PARA MEMÓRIA FUTURA
Continuação da publicação dos posts editados no Facebook depois de 20 de Março
A COLUNA VERTEBRAL DOS
INVERTEBRADOS
Os
que agora, desde que Trump lhes deu o mote, começaram levemente a insinuar que o
vírus é manipulado e que tem por fim destruir "o modo de vida
ocidental" são exactamente os mesmos que no começo da crise se insurgiram
contra as notícias que insinuavam ser americano o vírus que "estava a
destruir" a China.
A verdade de tudo isto, uma verdade que nem os comentadores a soldo, nem as habituais agências de intoxicação podem desmentir, é que a China (e não somente a China) teve êxito no combate ao vírus enquanto as chamadas "democracias ocidentais" estão com imensas dificuldades e algumas delas já estão a registar trágicas derrotas nesse combate.
Esta é que é uma verdade que não deixará de ter consequências...
A verdade de tudo isto, uma verdade que nem os comentadores a soldo, nem as habituais agências de intoxicação podem desmentir, é que a China (e não somente a China) teve êxito no combate ao vírus enquanto as chamadas "democracias ocidentais" estão com imensas dificuldades e algumas delas já estão a registar trágicas derrotas nesse combate.
Esta é que é uma verdade que não deixará de ter consequências...
20/03/21
GUTERRES
O que está fazendo Guterres para que sejam
levantadas as sanções aplicadas a países que estão a ser flagelados pelo
Covid19?
E é bom não esquecer que há dois tipos de sanções: as que decorrem de decisões das Nações Unidas, nos termos da Carta, que são, por isso, licitas; e as sanções unilateralmente aplicadas por Estados poderosos à revelia da Carta das Nações Unidas e que são, portanto, ilícitas.
Mais do que ilícitas, estas últimas são, no contexto da actual crise de pandemia mundial, verdadeiros actos terroristas que privam os países afectados dos recursos necessários para acudir aos seus nacionais.
O Secretário Geral da ONU não pode ficar calado e os países que têm constitucionalmente a obrigação de acatar as normas e os princípios de Direito Internacional, como é o nosso caso, também não.
E é bom não esquecer que há dois tipos de sanções: as que decorrem de decisões das Nações Unidas, nos termos da Carta, que são, por isso, licitas; e as sanções unilateralmente aplicadas por Estados poderosos à revelia da Carta das Nações Unidas e que são, portanto, ilícitas.
Mais do que ilícitas, estas últimas são, no contexto da actual crise de pandemia mundial, verdadeiros actos terroristas que privam os países afectados dos recursos necessários para acudir aos seus nacionais.
O Secretário Geral da ONU não pode ficar calado e os países que têm constitucionalmente a obrigação de acatar as normas e os princípios de Direito Internacional, como é o nosso caso, também não.
20/03/22
COVID19 - O NÚMERO DE
MORTES
O número de
mortes causadas pela pandemia COVID 19 tem aumentado consideravelmente nestes
últimos dias, como todos sabemos.
Há, porém, divergências assinaláveis nos grandes países infectados entre o número de infectados e número de mortes. As percentagens diferem muito.
Estará a contagem a ser feita em todos os países segundo os mesmos critérios?
É que ninguém se vai esquecer daquela jornalista que praticamente exigiu à Dra Graça Freitas que contabilizasse como vítima do COVID 19 a senhora de 94 anos que somente depois de morte se soube que estava infectada e cuja causa da morte teria sido imputada a uma das várias patologias de que padecia. Reclamação que a DGS aceitou, tendo-a incluído no número das vítimas mortais portuguesas do novo corona vírus.
Ora, isto faz toda a diferença.
Por isso importa saber se são verdadeiras as notícias ontem e hoje postas a circular segundo as quais na Alemanha somente são contabilizadas como vítimas mortais aquelas cuja causa exclusiva da morte seja o Covid19. Isto é, que não tenha outras patologias associadas.
Há, porém, divergências assinaláveis nos grandes países infectados entre o número de infectados e número de mortes. As percentagens diferem muito.
Estará a contagem a ser feita em todos os países segundo os mesmos critérios?
É que ninguém se vai esquecer daquela jornalista que praticamente exigiu à Dra Graça Freitas que contabilizasse como vítima do COVID 19 a senhora de 94 anos que somente depois de morte se soube que estava infectada e cuja causa da morte teria sido imputada a uma das várias patologias de que padecia. Reclamação que a DGS aceitou, tendo-a incluído no número das vítimas mortais portuguesas do novo corona vírus.
Ora, isto faz toda a diferença.
Por isso importa saber se são verdadeiras as notícias ontem e hoje postas a circular segundo as quais na Alemanha somente são contabilizadas como vítimas mortais aquelas cuja causa exclusiva da morte seja o Covid19. Isto é, que não tenha outras patologias associadas.
Se assim for, não admira que
o número de mortes da Alemanha seja percentualmente, por relação ao número de
infectados, muito mais baixo que o da Itália, Espanha e França.
É que nestes países, tal como em Portugal, são contabilizados como vítimas mortais do COVID 19 todos os que estejam infectados, mesmo que tenham associadas 6, 5 ou 4 patologias de outra natureza.
É que nestes países, tal como em Portugal, são contabilizados como vítimas mortais do COVID 19 todos os que estejam infectados, mesmo que tenham associadas 6, 5 ou 4 patologias de outra natureza.
20/03/23
CONSPIRAÇÃO
Muito me enganaria se os Estados Unidos
defrontados com a sua incapacidade para combater com êxito a crise sanitária
não apresentassem, em breve, "provas inequívocas" de que o vírus foi
posto a circular por inimigo externo.
Mais difícil será acertar na escolha do "inimigo", embora a experiência aponte para uma média potência e não para uma superpotencia por razões óbvias.
Mais difícil será acertar na escolha do "inimigo", embora a experiência aponte para uma média potência e não para uma superpotencia por razões óbvias.
20/03/23
UNIÃO EUROPEIA
Para que se não diga que apenas a China, Russia
e Cuba prestam ajuda à Itália, a Alemanha, ciente da sua grandeza, ofereceu aos
italianos 8 camas de cuidados intensivos a prestar na Alemanha.
20/03/23
MARCELO
Não tem manifestamente jeito para estas coisas.
Há resquícios de uma conversa de outros tempos, com recurso a imagens pouco
consensuais embora pretendam o contrário, enfim, não sei bem como dizer, embora
eu esteja a andar às voltas para ver se digo de outra maneira aquilo que quero
dizer. E o que eu quero dizer é isto: há aqui um misto de catolicismo de
sacristia (depois da confissão) e de salazarismo requentado.
Até pode ser com boas intenções, mas aquela coisa de que somos um exemplo, que somos diferentes, que os outros nos olham com reservada admiração, etc., que estamos unidos porque participamos todos no mesmo espectáculo ou no mesmo jantar é uma conversa que não pega.
No comentário político, na intriga, nos afectos, nas máximas do livro da IV classe da década de 50, enfim, está muito mais à vontade.~
Até pode ser com boas intenções, mas aquela coisa de que somos um exemplo, que somos diferentes, que os outros nos olham com reservada admiração, etc., que estamos unidos porque participamos todos no mesmo espectáculo ou no mesmo jantar é uma conversa que não pega.
No comentário político, na intriga, nos afectos, nas máximas do livro da IV classe da década de 50, enfim, está muito mais à vontade.~
20/03/24
TESTAR, TESTAR, TESTAR
Diz
Paulo Portas, dizem também outros virologistas de ocasião e replicam a mesma
receita certas televisões.
A questão é simples: Paulo Portas está disposto a ir às compras? Consegue comprar 8 ou 9 milhões de testes? E outros tantos para 15 dias depois? Tem quem lhos forneça?
Ou será mais fácil comprar submarinos?
A questão é simples: Paulo Portas está disposto a ir às compras? Consegue comprar 8 ou 9 milhões de testes? E outros tantos para 15 dias depois? Tem quem lhos forneça?
Ou será mais fácil comprar submarinos?
20/03/24
TESTES
As pressões exercidas sobre o governo de Espanha para que fizesse
testes, testes, testes, teve a consequência que se conhece.
Compraram a uma empresa não credenciada e os testes não funcionam. Certamente, que aqueles que mais pressão fizeram são os mesmos que agora acusam o governo de irresponsabilidade.
Esta é uma boa lição que Portugal deve ter em conta. Que deixe falar o virologista Paulo Portas, os "dâmasos" de todos os quadrantes e siga em frente com a estratégia delineada, tanto mais que, como toda a gente de boa fé já percebeu, a procura é incomparavelmente superior à oferta.
Compraram a uma empresa não credenciada e os testes não funcionam. Certamente, que aqueles que mais pressão fizeram são os mesmos que agora acusam o governo de irresponsabilidade.
Esta é uma boa lição que Portugal deve ter em conta. Que deixe falar o virologista Paulo Portas, os "dâmasos" de todos os quadrantes e siga em frente com a estratégia delineada, tanto mais que, como toda a gente de boa fé já percebeu, a procura é incomparavelmente superior à oferta.
20/03/26
UNIÃO EUROPEIA
Telegraficamente:
prevejo um enfrentamento de consequências imprevisíveis entre a França e a
Alemanha resultante da crise económico-financeira provocada pelo Covid19.
Portugal vai ter de se preparar para um cenário muito diferente dos anteriores e é legítimo perguntar se um partido como o Socialista, devoto da Europa, estará em condições de o fazer.
Portugal vai ter de se preparar para um cenário muito diferente dos anteriores e é legítimo perguntar se um partido como o Socialista, devoto da Europa, estará em condições de o fazer.
20/03/26
MARCELO
Tal como acontece com outros fenómenos também Marcelo dá sinais de querer
manter-se activo.
As queixas do Bastonário da OM já foram "homologadas", a "cavaca", é certo, ainda não está no mesmo plano do companheiro de luta, mas diz me a minha intuição que um "pedrógão" pode acontecer em qualquer altura.
As queixas do Bastonário da OM já foram "homologadas", a "cavaca", é certo, ainda não está no mesmo plano do companheiro de luta, mas diz me a minha intuição que um "pedrógão" pode acontecer em qualquer altura.
20/03/26
TUCÍDIDES
Para quem tiver à mão a "História da Guerra do Peloponeso"
vale a pena ler (ou reler) a descrição que Tucídides faz da peste de Atenas no
Livro II logo depois da famosa "Oração fúnebre" de Péricles.
Quatrocentos e trinta anos antes de Cristo, ou seja, há cerca de 2500 anos, a peste que assolou a Ática que, aliás, vitimou o próprio Péricles e que também não poupou Tucídides, embora este tenha sobrevivido, terá começado "nas regiões altas da Etiópia sobranceiras ao Egipto", descendo depois para o Egipto e para a Líbia e daí para o Pireu e seguidamente para a parte alta da cidade de Atenas com efeitos verdadeiramente devastadores. Tanto pelo número de mortes que provocou (um terço da população) como pelo sofrimento quer infligiu aos infectados.
Na descrição de Tucídides sobressai a miséria e a grandeza humana de quem é confrontado com uma doença mortífera que recai "sobre todos" (epidemia).
Vale a pena ler - Ed. SÍLABO, págs. 199 a 203.
Quatrocentos e trinta anos antes de Cristo, ou seja, há cerca de 2500 anos, a peste que assolou a Ática que, aliás, vitimou o próprio Péricles e que também não poupou Tucídides, embora este tenha sobrevivido, terá começado "nas regiões altas da Etiópia sobranceiras ao Egipto", descendo depois para o Egipto e para a Líbia e daí para o Pireu e seguidamente para a parte alta da cidade de Atenas com efeitos verdadeiramente devastadores. Tanto pelo número de mortes que provocou (um terço da população) como pelo sofrimento quer infligiu aos infectados.
Na descrição de Tucídides sobressai a miséria e a grandeza humana de quem é confrontado com uma doença mortífera que recai "sobre todos" (epidemia).
Vale a pena ler - Ed. SÍLABO, págs. 199 a 203.
20/03/27
ESTADO DE EMERGÊNCIA
Numa altura em que se reforçam as medidas destinadas a impedir o
contacto social com vista a limitar o contágio faz sentido permitir que
comentadores televisivos apelem ao incumprimento dessas medidas seja porque não
concordam com elas seja porque as acham ilícitas?
20/03/28
BASTONÁRIO DA ORDEM DOS
MÉDICOS
Há
algo de estranho neste homem. Nas semanas precedentes, queixas, denúncias,
alarme.
Hoje, parecia haver no seu rosto uma espécie de secreto prazer quando nos comunicou que o pior estaria para vir.
Pode até nem ser o caso, mas que ele não tem um facies à altura das circunstâncias, isso é evidente.
Hoje, parecia haver no seu rosto uma espécie de secreto prazer quando nos comunicou que o pior estaria para vir.
Pode até nem ser o caso, mas que ele não tem um facies à altura das circunstâncias, isso é evidente.
20/03/29
AINDA AS NTERVENÇÕES TELEVISIVAS DO BASTONÁRIO DA OM
O Bastonário da Ordem dos Médicos ainda não percebeu qual o seu papel
neste crise pandémica nem tão-pouco compreendeu a situação com que se defronta.
Quem o ouve acha que ele actua como se estivesse perante um “prêt-à-porter” onde pode escolher o que tem em vista de acordo com as suas exigências e as suas medidas. Ou como se tivesse comprado numa agência de viagens ou na Internet umas férias “all inclusive”, sentindo-se no direito de reclamar contra tudo o que não lhe agrada e que em maior ou menor medida frustra as suas expectativas por ficar aquém do convencionado ou do que pagou.
Não é essa a situação em que ele se encontra, nem é essa infelizmente a dos médicos que ele representa. Se ele tivesse feito a guerra, se tivesse estado na frente de combate a lutar pela vida dos feridos facilmente perceberia que nessas situações falta muita coisa, vai ser necessário tomar decisões que antes ninguém previu, ou seja, vai ser preciso resolver os problemas com os meios que se tem.
Quem o ouve acha que ele actua como se estivesse perante um “prêt-à-porter” onde pode escolher o que tem em vista de acordo com as suas exigências e as suas medidas. Ou como se tivesse comprado numa agência de viagens ou na Internet umas férias “all inclusive”, sentindo-se no direito de reclamar contra tudo o que não lhe agrada e que em maior ou menor medida frustra as suas expectativas por ficar aquém do convencionado ou do que pagou.
Não é essa a situação em que ele se encontra, nem é essa infelizmente a dos médicos que ele representa. Se ele tivesse feito a guerra, se tivesse estado na frente de combate a lutar pela vida dos feridos facilmente perceberia que nessas situações falta muita coisa, vai ser necessário tomar decisões que antes ninguém previu, ou seja, vai ser preciso resolver os problemas com os meios que se tem.
Passando o seu tempo a protestar contra as condições em que
médicos actuam, a denunciar situações que somente não são resolvidas ou porque
faltam meios no mercado ou porque nem um empenhamento suplementar de vários
sectores da sociedade é suficiente para suprir os equipamentos e instalações em
falta, o Bastonário acaba por ter um papel desmoralizador da frente de combate,
contribuindo para a desmobilização das vontades, abrindo caminho para a
covardia dos mais fracos.
Esse efeito já se está verificar em certas tomadas de posição colectivas que se não justificam, já que nada do que falta ou do que não corre bem, não é consequência de um comportamento negligente ou desleixado, mas apenas devido à pressão internacional da procura que torna a oferta escassa e demorada no tempo.
Se o Senhor Presidente da República tivesse feito o serviço militar e se tivesse sido mobilizado para a guerra como foi a esmagadora maioria das pessoas da sua geração teria uma compreensão diferente destes fenómenos e não teria “homologado” com a sua concordância as sucessivas intervenções desmoralizadoras do Bastonário da Ordem dos Médicos.
Esse efeito já se está verificar em certas tomadas de posição colectivas que se não justificam, já que nada do que falta ou do que não corre bem, não é consequência de um comportamento negligente ou desleixado, mas apenas devido à pressão internacional da procura que torna a oferta escassa e demorada no tempo.
Se o Senhor Presidente da República tivesse feito o serviço militar e se tivesse sido mobilizado para a guerra como foi a esmagadora maioria das pessoas da sua geração teria uma compreensão diferente destes fenómenos e não teria “homologado” com a sua concordância as sucessivas intervenções desmoralizadoras do Bastonário da Ordem dos Médicos.
20/03/30
SINTOMAS DE CANSAÇO.
Sintoma de cansaço causado pela reclusão é perder a paciência com os que
FB se dizem cumpridores do confinamento; com os que atacam todos os que estao
na rua desconhecendo o motivo por que estão na rua.
Mas já não é sintoma de cansaço atacar os chineses, ou por terem causado a pandemia ou por desconfiança total nos números que divulgam. Isso é sintoma de racismo disfarçado de preconceito ideológico
Mas já não é sintoma de cansaço atacar os chineses, ou por terem causado a pandemia ou por desconfiança total nos números que divulgam. Isso é sintoma de racismo disfarçado de preconceito ideológico
20/03/31
RTP
O tipo da RTP
que lê o telejornal apresenta os números da pandemia em tom acusatório e também
ele parece exultar sempre que os números sobem. E, então, se duplicam, o êxtase
é completo.
Não vejo esta euforia em Espanha, em Itália ou França.
E também ficam felizes quando descobrem que as camas são insuficientes.
O é que é que estes tipos terão na cabeça?
Não vejo esta euforia em Espanha, em Itália ou França.
E também ficam felizes quando descobrem que as camas são insuficientes.
O é que é que estes tipos terão na cabeça?
20/03/31
UNIÃO
EUROPEIA
Há muito mais mundo para lá da União Europeia do que dentro dela.
Vivemos durante 8 séculos sem a União Europeia e sem ela continuaremos a viver.
É bom que nos preparemos, sem dramas, para esse desfecho cada dia mais inevitável.
Há muito muito mundo para lá da UE e hoje todo esse mundo está muito perto.
Troikas, holandeses, finlandeses, austríacos e todos os obedecem à voz da "Dona" é que nunca mais!
Vivemos durante 8 séculos sem a União Europeia e sem ela continuaremos a viver.
É bom que nos preparemos, sem dramas, para esse desfecho cada dia mais inevitável.
Há muito muito mundo para lá da UE e hoje todo esse mundo está muito perto.
Troikas, holandeses, finlandeses, austríacos e todos os obedecem à voz da "Dona" é que nunca mais!
20/03/31
TAP
A situação na empresa é complexa, antes da crise e durante ela, tudo
isto consequência das inaceitáveis decisões do Governo Passos/Portas.
Independentemente disso, os trabalhadores da empresa, que não
manifestaram nenhuma oposição àquelas medidas, comportam-se agora como Maria
Antonieta.
Também eles acham incompreensível que, não havendo pão, não sejam distribuídos brioches e croissants.
Também eles acham incompreensível que, não havendo pão, não sejam distribuídos brioches e croissants.
20/04/01
UNIÃO
EUROPEIA
Por muitos anos ficará na memória dos italianos e dos demais europeus
que acompanham o noticiário internacional as imagens dos aviões chineses
desembarcando em Itália toneladas de material de protecção hospitalar, das
equipas de médicos e técnicos chineses especializados no combate pandémico, dos
gigantescos aviões russos a aterrar nos aeroportos do Norte de Itália, dos
médicos russos e cubanos para operar na linha da frente do combate à pandemia
do Covid19, dos camiões russos desinfectando as ruas de Milão bem como das
palavras do ministro holandês criticando, no pico da crise, a Itália e a
Espanha por não terem uma reserva orçamental que lhes permita combater o surto
pandémico sem se endividarem assim como da "generosa" recomendação da
Sra Merkel recordando-lhes que sempre poderão recorrer ao Mecanismo de
Estabilidade Europeu administrado pela Troika!
20/04/01
O SENHOR BASTONÁRIO
Não sei se o Sr.
Bastonário da Ordem dos Médicos tem consciência de que havia muitos cidadãos
saudáveis por esse mundo fora que no Natal do ano passado, que ocorreu há
apenas três meses e uma semana, não faziam a menor ideia de que passado dois
meses iriam morrer de uma doença nova de que nunca antes tinham ouvido falar. E
também havia muitas outras pessoas que, embora doentes, estavam longe de supor
que passados trinta ou sessenta dias iriam igualmente morrer. E nenhuma dessas
pessoas morreu por culpa de outrem e a maioria esmagadora delas nem sequer teve
qualquer comportamento negligente a que a morte possa ser imputada. E foram
milhares essas pessoas, Sr. Bastonário, dezenas milhares, quase duas centenas
de milhares que assim se finaram antes de tempo.
Esta doença mata, Sr. Bastonário. Pobres e ricos, doentes e sãos, novos e velhos.
Esta doença mata, Sr. Bastonário. Pobres e ricos, doentes e sãos, novos e velhos.
Por isso, Sr. Bastonário, é perfeitamente
natural que muitos profissionais de saúde sejam infectados e outros tombem no
desempenho da sua nobre missão. Na Itália, calcula-se que há cerca de sete mil
nestas condições. Em Espanha, o número é também elevadíssimo. E assim será em
todos os países do mundo, desde os mais ricos e mais bem apetrechados aos mais
pobres e mais carecidos de todos os meios.
Os profissionais de saúde sabem, todos eles, quando escolheram essa nobre profissão e quando fizeram os seus juramentos deontológicos, que a profissão que escolheram nem sempre poderia ser exercida em condições ideais.
Por isso, Senhor Bastonário esteja calado, não esteja permanentemente a imputar responsabilidades a quem não as tem. Não esteja permanentemente a lançar o descrédito sobre os serviços de saúde. Não esteja constantemente a desmoralizar e a desmotivar os profissionais de saúde. Não esteja sempre a querer dar a ideia de que vive numa situação que só não é perfeita porque há uns responsáveis que actuaram irresponsavelmente.
Se o Senhor não é capaz de compreender a situação em que se vive e de colaborar no combate à pandemia, ao menos CALE-SE!
Os profissionais de saúde sabem, todos eles, quando escolheram essa nobre profissão e quando fizeram os seus juramentos deontológicos, que a profissão que escolheram nem sempre poderia ser exercida em condições ideais.
Por isso, Senhor Bastonário esteja calado, não esteja permanentemente a imputar responsabilidades a quem não as tem. Não esteja permanentemente a lançar o descrédito sobre os serviços de saúde. Não esteja constantemente a desmoralizar e a desmotivar os profissionais de saúde. Não esteja sempre a querer dar a ideia de que vive numa situação que só não é perfeita porque há uns responsáveis que actuaram irresponsavelmente.
Se o Senhor não é capaz de compreender a situação em que se vive e de colaborar no combate à pandemia, ao menos CALE-SE!
20/04/01
ALEMANHA
A Alemanha, sempre tão eficaz na contabilização de qualquer actividade tanto própria como alheia, parece agora estar, em matéria de Covid19, com algumas dificuldades na contabilização das mortes, um assunto em que até já teve bastante experiência.
De facto, causa alguma surpresa a taxa de letalidade do Covid19 na Alemanha, por ser consideravelmente mais baixa do que a de qualquer outro país.
As explicações que têm sido adiantadas estão longe de ser convincentes, como já aqui foi analisado noutra ocasião, de modo que surge a dúvida legítima sobre se os critérios seguidos na Alemanha são iguais aos da Itália, de Espanha, de Portugal, etc., países em que se contam como consequência da pandemia todos os que morrem COM e POR Covid19.
Brevemente se saberá a verdade sobre este assunto, quanto mais não seja por amostragem do que se vier a passar com os doentes franceses que estão a ser tratados na Alemanha.
As explicações que têm sido adiantadas estão longe de ser convincentes, como já aqui foi analisado noutra ocasião, de modo que surge a dúvida legítima sobre se os critérios seguidos na Alemanha são iguais aos da Itália, de Espanha, de Portugal, etc., países em que se contam como consequência da pandemia todos os que morrem COM e POR Covid19.
Brevemente se saberá a verdade sobre este assunto, quanto mais não seja por amostragem do que se vier a passar com os doentes franceses que estão a ser tratados na Alemanha.
20/04/02
MARCELO
Hoje, esteve bem.
20/04/02
RTP3
GRANDE ENTREVISTA
COM PEDRO SIMAS
GRANDE ENTREVISTA
COM PEDRO SIMAS
Do melhor que vi e ouvi até hoje em matéria de COVID 19
COVID19 E O MUNDO
A pandemia que assola a humanidade e que prossegue vitoriosa o seu curso devastador acabará por ter efeitos positivos que de outro modo somente ao fim de alguns séculos seriam imagináveis.
A extrema facilidade com que o VIRUS se expandiu pelos cinco continentes não poupando ninguém, nem estados seculares nem estados recém criados, nem ricos nem pobres, nem doentes nem saudáveis, nem velhos nem novos e a grande dificuldade que todos demonstraram em dele se defenderem não pode deixar de ter reflexos profundos em todos os seres humanos qualquer que seja o lugar que ocupam na escala social e qualquer que seja o grau de responsabilidade com que actuam nas respectivas sociedades.
Este VIRUS, a forma repentina com que surgiu e a vertiginosa velocidade com que se propagou, fez perceber a todo o ser humano que o valor mais importante depois da vida é a igualdade e não a liberdade como alguns tontos e algumas tontas teimavam em insistir nos primórdios da pandemia supondo que seria pela liberdade de acção individual que cada um de nós melhor o poderia combater.
E por mais que continuem a aflorar os dois dos grandes perigos que em tempos normais corrompem o homem e desvirtuam o sentido dos agrupamentos humanos – o egoísmo e o nacionalismo –, e não obstante os estragos por eles causados na presente situação, eles não têm sido suficientes para abalar a convicção de que estamos todos no “mesmo barco” nem as hipotéticas vantagens deles decorrentes têm esmorecido o fervor solidário que hoje perpassa por todo o mundo nem que seja sob a forma de uma profunda compaixão.
Hoje o mundo está mais pequeno, mais perto e mais solidário. E isso é bom. É excelente. E vai ter consequências de toda a ordem.
Os imperialismos perdem espaço para se afirmar. Quem imaginaria ainda há quatro meses que os grandes porta-aviões que sulcam os mares do Pacífico, armados do que de mais mortífero e devastador a mente humana poderia congeminar, na busca paranóica e desesperada de um inimigo que tarda, teria de regressar à base por ter sido atacado pelo “inimigo invisível” contra o qual de nada valem os seus devastadores arsenais nucleares?
As hegemonias regionais que humilham os mais fracos e lhes impõem a sua despótica vontade em nome de uma ortodoxia que somente elas perfilham vão igualmente perder espaço e a sua afirmação reduzir-se-á drasticamente.
Tudo isto porque hoje todos temos consciência de que o mundo ficou mais perto e mais pequeno passando a ser indiferente que nos relacionemos com o vizinho do pé da porta ou com o vizinho que está a milhares de quilómetros de distância. Importante vai ser a qualidade desse relacionamento e as vantagens recíprocas que dele resultam e não a proximidade nem as pseudo vantagens dela derivadas.
Estamos esperançados em que o egoísmo individual – individualismo – e o egoísmo colectivo – nacionalismo – serão os grandes derrotados desta crise, dela saindo vencedora a ideia de igualdade, como nova ideia impositiva da convivência humana!
A extrema facilidade com que o VIRUS se expandiu pelos cinco continentes não poupando ninguém, nem estados seculares nem estados recém criados, nem ricos nem pobres, nem doentes nem saudáveis, nem velhos nem novos e a grande dificuldade que todos demonstraram em dele se defenderem não pode deixar de ter reflexos profundos em todos os seres humanos qualquer que seja o lugar que ocupam na escala social e qualquer que seja o grau de responsabilidade com que actuam nas respectivas sociedades.
Este VIRUS, a forma repentina com que surgiu e a vertiginosa velocidade com que se propagou, fez perceber a todo o ser humano que o valor mais importante depois da vida é a igualdade e não a liberdade como alguns tontos e algumas tontas teimavam em insistir nos primórdios da pandemia supondo que seria pela liberdade de acção individual que cada um de nós melhor o poderia combater.
E por mais que continuem a aflorar os dois dos grandes perigos que em tempos normais corrompem o homem e desvirtuam o sentido dos agrupamentos humanos – o egoísmo e o nacionalismo –, e não obstante os estragos por eles causados na presente situação, eles não têm sido suficientes para abalar a convicção de que estamos todos no “mesmo barco” nem as hipotéticas vantagens deles decorrentes têm esmorecido o fervor solidário que hoje perpassa por todo o mundo nem que seja sob a forma de uma profunda compaixão.
Hoje o mundo está mais pequeno, mais perto e mais solidário. E isso é bom. É excelente. E vai ter consequências de toda a ordem.
Os imperialismos perdem espaço para se afirmar. Quem imaginaria ainda há quatro meses que os grandes porta-aviões que sulcam os mares do Pacífico, armados do que de mais mortífero e devastador a mente humana poderia congeminar, na busca paranóica e desesperada de um inimigo que tarda, teria de regressar à base por ter sido atacado pelo “inimigo invisível” contra o qual de nada valem os seus devastadores arsenais nucleares?
As hegemonias regionais que humilham os mais fracos e lhes impõem a sua despótica vontade em nome de uma ortodoxia que somente elas perfilham vão igualmente perder espaço e a sua afirmação reduzir-se-á drasticamente.
Tudo isto porque hoje todos temos consciência de que o mundo ficou mais perto e mais pequeno passando a ser indiferente que nos relacionemos com o vizinho do pé da porta ou com o vizinho que está a milhares de quilómetros de distância. Importante vai ser a qualidade desse relacionamento e as vantagens recíprocas que dele resultam e não a proximidade nem as pseudo vantagens dela derivadas.
Estamos esperançados em que o egoísmo individual – individualismo – e o egoísmo colectivo – nacionalismo – serão os grandes derrotados desta crise, dela saindo vencedora a ideia de igualdade, como nova ideia impositiva da convivência humana!
20/04/05
«fez perceber a todo o ser humano que o valor mais importante depois da vida é a igualdade e não a liberdade como...»
ResponderEliminarInsiste várias vezes o autor nesta ideia de que, desta experiência do Covid 19, se pode retirar a certeza tal como o próprio retira, de que o valor mas importante é a "igualdade" e não a "liberdade".
Pois eu sou um dos tontos que não entende tal proposição.
Como se pode comparar sequer a liberdade com a igualdade se uma a liberdade é condição inata ou ontológica da espécie humana e a outra a igualdade é não inata mas contingente?
O homem nasce livre e quer ser livre, está condenado a ser livre segundo Sartre, mas não nasce igual mas sim diferente e especialmente em capacidades intelectuais o que marca uma desigualdade intransponível
Ortega e Gasset disse que o homem "é ele e suas circunstâncias" e a "igualdade" diz que o homem é apenas "circunstâncias ou o "meio onde foi criado" como disse António Aleixo.
Essa ideia errada levou ao "Socialismo Real" de Estaline e por caminho algo diferente ao "nazismo" alemão.
Realmente desde há dois mil e quinhentos anos os filósofos discutem esse problema mas apenas alguns empiristas e os do "poder da vontade" ou dos "super-homens advogam a igualdade, não para todos mas escalonada por classes.
Ou o autor está convencido, como um dia disse Lenine, que na sociedade comunista havia de chegar o tempo em que um vulgar cidadão estaria acima Aristóteles.
No caso do Dr. da OM, da Cavaca, dos opinadores e noticiaristas da TV, do fedoreno RAP, dos Dâmasos, dos Portas e tuti quanti palreia como sábios loucos com críticas e ideias idiotas e quase tudo o resto de que fala estamos de acordo.
jose neves
O Neves está tão solipsista hoje! Será efeito da maré do Equinócio?
ResponderEliminarBravo, Dr. Correia Pinto. Que nunca lhe doam as mãos...
Como diria um amigo meu:" só a consciência da igualdade, de que afinal somos todos iguais, pode fazer com que nos sintamos livres".
ResponderEliminarComo se tem visto, a liberdade oprime. Ou melhor: pode ser uma forma de opressão. Evidentemente, que a liberdade é um valor importante. Na escala de valores, para continuar a ser importante, tem de vir depois da igualdade ou até subordinada às preocupações de igualdade.
Ainda agora se viu a que levaria a exacerbação do conceito de liberdade - à morte de milhares.
Portanto, quanto a isto está tudo dito.
«Como diria um amigo meu:" só a consciência da igualdade, de que afinal somos todos iguais, pode fazer com que nos sintamos livres".»
ResponderEliminarO caro JM Correia com este seu rasca "argumento de autoridade" do mais vulgar senso comum do seu amigo quer fazer de todos os filósofos e pensadores que, como disse, trataram do assunto durante 25 Séculos sem conclusões definitivas, uns tontos e, por arrasto, das poderosas mentes que continuam nesse estudo filosófico uns novos tontos e às pessoas normais uns parvos.
A noção de "consciência" foi introduzida no pensamento filosófico por Shaftesbury (1671-1713)como uma operação da razão e relativamente à moral e um sentimento que reflecte a nossa humanidade comum.
Podia ter ido a Marx, Lenine ou até a Trotsky e, certamente, arranjava algo mais consistente como argumento de autoridade.
Não me vou repetir, mas a realidade é que praticamente quase toas as grandes mentes do pensamento jamais alguma vez trataram a "igualdade" como um valor acima da "liberdade" e até a Igreja teve de adoptar o conceito de "livre-arbítrio" dos filósofos para justificar o problema do paradoxo do bem e do mal criado por um Deus omnipotente e omnisciente.
A consciência é um valor adquirido que evolui segundo as contingências da existência ao passo que a liberdade é inato no homem como animal da natureza.
É assim que com a adolescência chega a tomada de consciência das coisas concretas da vida e os jovens se rebelam e entram em confronto com a "opressão" dos pais; é o sinal e o sobressalto adulto inato da liberdade individual.
«Ainda agora se viu a que levaria a exacerbação do conceito de liberdade - à morte de milhares.
Portanto, quanto a isto está tudo dito.»
Citou Tucídides e falou do discurso fúnebre de Péricles mas podia ter citado ou recomendado a leitura do dito famoso discurso na íntegra como testemunho da grandeza da democracia ateniense em contraponto com a soldadesca realeza aristocrática espartana; A democracia de Sólon em Atenas produziu um império cultural inesgotável e imortal enquanto a tirania aristocrática de Drácon em Esparta produziu guerreiros robots e legou pouco mais que zero à humanidade.
Percebe-se bem agora porque os seus textos são taxativos, definitivos, de tiques estilo "Ele disse", sem dúvidas cartesianas ou cepticismo de qualquer espécie.
Pois bem, continue no seu erro de certezas à priori que eu continuarei com não as minhas dúvidas acerca de certezas.
Terminado.
jose neves
ResponderEliminarErrara: o penúltimo parágrafo tem um "não" a mais que deturpa o sentido da frase que deve ler-se assim,
Pois bem, continue no seu erro de certezas à priori que eu continuarei com as minhas dúvidas acerca de certezas.
jose neves
Maquisard ou condecorado com a Francisca de Vichy ?
ResponderEliminarA igualdade de escolha,um mundo de distinções. De um lado vê-se quem está do outro.
Não preciso de alardear grandes conhecimentos de filosofia política, nem fazer citações de filósofos que pouco ou nada contribuíram para o progresso da humanidade. Conheço-os uns melhores que outros pelo interesse que me suscitam e também pela maior o0u menor contributo que, em meu entender, deram para o progresso da humanidade.
ResponderEliminarE é exactamente com base nessa escala de valores que vou extraindo do conhecimento que deles tenho que coloco a igualdade antes e acima da liberdade. O fundamentalismo liberal leva necessariamente à opressão ou à anarquia, que é apenas um caminho intermédio para a opressão. Evidentemente que a igualdade desligada de considerações axiológicas é também perigosa como a história da busca da falsa igualdade sobejamente demonstra.
Nas nossas sociedades ocidentais, hedonistas, individualistas, dominadas pela prevalência do eu sem consideração pelo interesse colectivo como valor superior, entregar à liberdade a luta contra a pandemia seria condenar à morte centenas de milhares de pessoas. Por isso outros valores mais altos se "alevantaram". E sempre assim terá de ser.
Quanto às considerações que tece, creio que noutro local, sobre a União Europeia ou sobre aquilo a que chama o meu anti-europeismo, acho que por pudor, por respeito pela actual situação, não vou responder nada.É preciso manter o decoro.
«Quanto às considerações que tece, creio que noutro local, sobre a União Europeia ou sobre aquilo a que chama o meu anti-europeismo, acho que por pudor, por respeito pela actual situação, não vou responder nada.É preciso manter o decoro.»
ResponderEliminarSó para explicar que no caso de estar-se referindo a mim neste parágrafo garanto que está cometendo um equivoco com qualquer outra pessoa.
Ou, por ventura, não estará sequer referindo-se a mim na totalidade do texto acima das 00:17.
Por respeito de mim próprio não uso fazer de oráculo acerca do futuro político ou económico dos povos, de países, do mundo ou dos indivíduos, não obstante, claro, ter opinião(doxa) que sei não ter qualquer garantia de validade porque, como demonstra o caso actual, tudo pode alterar-se de repente inesperada e imprevisivelmente; os homens regem-se por leis científicas físicas, económicas e até ousaram uma lei científica da história mas, ... há sempre alguma lei não escrita (mais alta, cósmica?) que num ápice desfaz qualquer certeza mesmo científica.
Desfeito o equívoco, termino.
jose neves
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