupo”, com Mário Centeno na presidência, é a de que Estados que
necessitarem poderão recorrer quer ao “Mecanismo de Estabilidade Europeia” para
suprir, de acordo com os procedimentos que lhe são próprios, algumas
necessidades estruturais, quer a alguns fundos de outras proveniências,
destinados a outros fins, recentemente desviados para acudir a algumas das
actuais situações de emergência.
Isto é absolutamente inadmissível, como inadmissível é que um português, em representação do seu governo, tenha o descaramento de advogar este procedimento para fazer face às consequências imediatas e mediatas da pandemia.
Centeno mostra-se tal qual é: um homem da TOIKA, cuja diferença é apenas esta: enquanto os anteriores vestiam de preto, ele veste de cinzento!
Vamos acalmar-nos e dizer as coisas como elas são: este procedimento é, do ponto de vista estratégico, um procedimento imbecil. Ele cria logo à partida uma desvantagem da União Europeia relativamente aos outros grandes espaços económicos, como os Estados Unidos e a China. Enquanto estes actuam com recursos financeiros facultados pelos respectivos bancos centrais e apenas recorrem marginalmente ao crédito, todos os meios financeiros da União Europeia, ou quase todos, são angariados mediante recurso ao crédito, ao endividamento dos Estados. Do ponto de vista interno, este procedimento é desastroso para a própria União Europeia na medida em que vai agravar o fosso já considerável entre os mais ricos e os outros, liquidando qualquer hipótese de coesão do espaço europeu.
De facto, os Estados já fortemente endividados verão crescer exponencialmente a sua dívida e isso acabará por ter reflexos inevitáveis na futura taxa de juro já que nada garante que a actuação do Banco Central Europeu de compra, no mercado secundário, da dívida pública destes Estados, se mantenha no futuro. Acabar com esse procedimento é aliás, um objectivo declarado da ortodoxia financeira alemã. Por outro lado, os empréstimos trazem condicionalidades de toda a ordem, por muito que agora digam que eles não ficarão sujeitos ao mesmo tipo de condicionalidade de 2010/2011 e lá teríamos novamente a Troika, com este ou com outro nome, a ditar a nossa política interna, económica ou de outra natureza.
O argumento “jurisdiscista” que fundamenta esta actuação com base nos tratados, na famosa proibição de o BCE não poder financiar directamente os Estrados membros, vale tanto como vale a falta de previsão neles da pandemia do COVID19, que é o mesmo que dizer, para novos e imprevisíveis problemas, novas e adequadas soluções, digam os tratados o que disserem. Os economistas e os juristas que encontrem no quadro das soluções que se impõem os termos e as figuras económicas ou jurídicas adequadas para que os tratados se não sintam ofendidos.
Portanto, o que está em cima da mesa para decisão é de uma gravidade extrema, quaisquer que sejam ou venham a ser as palavras com que “isto” esteja ou venha a ser apresentado aos europeus mais atingidos pela crise. Se o projecto se consumar, eles vão ficar mais endividados, vão ficar mais pobres, vão ficar mais dependentes e vão sofrer condicionalismos de toda a ordem na sua política interna.
Isto é absolutamente inadmissível, como inadmissível é que um português, em representação do seu governo, tenha o descaramento de advogar este procedimento para fazer face às consequências imediatas e mediatas da pandemia.
Centeno mostra-se tal qual é: um homem da TOIKA, cuja diferença é apenas esta: enquanto os anteriores vestiam de preto, ele veste de cinzento!
Vamos acalmar-nos e dizer as coisas como elas são: este procedimento é, do ponto de vista estratégico, um procedimento imbecil. Ele cria logo à partida uma desvantagem da União Europeia relativamente aos outros grandes espaços económicos, como os Estados Unidos e a China. Enquanto estes actuam com recursos financeiros facultados pelos respectivos bancos centrais e apenas recorrem marginalmente ao crédito, todos os meios financeiros da União Europeia, ou quase todos, são angariados mediante recurso ao crédito, ao endividamento dos Estados. Do ponto de vista interno, este procedimento é desastroso para a própria União Europeia na medida em que vai agravar o fosso já considerável entre os mais ricos e os outros, liquidando qualquer hipótese de coesão do espaço europeu.
De facto, os Estados já fortemente endividados verão crescer exponencialmente a sua dívida e isso acabará por ter reflexos inevitáveis na futura taxa de juro já que nada garante que a actuação do Banco Central Europeu de compra, no mercado secundário, da dívida pública destes Estados, se mantenha no futuro. Acabar com esse procedimento é aliás, um objectivo declarado da ortodoxia financeira alemã. Por outro lado, os empréstimos trazem condicionalidades de toda a ordem, por muito que agora digam que eles não ficarão sujeitos ao mesmo tipo de condicionalidade de 2010/2011 e lá teríamos novamente a Troika, com este ou com outro nome, a ditar a nossa política interna, económica ou de outra natureza.
O argumento “jurisdiscista” que fundamenta esta actuação com base nos tratados, na famosa proibição de o BCE não poder financiar directamente os Estrados membros, vale tanto como vale a falta de previsão neles da pandemia do COVID19, que é o mesmo que dizer, para novos e imprevisíveis problemas, novas e adequadas soluções, digam os tratados o que disserem. Os economistas e os juristas que encontrem no quadro das soluções que se impõem os termos e as figuras económicas ou jurídicas adequadas para que os tratados se não sintam ofendidos.
Portanto, o que está em cima da mesa para decisão é de uma gravidade extrema, quaisquer que sejam ou venham a ser as palavras com que “isto” esteja ou venha a ser apresentado aos europeus mais atingidos pela crise. Se o projecto se consumar, eles vão ficar mais endividados, vão ficar mais pobres, vão ficar mais dependentes e vão sofrer condicionalismos de toda a ordem na sua política interna.
Não vamos antecipar culpados nem vamos
identificar prováveis executores deste plano. Vamos apenas dizer que Portugal
não pode aceitar este plano da União Europeia, devendo apoiar e fazer frente
comum com os Estados que defendem outro ponto de vista, outra solução..
A União Europeia insistindo numa proposta anti-solidária e egoísta vai sulcando o caminho que levará os povos europeus a tomá-la como o seu verdadeiro inimigo dos tempos modernos e que ditará mais ano menos ano a sua extinção.
A União Europeia insistindo numa proposta anti-solidária e egoísta vai sulcando o caminho que levará os povos europeus a tomá-la como o seu verdadeiro inimigo dos tempos modernos e que ditará mais ano menos ano a sua extinção.
20/04/07
Bom trabalho!
ResponderEliminarAté o "suspeito" Finantial Times" é da mesma opinião !
ResponderEliminarMais papistas que o Papa? Livra !!!
O Helycopter money também já funciona na Espanha !!!
ResponderEliminarTal como na Dinamarca,Islândi, e nos USA !
Tudo para vergonha dos Salazares que para aí andam!
O Helycopter money também já voa na Inglaterra !
ResponderEliminartogel online
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